Saúde

Por Por Isadora Moraes


O Alzheimer em cães e gatos não tem cura — Foto: Canva/ CreativeCommons
O Alzheimer em cães e gatos não tem cura — Foto: Canva/ CreativeCommons

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa demência progressiva e não tem cura, podendo levar o pet à morte.

“Nos cães e gatos, as degenerações também podem provocar déficit cognitivo, chamado de demência senil, apresentando sinais semelhantes ao Alzheimer em humanos”, afirma a professora Valeska Rodrigues, do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Franca.

Valeska alerta que a doença acomete em maior escala os animais de idade avançada e cães de porte grande.

“Os sinais clínicos de demência são encontrados em 50% dos cães com mais de 11 anos, e 60% em gatos acima de 15 anos”, diz Elidia Zotelli, médica-veterinária com atuação em neurologia.

Causas do Alzheimer em cães e gatos

A disfunção está relacionada ao envelhecimento e a degeneração progressiva do cérebro de cães e gatos, afetando a memória, o aprendizado e a compreensão, segundo Elidia.

A médica-veterinária Juliana Pereira explica que algumas lesões degenerativas graves, como doenças cardíacas e renais crônicas, podem levar ao Alzheimer.

“Não existe uma fórmula fixa de evitar essa degeneração e oxidação, pois todo corpo, seja ele humano ou animal, ao longo dos anos, acaba envelhecendo. Mas podemos tentar retardá-las, usando ácidos graxos, antioxidantes e promovendo exercícios físicos e estímulo cognitivo”, diz Juliana.

Hoje em dia, existem suplementos e medicações específicas para animais idosos que ajudam a evitar a evolução de doenças degenerativas.

Os cães e gatos com Alzheimer tendem a ficar ansiosos, irritados e esquecem os comandos já aprendidos — Foto: Canva/ CreativeCommons
Os cães e gatos com Alzheimer tendem a ficar ansiosos, irritados e esquecem os comandos já aprendidos — Foto: Canva/ CreativeCommons

Sintomas do Alzheimer em cães

Os sinais iniciais da demência canina geralmente são leves, mas pioram gradualmente ao longo do tempo.

“Os mais comuns são: desorientação e confusão, como se o pet estivesse perdido ou confuso em ambientes familiares; ansiedade; esquecimento de treinamentos ou regras da casa; deixa de responder ao seu nome ou comandos familiares; irritabilidade; andar compulsivo; olhar fixo para as paredes e dificuldade de aprendizado”, elenca Elidia.

Segundo a profissional, detalhes simples como a falta de autolimpeza, perda de apetite, andar em círculos, não transpor obstáculos e alterações no ciclo do sono, seja acordar à noite e/ou dormir durante o dia, também são sinais da doença em cães.

Sintomas do Alzheimer em gatos

Além de apresentarem os sinais citados anteriormente, os bichanos também realizam a vocalização noturna, micção e defecação em lugares inapropriados, segundo Elidia.

Ademais, a especialista revela que os felinos costumam ficar mais apegados ao tutor durante a progressão de doença. Se o responsável estiver atento aos comportamentos do peludo, ele conseguirá identificar facilmente esses sinais.

Para prevenir o Alzheimer em cães e gatos, é importante manter a rotina de exercícios e uma dieta equilibrada — Foto: Canva/ CreativeCommons
Para prevenir o Alzheimer em cães e gatos, é importante manter a rotina de exercícios e uma dieta equilibrada — Foto: Canva/ CreativeCommons

Tratamentos

Embora não haja cura conhecida para a demência canina e felina, existem algumas opções para tratar essa condição nos peludos.

“O tratamento inclui medicamentos prescritos, mudanças na dieta, enriquecimento da vida, suplementos e cirurgia. Recomendamos consultar um veterinário antes de tudo, para determinar as melhores opções para o seu pet idoso”, diz Elidia.

Prevenindo o Alzheimer em cães e gatos

Infelizmente, os especialistas revelam ainda não haver um protocolo de prevenção da doença comprovado cientificamente, mas é possível manter os cães e gatos mentalmente ativos, evitando, assim, a demência.

Para manter a mente dos peludos afiada e saudável, Elidia recomenda ensinar-lhes novos truques, jogar jogos, oferecer uma dieta equilibrada, manter uma rotina de exercícios, permitir que eles tenham novas experiências e socialização regular e evitar colocá-los em situações estressantes.

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