O dólar fechou o pregão desta segunda-feira (24) em queda firme ante o real, em dia de agenda de dados local e internacional mais fraca. Ao final da sessão a moeda americana caía 0,92%, a R$ 5,390. Nas mínimas da sessão, atingiu R$ 5,376.
A pressão sobre o câmbio aliviou em um movimento de ajuste, após a forte desvalorização recente. Mas a baixa é limitada pela manutenção da percepção de risco fiscal e incertezas no exterior.
"Na mesa estamos vendo exportadores aproveitando o dólar forte para enviar recursos para o Brasil, o que fortalece o real. Porém, há entrevistas agendadas com membros do governo esta semana, o que pode inverter a tendência e fazer com que o dólar volte a buscar os R$ 5,50", explica Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos.
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Segundo Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, a moeda também acompanha o enfraquecimento do dólar no exterior, que acontece antes da divulgação do índice inflacionário PCE e do PIB americano. A alta do petróleo fortalece as moedas de países emergentes perante a americana.
Mais cedo, o boletim Focus, relatório feito semanalmente pelo Banco Central que apresenta as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil. A projeção para a moeda norte-americana voltou a subir, assim como na semana passada. A expectativa para a divisa ao fim de 2024 saiu de R$ 5,13 para R$ 5,15.
Destaque da semana, o indicador inflacionário PCE, que é conhecido por ser o "favorito" do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) para embasar suas decisões sobre a taxa de juros, será divulgado na sexta-feira (28).