Pepita foi a convidada do programa Sem Sensura, nesta sexta-feira (28.06), Dia da Visibilidade Trans. Durante a atração, a cantora e apresentadora refletiu sobre a vivência e também chamou a atenção para a necessidade de melhores oportunidades para pessoas trans e travestis no Brasil e no mundo.
"Tudo acontece primeiro com a letra "t" de trans e travesti. A gente é o primeiro a levar paulada, cuspe, empurrão, o primeiro tiro, a primeira proibição de entrar no banheiro público... A primeira situação constrangedora começa com comigo, que vem com essa frase: 'Mas ela não é mulher. Mulher aonde? Ela é ele'. É uma briga diária, é uma situação diária".
Pepita ainda afirma que a fama não é um lugar de privilégio para ela. "[...] Hoje é um dia muito importante para a gente. Mas a gente não vive só hoje 5 milhões de meninas vivem igual a mim e vivem o ano inteiro, todo dia, todo momento. Sempre falo que posso estar com a melhor roupa. Eu sempre vou estar com um colete a prova de bala. Não sei da onde vem o tiro, a fala e a expulsão do banheiro. Ser pessoa pública não mudou nada na minha vida. E depois que me tornei pessoa pública, acho que piorou um pouco. Porque as pessoas acham que eu não tenho esse lugar ao sol. Eu tenho qualquer lugar ao sol que me permite me iluminar. Posso morar em uma boa casa, ter um bom carro, me vestir bem, falar bem e estudar bem... É só as pessoas entenderem que eu nunca estou à procura de visibilidade e sim de oportunidade".
Pepita é casada com Kayque e são pais de Lucca Antonio, de 2 anos.