Um bar flutuante, capaz de oferecer um novo ponto de vista sobre a cidade de São Paulo, e projetado para navegar sobre um rio antes poluído. Um universo surrealista, instalado nos salões do Copacabana Palace, e que faria até Salvador Dalí mexer seus bigodes. Nas mãos da dupla de diretores criativos Wado Gonçalves e Diego Ognibeni, o mais empírico ou desafiador dos eventos se torna um espetáculo.
Wado, que é publicitário, estudou canto e arte dramática. Desde que subiu ao palco, se interessou imediatamente por toda a magia que acontecia atrás dele. “Lembro que pedia aos professores, que estavam em cartaz com alguma peça, para ajudar nos bastidores. E, assim, fui me encantando com cenários, figurinos e tudo o que envolvia cada apresentação”, lembra. Já Diego, formado em design, começou sua carreira fora do Brasil, trabalhando com o mercado de luxo e grifes como Louis Vuitton e Versace. A ideia de formar uma sociedade, com pilares fincados no space branding, direção criativa e set design, surgiu de maneira orgânica, pouco depois de começarem a namorar, em 2009. “Nessa época, o Wado trabalhava em agência de publicidade e falávamos muito sobre uma tendência que pairava no mercado de que as marcas precisavam de propostas que não apenas vendessem produtos, mas fossem capazes de emocionar”, lembra Diego. O primeiro projeto da dupla foi em 2013, uma ação feita para a Pepsi durante o Rock in Rio. Mesmo a marca não sendo a principal patrocinadora do evento, foi a mais lembrada do festival.
Assim como formações acadêmicas distintas, a dupla também possui processos criativos antagônicos. Wado vive com a parede de seu escritório tomada por post-its, preenchidos com ideias sobre tudo. Um verdadeiro quebra-cabeças, a princípio, com peças desconectadas. Mas que começam a fazer sentido a partir do briefing de um de seus clientes. “As vezes, vejo tudo aquilo diante dos meus olhos e começo a ter ideias, juntar as coisas e achar solução para tudo. No outro dia, paro, analiso e vejo o que realmente funciona”, explica. Já Diego se define como um designer biofílico, ou seja, encontra soluções para conectar o público à natureza. “Vejo a sustentabilidade como parte do meu processo criativo”, diz.
Um dos eventos mais recentes com a assinatura do duo criativo foi a experiência Heineken, no GP do Brasil de Fórmula 1, no último mês de novembro. Um projeto que ocupou uma área de 3,3 mil metros quadrados do Autódromo de Interlagos e foi montado sob uma estrutura em forma de estrela, que abrigava um bar, shows e ativações de outros patrocinadores.
Entre os trabalhos mais elogiados pela crítica, e também motivo de orgulho para a dupla, está a direção criativa de Autorretrato, espetáculo teatral imersivo que também aconteceu neste ano. “Ocupamos durante um mês um edifício do Centro de São Paulo, tombado na década de 1920, e criamos uma série de experiências sensoriais. O público era convidado a se questionar, buscar quem era e também quem gostaria de ser. Toda a dramaturgia foi baseada na obra de Rembrandt”, explica Wado. A ação foi cercada por grandes nomes do mercado, como o diretor Felipe Hirsch, a diretora artística Daniela Thomas e o estilista Alexandre Herchcovitch.
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Quanto aos novos desafios, os diretores pensam em montar um espetáculo onde cada região do Brasil será devidamente representada. Afinal, brasilidade e a capacidade de mexer coma emoção do público são duas de suas maiores especialidades, e assim traduzir sonhos e não medir esforços para deixar o mundo mais alegre.
Styling: Andréia Matos.
Arte: Heitor Ferreira.
Assistente De Foto: Felipe Cotrim Sugio.
Produção Executiva: Déia Lansky.
Beleza: Ale Fagundes
Essa edição do Baile da Vogue conta com o patrocínio de Beefeater, Bo.Bô, Havaianas e Rabanne, o apoio de 3 Corações, Azul Linhas Aéreas, Bacio di Latte, Bulova, Chandon, Desinchá, Engov, Eudora, Gulf, Inner Circle, Kérastase, Lindt, OPI, Seara Brasil, Stella Artois, TikTok, Tônica Antárctica e participação de Bioderma, Gata Bakana, Pacco e Star Wars.
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