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Partidos nanicos s�o alternativa n�o ideol�gica, diz Greca, eleito em Curitiba

Divulga��o - 13.ago.2016/Facebook
O prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), durante a campanha
O prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), durante a campanha

De volta � Prefeitura de Curitiba depois de 20 anos, o prefeito eleito Rafael Greca (PMN) atribuiu o alto �ndice de absten��o nestas elei��es � derrota das "bandeiras e ideologias pulverizadas pela Opera��o Lava Jato".

"H� uma desilus�o de pessoas que idealizavam a pol�tica e viram seus �dolos desmoronarem", disse, em entrevista � Folha.

Greca, 60, que j� passou pelo PDT, PFL e PMDB e foi ministro no governo FHC, afirmou que partidos nanicos como o PMN, pelo qual se elegeu, s�o "uma alternativa n�o ideol�gica" ao eleitor.

Depois de ver sua campanha desidratar no primeiro turno ao declarar que "vomitou com cheiro de pobre", ele atribuiu sua elei��o "� intelig�ncia do povo de Curitiba".

*

Folha - A que o senhor atribui sua vit�ria?

Rafael Greca - � intelig�ncia do povo de Curitiba. Que soube perceber a import�ncia da experi�ncia, da boa forma��o urban�stica e de engenharia, para enfrentar esse momento de crise.

O que levou tantos eleitores a n�o votarem, ou optarem pelo nulo ou branco?

Primeiramente, o grande feriado decretado aqui em Curitiba pelo atual prefeito [Gustavo Fruet, do PDT].

Mas tamb�m a desilus�o com a pol�tica. Certamente eram pessoas que empunhavam bandeiras mais vermelhas, pulverizadas pela Lava Jato. Pessoas que idealizavam a pol�tica e viram seus �dolos desmoronarem e serem encarcerados com a Lava Jato.

Preocupa o aumento de protestos contra o governo Temer, inclusive com ocupa��es de escolas?

N�o me compete comentar. As medidas que est�o sendo aprovadas pelo Congresso s�o pensadas na perspectiva do saneamento das finan�as p�blicas. O funcionalismo, na sua parcela mais inteligente, j� refletiu que � melhor ter menos privil�gios e ter sal�rio do que n�o ter sal�rios e continuar com privil�gios nominais.

Mas eu n�o gostaria de falar do nacional. Eu quero falar de Curitiba. Voc�s me submetem a question�rios exaustivos e n�o falam disso. Eu vou focar todas as minhas energias para que Curitiba d� certo e se transforme num exemplo para o Brasil.

O sr. � de um partido pequeno, assim como os prefeitos eleitos de Rio e Belo Horizonte. Os nanicos ganham nova for�a?

Eles cumpriram sua fun��o de n�o trazer para a elei��o as bandeiras rotas na Lava Jato.

Eu tenho orgulho do PMN, porque a doutora Telma Ribeiro dos Santos [fundadora do partido], no momento em que lhe foi oferecido poder no governo federal, mas atrelado �s pr�ticas do mensal�o, ela rompeu com o presidente Lula. Foi uma grande brasileira.

Esses partidos menores funcionam mais ou menos como isso. S�o uma alternativa n�o ideol�gica. �s vezes o embate ideol�gico infelicita a administra��o municipal.

Em rela��o � sua futura gest�o, qual ser� a menina dos olhos entre suas propostas?

A que est� nos l�bios do povo, a sa�de. As pessoas dizem: se s� fizer isso para n�s, j� est� suficiente. E isso significa chegar no posto de sa�de e encontrar m�dico, enfermeiro e rem�dio. Ter agente comunit�rio de sa�de. N�o condenar uma pessoa a esperar tr�s anos por um exame.

Isso n�o depende de investimento? As prefeituras est�o em meio � crise econ�mica.

Isso depende de vontade, de servi�o. Coisa que faltou no Brasil. Vontade de servir.

Por exemplo, na �rea urban�stica, propus o Vale do Pinh�o, � um projeto muito menos de constru��o e muito mais de fomento econ�mico. N�s vamos usar �reas deprimidas da cidade, como o centro hist�rico, e implantar condom�nios de jovens voltados para a ind�stria de tecnologia de informa��o e para a economia criativa.

Quando eu baixo o ISS de 5% para 2% a quem investir em Curitiba, eu estou fazendo algo que � muito mais de vontade do que de despesa.

O sr. foi eleito prefeito pela primeira vez em 1992. S�o cen�rios muito diferentes, n�o?

N�o, porque foram dois momentos de grande afli��o econ�mica. At� vir a tranquilidade do real, governei numa situa��o de tanta adversidade quanto hoje, se n�o mais. Se est� dif�cil para o Gustavo Fruet, deixa que eu fa�o.

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