Lula nega intenção de fazer nova reforma ministerial: 'a coisa está indo bem'

Presidente também voltou a comentar sobre sua participação nas eleições municipais deste ano e presidente admitiu que vai ter 'muito cuidado' ao subir no palanque de seus aliados

Por Renan Truffi, Valor — Brasília


audima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira, que não considera fazer uma nova reforma ministerial no seu governo. Lula foi questionado sobre o assunto diante dos rumores de que o Palácio do Planalto avalia a troca de ministros no fim do ano, após a eleição municipal, ou em fevereiro de 2025, depois da eleição para as mesas da Câmara e Senado.

"Eu não vejo nenhuma necessidade em fazer reforma ministerial, estou satisfeito com meus ministros. Eu não preciso fazer reforma. A hora que precisar, eu vou mudar as pessoas. Não vejo necessidade agora [de trocar ministros]. A coisa está indo bem. Na hora de colheita do meu governo, vamos precisar de mais gente dentro [do governo] do que gente fora", disse Lula durante entrevista à rádio Meio Norte, do Piauí, onde o presidente cumpre agenda nesta sexta-feira.

Lula também voltou a comentar sobre sua participação nas eleições municipais deste ano. O presidente admitiu que vai ter "muito cuidado" ao subir no palanque de seus aliados porque isso pode desagradar sua base "heterogênea" no Congresso.

"Eu tenho que ter muito cuidado nas eleições para prefeito porque eu tenho uma base muito heterogênea. Eu vou ter que decidir em cada caso. O que eu não quero é que os adversários ganhem porque eles são negacionistas, não gostam de coisa certa. Então eu estarei fazendo esse jogo com muito cuidado porque a eleição termina e a vida continua. E eu vou precisar continuar tendo relação com o Congresso", argumentou.

Por fim, o presidente demonstrou expectativa com as reuniões do G20 no Brasil, previstas para serem realizadas no fim deste ano. O grupo, que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, está sendo presidido por Lula e irá propiciar uma série de encontros bilaterais com chefes de Estado de outras nações.

Um dos nomes que virá ao Brasil para o G20 é presidente chinês Xi Jinping, com quem Lula deve se encontrar no Rio de Janeiro. "Queremos construir uma parceria estratégia com os chineses, uma coisa de muitos anos. Não é possível que não vamos esse país acontecer. Nós vamos fazer esse país acontecer", concluiu.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Haddad e Lula — Foto: Divulgação
Mais recente Próxima Intenção de Consumo das Famílias sobe em junho: dado positivo deve ser encarado com cautela; entenda