As ações da Eletrobras(ELET3) chegaram a subir 2,24%, por volta das 13h, entre as maiores valorizações dentro do Ibovespa, após a companhia firmar parceria com a Suzano para produção de hidrogênio renovável e combustíveis sintéticos. O ritmo de ganhos, no entanto, arrefeceu ao final do pregão, e os ativos fecharam com leve ganho, de 0,53%, a R$ 35,85.
O memorando de entendimento é para o desenvolvimento de soluções sustentáveis a partir do aproveitamento de dióxido de carbono (CO) biogênico gerado em unidades da companhia da celulose.
Nos últimos meses, a Eletrobras assinou uma série de memorandos de entendimento visando a ampliar estudos em hidrogênio renovável e seus derivados, com empresas como a Paul Wurth do Brasil, a Green Energy Park Global, a Prumo Logística e os governos dos Estados do Ceará e do Maranhão.
O BB Investimentos, que iniciou a cobertura das ações da Eletrobras com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 51,10 para o final de 2025, destaca que a tese de investimento da companhia se baseia em suas características de grande geradora de energia elétrica por fontes limpas e da localização geográfica de seus ativos por todo o território brasileiro, trazendo grande potencial de sinergia com novos projetos de geração e transmissão a serem implantados no Brasil.
“A forte geração de caixa operacional e baixa alavancagem também posicionam a Eletrobras como forte competidora pelos novos projetos de transmissão ofertados em leilões regulados”, acrescenta o analista Rafael Dias.
O banco enxerga no segmento de transmissão a maior oportunidade no curto prazo tanto para o crescimento da companhia quanto para a otimização de sua estrutura de capital. Já no segmento de geração, segundo o BB Investimentos, o cenário atual é mais desafiador, havendo uma sobreoferta que pressiona para baixo os preços de energia.
Por último, o banco reforça que o processo de reestruturação da empresa ao longo dos últimos anos tem permitido a geração de valor de várias maneiras. “A simplificação da estrutura societária permite redução de custos e ganho de sinergia operacional e gerencial entre os vários ativos da empresa, e também tem permitido a utilização de créditos fiscais e tributos diferidos em subsidiárias que não conseguiam utilizá-los por estarem muito alavancadas sem gerar lucro e base tributável”, afirma.
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Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico