A desvalorização do real frente ao dolar - ontem (20) a moeda americana fechou em R$ 5,462 renovando o maior nível em dois anos - não preocupa o Governo Federal e não ameaça a confiabilidade adquirida pelo país frente ao cenário internacional. A declaração foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à Radio Mirante News, emissora do Maranhão.
Lula atribuiu a recente disparada da divisa a dois fatores: a decisão do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) de não alterar a taxa de juros nos Estados Unidos e à presença de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central do Brasil.
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"Quando há um problema, você busca mudar isso. E nós temos um problema sério: o atual presidente do BC é um adversário político, ideológico e do modelo de governança que nós fazemos", disse. As coisas vão voltar à normalidade com a mudança na presidência do BC. A atual desvalorização do real não nos preocupa", afirmou.
Essa foi a segunda vez só hoje que o presidente lançou críticas a Campos Neto. Mais cedo, em entrevista à Rádio Meio Norte, o presidente afirmou que “a taxa de juros fica a 10,5% sem nenhuma explicação e nenhum critério”.
Segundo Lula, o Brasil é um país de muita confiabilidade junto aos pares internacionais. Ele ainda ressaltou que as reservas internacionais estão sadias. Segundo o BC, em 31 de dezembro de 2023, as reservas internacionais do Brasil totalizavam, pelo conceito caixa, US$355,03 bilhões, volume maior que o observado no final de 2022 (US$324,70 bilhões).
"Esse nervosismos especulativo que esta acontecendo não vai mexer com a seriedade da economia brasileira", finalizou.
