Famílias projetam gastos de R$ 2 mil com as férias escolares de julho

Entre os que não vão viajar (39%), a principal justificativa é dar prioridade à saúde financeira da família: 61% dos entrevistados preferem deixar de viajar a fazer novas dívidas

Por Gabriela da Cunha, Valor Investe — Rio


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Julho está chegando e, com ele, as férias escolares. E, sim: julho é considerado o mês das férias escolares. Ao menos 34% dos brasileiros classificam o período dessa forma. Para quem tem filhos, viajar está nos planos de 61% ds pessoas. A intenção de gastar mais R$ 2 mil reais é manifestada pelo mesmo percentual.

Os dados fazem parte da pesquisa “Férias Escolares: para onde vai o dinheiro dos pais” faz parte do Serasa Comportamento, iniciativa que apresenta estudos mensais sobre a forma como os brasileiros lidam com as finanças. Realizado em parceria com o Instituto Opinion Box, o levantamento ouviu 2.530 pessoas, em junho de 2024.

Entre quem vai fazer as malas, 70% dizem ter se programado financeiramente. Ainda assim, 25% dizem que vão parcelar os gastos e 32% vão usar o salário mensal. Já 12% entendem que férias são prioridade e, por isso, vale a pena se endividar para poder viajar.

Ao analisar os principais destinos, a maior parte do roteiro permanece em território nacional: 60% pretendem visitar outras cidades no próprio Estado e 38% devem se deslocar para outros Estados Brasileiros.

Outros 24% dos quem tem filhos afirmam que vão gastar sem pensar e depois resolvem como vão pagar.

"O problema de não se preparar financeiramente é o 'encontro' de parcelas no cartão de crédito ao final do ano. Além disso, há um impacto em outras coisas importantes, como a mensalidade escolar. Então é importante priorizar as nossas escolhas", observa Thiago Godoy, educador financeiro.

Seis em cada 10 pais não sairão de férias, mas já se planejaram para o período com antecedência. Entre os principais programas para envolver as crianças aos finais de semana, ir ao shopping é a escolha de 41% dos entrevistados. Outros 31% citam parque de diversão. E 27% cinema.

Entre os que não vão viajar (39%), a principal justificativa é dar prioridade à saúde financeira da família: 61% dos entrevistados preferem deixar de viajar a fazer novas dívidas. A intenção de gastos em atividades para o período também é menor: 71% pretendem gastar até R$ 2 mil. O parcelamento dos gastos é citado por 19%.

Na comparação com o ano de 2023, a pesquisa mostra um avanço em relação ao planejamento financeiro: 32% dos que tiraram férias no ano passado não tinham se programado financeiramente. E entre quem usou o período de descanso para viajar, 27% não tinham se programado.

— Foto: Getty Images
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