A Copa do Mundo Feminina da Austrália e Nova Zelândia chega ao fim nesse fim de semana com Espanha e Inglaterra disputando o troféu. A seleção brasileira não conseguiu avançar da fase de grupos. Ainda assim, o evento esportivo, realizado a cada quatro anos, sempre atrai atenção. Por isso, para quem pensa em ir apoiar as jogadoras na Copa do Mundo 2027, precisa começar a planejar desde já. Veja quanto é necessário poupar, em média, e onde investir para que a programação esportiva não atrapalhe a organização financeira.
Vale lembrar que a sede da próxima Copa do Mundo Feminina não está definida. O Brasil lançou a pré-candidatura para o evento, mas nada está certo. Os países candidatos têm até o dia 8 de dezembro para enviar os documentos, que serão analisados pela Fifa.
A economista Bruna Centeno pondera que o torcedor levante os custos aéreos e os gastos gerais. Isso deve incluir alimentação, hospedagem e até os ingressos para os jogos e tudo mais que a pessoa planeja fazer durante a estadia no local das partidas.
Caso a Copa Feminina de 2027 realmente ocorra fora do Brasil, é possível considerar um gasto total médio de R$ 35 mil, pelas contas da Blue3.
Centeno, que é sócia e especialista do escritório vinculado à XP, pondera que investimentos de R$ 600 ao mês já permitem a formação de reserva financeira para viajar daqui a 4 anos, na próxima Copa do Mundo feminina. Para isso, é preciso disciplina ao escolher um investimento.
Ela explica que a diversificação é uma regra fundamental a ser seguida. Com o mercado já projetando a queda da taxa básica de juros, a Selic, ativos ligados à bolsa e fundos multimercados, tenderão a entregar uma rentabilidade melhor.
Na busca por garantir que o dinheiro não perca o poder de compra para a inflação, os investimentos que sejam menos propensos à possibilidade de variar negativamente (apesar de não ser impossível) pode ser uma escolha mais adequada para quem busca evitar surpresas e solavancos. Nesse grupo, o Tesouro Selic (do Tesouro Direto) pode ser uma opção.
No Tesouro Selic, o investimento de R$ 600 ao mês resultará em cerca de R$ 35 mil para viajar após 48 meses (o título de renda fixa não é tão propenso a ter rentabilidades acima da média). Colocando o dinheiro embaixo do colchão, seriam 58 meses guardando o mesmo valor mensal para chegar nos mesmos R$ 35 mil.
Rendimento de R$ 600 após 48 meses
Investimento | Valor final |
Tesouro Selic | R$ 36.174,87 |
CDB 105% CDI | R$ 36.613,10 |
Ativos prefixados | R$ 35.621,12 |
Fundo Multimercados | R$ 37.371,21 |
Selic anual 13,75% / mensal 1,08% | |
CDI 105% / mensal 1,13% | |
Prefixado anual 13% / mensal 1,02% | |
Multimercado anual 16% / mensal 1,24 |
"A expectativa de corte de juros está mais clara no horizonte. Ainda não sabemos exatamente a data e a magnitude, mas já sabemos que vai acontecer. Então pode ser interessante escolher ativos prefixados que garantam o retorno atual mesmo com a queda da Selic. Isso permite trazer constância para a aplicação de R$ 600 até a próxima Copa", avalia a especialista da Blue3.
Vale lembrar que títulos de renda fixa são investimentos sujeitos à tributação do Imposto de Renda pela tabela regressiva. Para resgates entre 361 dias a 720 dias, a alíquota é de 17,50% sobre o rendimento, o percentual usado no cálculo acima. Depois de dois anos, a tributação cai para 15%.