Black Friday 2023 vem aí! Conheça tipos de golpes mais comuns e como se proteger

“Uma das principais iscas para atrair vítimas na Black Friday são os descontos, em geral, acompanhados de senso de urgência para não perder a oportunidade”, cita Guilherme Bacellar, pesquisador de cibersegurança e fraudes da Unico, empresa especializada em identidade digital. “A emoção de encontrar o produto desejado em oferta faz o consumidor agir rapidamente e por impulso, realizando pagamentos e envio de dados com mais desatenção.”

“Os perfis e contas falsas que vão atuar na Black Friday começaram a aparecer já em setembro, pelo menos, para flertar aos poucos com o consumidor por meio das ofertas”, alerta Bacellar.

Em marketplaces, por exemplo, segundo ele, aumenta o surgimento de lojas fantasmas, ao mesmo tempo que golpes de “phishing” (que instalam programas para roubar dados) por e-mail ou por links patrocinados no Instagram também ocorrem para capturar dados dos consumidores.

Bacellar observa que os fraudadores agem nas duas pontas: acessando contas dos consumidores e, ao mesmo tempo, criando lojas falsas. “Um tipo de invasão que vem se repetindo é o envio de um aviso para o celular, informando que é necessário realizar uma atualização do WhatsApp para uma nova versão”, aponta. “Ao clicar no comando para atualizar, instala-se um programa malicioso que analisa as informações e comportamento da conta da vítima.”

O especialista reforça que o consumidor precisa ficar atento aos links que clica e em lojas com número de vendas inferior a mil produtos, principalmente em marketplaces. “Podemos ver também muitos desses sites que enganam consumidores, gerando um erro de pagamento no cartão para oferecer o pagamento via Pix, por meio de QR Code”, comenta Bacellar.

A principal recomendação é que o consumidor não clique em links suspeitos que venham por e-mail ou Whatsapp e sempre acesse os canais oficiais das lojas e até dos bancos.

Atualmente, um novo golpe do Pix tem causado transtornos à população, relata Bacellar. Conhecido como “Golpe da Mão Fantasma”, a tática, explica, é uma das mais perigosas e difíceis de detectar.

Com o uso de links suspeitos, principalmente envolvendo bancos, o golpe busca ter o controle remoto do celular. “Dessa forma, o criminoso poderá acessar informações importantes, incluindo dados bancários. A prática consiste em enviar links suspeitos, com alertas para atualização ou tentativa de invasão até um vírus ser instalado no celular da vítima”, explica. “A partir disso, a vítima pode notar movimentações sendo realizadas na tela, por isso o nome ‘mão fantasma’.”

Dicas para não cair na “Black Fraude”

• Desconfie de e-mails de ofertas de varejistas. Antes de clicar em links, vá até o site oficial ou aplicativo ver se a oferta é verdadeira
• Links patrocinados ou links de promoções via Whatsapp podem conter armadilhas. Prefira sempre acessar o site oficial
• Desconfie de promoções com preços muito abaixo do normal. Uma televisão de R$ 3 mil jamais será vendida por R$ 1 mil
• Não utilize senhas simples ou que tenham seu nome, utilize um gerenciador de senhas, para gerar senhas mais seguras e guardá-las. É uma das maneiras de proteger seus dados