Do adesivo no carro ao meme, a silhueta est� em todo lugar: um homem de fraque caminha e deixa para tr�s sugestiva linha reta. � o "keep walking", slogan famoso da Johnnie Walker, citada pelos paulistanos das classes A e B que costumam cozinhar (26%) pelo segundo ano consecutivo como a marca preferida de u�sque.
A pesquisa refor�a a lideran�a. Segundo dados da Diageo, multinacional brit�nica de bebidas que � dona da grife escocesa, a cada R$ 10 consumidos de u�sque no Brasil, R$ 3 s�o de uma garrafa de Johnnie Walker.
A mais forte raz�o do sucesso � a oferta ampla de variedades e experi�ncias, diz �lvaro Garcia, 41, diretor de marketing da Diageo. Do popular Red Label (R$ 79 em m�dia) ao refinado Blue Label (R$ 670), s�o sete varia��es para bolsos e gostos diversos, al�m de edi��es limitadas que chegam a R$ 10 mil.
Vender exclusividade tamb�m � aposta. Como na loja tempor�ria aberta em 2016, no shopping Cidade Jardim, com degusta��es e itens para presente. Outro exemplo s�o blends criados por especialistas —o deste ano foi envelhecido em barris de centeio.
Mas n�o apresse o brinde, paulistano: a despeito de esfor�os locais, no consumo per capita do destilado, S�o Paulo � segundo lugar, atr�s de Recife. A cidade pernambucana ganhou fama de "capital mundial do u�sque" ap�s pesquisa atestar, em 2009, consumo superior ao de na��es europeias.
Vem do Nordeste, segundo Garcia, o mote para popularizar a bebida em pa�s f� de cerveja: u�sque se bebe do jeito que quiser.
"O brasileiro est� desmistificando a forma de consumo", afirma Garcia, que n�o se avexa em beber seu u�sque com gelo. "Na Espanha, a maior parte � misturada com refrigerante, e no Nordeste", diz, "� muito comum tomar com �gua de coco na praia".