Em tratamento, jovem com doença da 'pior dor do mundo' afirma que pode reconsiderar eutanásia

Internada desde a última segunda, a mineira conta que o tratamento ainda não surtiu efeito. "Ainda não tive nenhuma melhora. Mas acabei de ser internada e as medicações ainda nem desceram toda. E ainda não foi dada toda a medicação. Ainda não melhorei e estou [sentindo] a mesma intensidade de dor. Estou aguardando. Esperançosa não é muito a palavra. Depois de tantos tratamentos falhos, perdi um pouco a esperança. Estou aqui, mas assim... Se der certo, deu. Senão, eu já esperava. Estou com esse pensamento. Óbvio que quero que dê certo".

Em seguida, ela é questionada se a vakinha online será o suficiente para cobrir os gastos com a viagem a Suíça, onde realizará a eutanásia. "Acredito que não. Fiz uma estimativa neste valor, mas me parece que é mais. Tem que pagar médico no Brasil, na Suíça, passagem, passaporte, tradutor, documentos autenticados, cremação... São várias coisas além do procedimento em si. Não sei quanto vai dar exatamente".

Por fim, Carolina responde o que fará com o dinheiro caso o tratamento acabe com suas dores. "No cenário ideal, caso o tratamento dê efeito, vou usar a vakinha para pagar o tratamento. Tem partes que podem ser custeadas, pagar os meus medicamentos que são muito caros, pagar advogado para entrar com advogado para conseguir esses remédios gratuitos pelo SUS. E o resto, que eu não usar, vou doar para "instituição da dor", para pessoas que precisam de ajuda e que sofrem de dores crônicas".

De acordo com o G1, o diagnóstico que Carolina Arruda sofre coma doença foi feito há 7 anos pelo neurocirurgião Marcelo Senna, que tem mais de 30 anos de experiência com a neuralgia do trigêmeo. Na ocasião, a jovem tinha 20 anos e já convivia com as dores há 4.

Nesta época, ela realizou alguns tratamentos e cirurgias, como descompressão microvascular, rizotomia por balão e duas neurólises por fenolização, mas sem alívio que trouxesse qualidade de vida para ela.