![A equipe de Bacurau reunida no red carpet do Festival de Cannes 2019 (Foto: Getty Images) — Foto: Vogue](https://cdn.statically.io/img/s2-vogue.glbimg.com/_lHiFbvz_XZAK4Ycqjj-WRPPvQ8=/0x0:620x438/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_5dfbcf92c1a84b20a5da5024d398ff2f/internal_photos/bs/2022/W/q/e1OIwpS1eZXtNiqALCIw/2019-05-25-gettyimages-1149337424.jpg)
Depois de uma participação robusta no Festival de Berlim 2019, os brasileiros também fizeram bonito na 72ª edição do Festival de Cannes, realizada entre 14 e 25 de maio. Confira abaixo, três momentos em que o cinema nacional roubou a cena no evento:
![Poster de Bacurau (Foto: Reprodução/Instagram) — Foto: Vogue](https://cdn.statically.io/img/s2-vogue.glbimg.com/Zj-4wWWpibFfdJ5F_SG6i5AMgB8=/0x0:620x438/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_5dfbcf92c1a84b20a5da5024d398ff2f/internal_photos/bs/2022/B/o/78seb5ThOx3sicHDzalw/2019-05-25-bacuraufilme-58870397-133831264377229-4341873517080462412-n.jpg)
Conquista histórica
Três anos depois de disputar a “Palma de Ouro” com o elogiado Aquarius e não levar nenhuma estatueta, Kleber Mendonça Filho, ao lado de Juliano Dornelles, retorna ao festival em grande estilo com Bacurau: drama que mistura ficção científica com um quê de faroeste sobre a (re)existência de um pequeno povoado no sertão nordestino.
O longa, dirigido e assinado pela dupla, tem elenco estrelado (Sonia Braga, Karine Teles, Udo Kier e Barbara Colen são apenas alguns nomes que integram o time) e conquistou o cobiçado “Prêmio do Juri”, terceira categoria mais importante de Cannes. A estatueta foi dividida com Os Miseráveis, longa francês dirigido por Ladj Ly que teve o mesmo número de votos dos jurados. É a primeira vez que um filme nacional ganha o troféu. Um marco na história do cinema brasileiro que, mesmo com cortes de verba pelo governo, segue pulsante e presente. O filme deve chegar por aqui entre o fim de agosto e começo setembro. Confira o trailer:
Amor fraternal em foco
O melodrama tropical do cearense Karim Aïnouz, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, adaptação do livro homônimo de Martha Batalha, narra a relação de duas irmãs no Rio de Janeiro dos anos 1950 – e tem pano de fundo que foge do eixo da zona sul carioca - e também surpreendeu ao levar o Prix Un Certain Regard (Um Certo Olhar, em tradução livre), disputa paralela à Palma de Ouro – e a segunda mais importante do evento. Em seu discurso, o diretor dedicou a vitória às mulheres do elenco e disse: "o Brasil está passando por momentos difíceis, com nossa educação ameaçada. Que venham dias melhores".
Presença feminina na Quinzena dos Realizadores
A primeira relação amorosa, a descoberta do sexo e as consequências psicológicas de um trauma norteiam Sem Seu Sangue, primeiro longa de Alice Furtado, que estreou na última quinta (23.05) na Quinzena dos Realizadores. Na ocasião, a equipe levou cartazes que criticavam os cortes do governo nas verbas de universidades federais e outras instituições públicas.
Mix de terror e psicodrama, o filme foi destaque nesta seção paralela do Festival de Cannes, que busca contemplar novos cineastas que despontam no mercado. O filme é baseado em experiências – e rupturas – amorosas anteriores de Alice.