O Etiqueta Única foi fundado em 2013 por Nelson e Patricia Barros, fruto da visão dos empresários sobre a carência que amigos e conhecidos encontravam em realocar suas peças de luxo. Na época, o mercado de segunda mão ainda era visto sob uma série de estereótipos. Mas, de lá para cá, esse mercado cresceu exponencialmente: entre 2010 e 2015, se expandiu em 210% (segundo dados do SEBRAE) e espera-se que essa categoria ultrapasse o fast-fashion até 2030.
Hoje em dia, o Etiqueta Única é uma das maiores plataformas de second hand de moda do Brasil, com um crescimento anual de 40% nos últimos três anos e de trinta vezes desde sua fundação, há uma década. O e-commerce reúne mais de 550 marcas, entre nacionais e internacionais, e 55 mil produtos com selo de autenticação. Em 2020, foram mais de 30 mil itens vendidos. Em março de 2022, teve 23,08% do negócio adquirido pela Iguatemi S.A., empresa-mãe do Shopping Iguatemi, por R$ 27 milhões. Com a a compra, o Etiqueta Única tem expectativa de crescimento de 70% ao ano pelos próximos três anos.
Como parte desta nova fase, a empresa abre o seu primeiro espaço físico, um guide point no Shopping Iguatemi. O quiosque funciona como um apoio à plataforma digital, com uma experiência de compra com estratégia omnichanel, que conecta online e offline. Além da exposição de produtos em vitrines físicas e digitais, os consumidores poderão comprar no próprio quiosque e colocar produtos à venda com ajuda de uma equipe especializada presente no local.
Na prática, o guide point funciona como um espaço físico para finalizar compras e auxiliar clientes. "O objetivo com esse primeiro guide point é um experimento: testar e ajustar os pontos de contato com o cliente, para então ampliar para os demais shoppings da rede. É mais uma estratégia de credibilidade para mostrar a seriedade da companhia que vende produtos de luxo em um mercado com alto nível de pirataria", conta Nelson Barros. O ponto físico funcionará como apoio às estratégias digitais, focado na captação de produtos, agendamento de retirada de produtos e solucionamento de dúvidas dos clientes - isso porque a marca entende que o perfil de consumidores do Etiqueta Única requer essa espécie de segurança e credibilidade do contato físico, principalmente para as compras e vendas de maior valor agregado (o ticket médio do e-commerce é de R$ 1.500). "Quando contamos às nossas clientes e vendedoras, muitas falaram que sentiam falta de ter algum lugar físico para onde recorrer, a ideia foi muito recebida", conta Patricia Barros. A expectativa por ora não é que ele responda por parte significativa das vendas do Etiqueta Única. "É a primeira vez que adotamos esse formato no Brasil, a ideia é aprendermos com esse guide point", completa Nelson.
“Com esta inauguração, queremos nos mostrar presentes no mercado offline, promover a venda de produtos seminovos e consequentemente incentivar a compra de itens no varejo. Este é um importante passo para nos posicionarmos e expandirmos como marca, levando benefícios e segurança para a compra e venda de second hand", diz Nelson.
Após ser parcialmente adquirido pelo Iguatemi, o Etiqueta Única têm atuado, ao lado da gestão da rede de shoppings, na otimização de prazos, operações, tecnologias e atendimento, além do condicionamento para produtos qualificados. Os prazos de pré-avaliação e publicação de produtos na plataforma já reduziram em 80% desde a aquisição, fruto das tecnologias desenvolvidas internamente e otimização dos processos operacionais. A expectativa de crescimento é de 70% ao ano pelos próximos três anos.