Negócios

Por Rachel Maia (@rachelomaia)

Gostaria de dividir com vocês o trabalho enriquecedor da artista plástica, artesã e designer Kalina Rameiro, formada em artes plásticas pela Universidade Federal do Piauí, e que há 30 anos faz com que a arte manual ganhe espaço não apenas em Teresina, no Piauí, sua cidade natal, mas fora do Brasil, como quando foi convidada para expor suas criações em Tóquio a convite da Associação Brasileira de Estilismo e Designer.

A arte para mim é um dos principais meios de acesso à cultura e economia local, quando envolve sustentabilidade então, confesso que atrai o meu olhar crítico e visionário, pois acredito que, nos atentando aos pequenos detalhes, é que evoluímos no macro. O empreendedorismo social brasileiro tem ganhado notoriedade significativo mundo a fora e nos conecta com o que há de mais especial, a identidade de um povo. Tenho para mim que esse tipo de trabalho além de fomentar o empreendedorismo, promove o saber que é passado de geração em geração.

A matéria-prima utilizada por Kalina vai desde itens básicos como o fósforo que se refere a sua memória afetiva de infância a sobras de ouro e também de prata. O colar bonecos, feito com palitos, é de uma expressividade que não deixa dúvidas do quanto é possível fazer quando enxergamos nossas riquezas e colocamos a mão na massa. Elementos como palha, madeira de demolição, crochê, bordados e sobra de tecidos se transformam em bolsas, telas, esculturas, canetas e até colheres nas mãos da artista que faz uso de materiais que seriam descartados promovendo emprego e renda.

Colar sustentável criado por Kalina, feito com reaproveitamento de palitos de fósforo e reaproveitamento de linha de bordado, faz parte da Coleção família e com os bonecos criados a mais de 35 anos — Foto: Divulgação
Colar sustentável criado por Kalina, feito com reaproveitamento de palitos de fósforo e reaproveitamento de linha de bordado, faz parte da Coleção família e com os bonecos criados a mais de 35 anos — Foto: Divulgação

No bate-papo com a artista Kalina, que além de empreender, capacita outras mulheres para seguir movimentando o mercado de artesanatos, ela me fala que o intuito é despertar o desejo das pessoas com arte autoral valorizando o saber artístico e profissional das futuras gerações. “O artesanato movimenta 2,8% do PIB, assim vemos a importância do artesanato para economia. Capacitando pessoas, gerando emprego e renda. Nossa preocupação socioambiental faz com que utilizamos matéria-prima reciclada ou reaproveitada. Esse já é um grande diferencial da indústria.”

Abrindo os olhos para enxergar o mundo

A brasilidade é referência nas peças da artista que faz uso de sobras de ouro e prata para desenvolver joias atraindo a atenção e interesse de diversos públicos. Como ela mesmo ressalta: “pessoas de bom gosto, estilo e personalidade que apreciam e valorizam o feito a mão, o feito no Brasil.” A fala de Kalina, vai de encontro aos dados do Sebrae de 2022 extraído do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB), que mostra a crescente no mercado artesanal. Na plataforma, já são 190 mil profissionais. No Brasil, 8,5 milhões com predominância feminina.

À esquerda, a artesã e designer Kalina Rameiro — Foto: Arquivo pessoal
À esquerda, a artesã e designer Kalina Rameiro — Foto: Arquivo pessoal

As nossas aspirações e ações tem o poder de transformar realidades e promover o bem-estar coletivo. Foi assim que os indígenas originários brasileiros desenvolvia suas casas, vestimentas, tinturas, arco e flechas, iniciaram na nossa história o saber manual produzindo seu sustento a partir de elementos naturais extraídos da natureza sem que isso colocasse em risco a ordem natural das coisas. O que hoje chamamos de sustentabilidade!

Pensar a economia e inserção de indivíduos como estratégia de construção de novos formatos de produção e consumo de produtos, resgatando as tipologias artesanais inseridos na linguagem contemporânea é o que move Kalina e o que me trouxe até aqui para dividir com vocês este formato de mercado que teve início antes da chegada dos portugueses no século XV pelos indígenas e que há séculos é o principal meio de sustento da sociedade brasileira. Alimentando famílias que estão às margens da sociedade e alimentando a cultural social e regional.

Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil.

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