Comportamento

Por Por Isabella Cardoso Com Júlia Martinez


A 'esfoliação' nos corais vai além do relaxamento: segundo pesquisadores, os compostos de invertebrados podem ter propriedades de cura(Foto: Pexels/ Pixabay/ CreativeCommons) — Foto: ( Pexels/ Pixabay/ CreativeCommons)
A 'esfoliação' nos corais vai além do relaxamento: segundo pesquisadores, os compostos de invertebrados podem ter propriedades de cura(Foto: Pexels/ Pixabay/ CreativeCommons) — Foto: ( Pexels/ Pixabay/ CreativeCommons)

“Se eles têm problemas com a pele, o que eles podem fazer?” indagou a analista química Gertrud Morlock ao The Guardian. E, de fato: os golfinhos são conhecidos por sua pele de aparência macia, que foi até inspiração para tendências do mundo da beleza, como a maquiagem ‘dolphin skin’. Com epiderme densa e resiliente, esses mamíferos são propensos a desenvolver condições de pele como leveduras e infecções bacterianas. A solução para isso, porém, é evidente: “se você parar para pensar sobre, eles não têm outra opção”, ressalta a pesquisadora.

De acordo com o estudo publicado na revista iScience, golfinhos nariz-de-garrafa medicam a pele com ajuda dos corais.

A pesquisa, da qual Gertrud é autora-líder, foi realizada na Universidade de Giessen, na Alemanha, e destaca que a ‘esfoliação’ dos golfinhos nos invertebrados vai além da diversão e relaxamento. Com 17 metabólitos bioativos e propriedades antibacterianas, antioxidantes e hormonais que podem ser usadas em tratamentos de pele, os compostos de corais e esponjas marinhas indicaram propriedades medicinais inexploradas na ciência e no tratamento de animais - e de humanos.

“Tais metabólicos ajudam em casos de infecção. Esses compostos podem ter uma espécie de propriedade de cura”, continua Gertrud. Angela Ziltener, também autora do estudo, contou ao site britânico que os mamíferos têm um comportamento distinto em relação a certos corais. Ao invés de passar através do cnidário de uma vez, os golfinhos voltam e esfregam sua barriga, costas e região do ventre: “é muito intenso”, explica.

Os golfinhos são propensos a desenvolver condições de pele como leveduras e infecções bacterianas, que parecem ser exacerbadas com a mudança climática — Foto: ( Unsplash/ CreativeCommons)
Os golfinhos são propensos a desenvolver condições de pele como leveduras e infecções bacterianas, que parecem ser exacerbadas com a mudança climática — Foto: ( Unsplash/ CreativeCommons)

Junto a sua equipe, que acompanha uma comunidade de 360 golfinhos nariz-de-garrafa desde 2009, Angela destaca que observava frequentemente os mamíferos em filas, esperando para se esfregar nos corais ao acordar e logo antes de irem dormir, como se tivessem tomando banho. O comportamento, junto com o hábito de voltar aos mesmos corais e selecionarem meticulosamente a parte que esfregavam nos recifes, indicou que o ‘esfoliamento’ era arbitrário.

"Eu não tinha visto esse comportamento de se esfregar no coral usado antes, e ficou claro que os golfinhos sabiam exatamente qual coral eles queriam usar", relatou Angela.

A bióloga marinha Sarah Powell acrescentou, também ao The Guardian, que não é a primeira vez que esses animais utilizam corais ou esponjas como ferramentas de ajuda: “eu não acredito que é um salto muito grande acreditar que os golfinhos utilizariam os cnidários e outras plantas de seu ambiente para esses propósitos”.

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