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Por Redação Glamour


Taís Araújo (Foto: Fábio Bartelt/Arquivo Glamour) — Foto: Glamour
Taís Araújo (Foto: Fábio Bartelt/Arquivo Glamour) — Foto: Glamour

Musa nacional por seu talento e brasilidade, a atriz Taís Araújo é um dos maiores exemplos de mulheres que ganharam ainda mais força ao assumir seus cachos. “O processo é difícil, longo e tem que ter paciência porque você depende do tempo. No meu caso, fiz essa transição capilar aos olhos de todo mundo, fazendo novelas, e demorei um pouco para encontrar um tamanho que considerasse legal e que me fizesse querer cortar os fios".

"Mas tem várias dicas na internet para quem não quer ficar com o cabelo curto durante esse processo. Você pode usar tranças, por exemplo. O mais legal disso tudo eu acho que é descobrir como nós somos de verdade, porque normalmente começamos a alisar muito novinhas, e é bom se olhar no espelho e se aceitar como você é originalmente. Mas sem ditadura, né? Quem quiser alisar, tudo bem! Para mim foi especial porque houve esse reencontro comigo e com a minha história”, revela a morena.

Taís Araújo (Foto: Divulgação/Globo Imprensa) — Foto: Glamour
Taís Araújo (Foto: Divulgação/Globo Imprensa) — Foto: Glamour
Ludmilla (Foto: Divulgação/Rodolfo Magalhães) — Foto: Glamour
Ludmilla (Foto: Divulgação/Rodolfo Magalhães) — Foto: Glamour

A cantora Ludmilla também decidiu assumir seu black power: “Percebi que não lembrava mais como era o meu cabelo natural e que havia chegado a hora de ser eu mesma. Então, há um ano, tomei a decisão, cortei meu cabelo bem curto para tirar toda a química e iniciei os tratamentos com os produtos específicos para que ele crescesse forte e saudável. Para recuperar os fios, precisa de muita hidratação, nutrição e reconstrução, não é só cortar e esperar crescer. E é importante ter esse cuidado todo para que o resultado seja o esperado no final do processo de transição".

"Eu sou mulher, sou vaidosa. Uso apliques, laces, lenços, porque ainda estou me descobrindo, me transformando! Foi assim que escolhi passar por essa fase. A expectativa é muito grande, claro, não é um período muito fácil. É natural ficar ansiosa, imaginar como o cabelo vai ficar, quanto tempo vai demorar... Mas tenho certeza de que vou arrasar com o meu black! É uma decisão difícil, mas libertadora, sabe? Cabelo cacheado é lindo e super estiloso. A mudança acontecerá também na sua autoestima, não só no seu visual. E eu dou a maior força, vamos nessa mulherada, vamos colocar o cabelão pra jogo! [Risos]”.

Alexandra Loras (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Alexandra Loras (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Para Alexandra Loras, ex-consulesa da França em São Paulo e uma das principais vozes contra o racismo hoje, seus cabelos não são só parte do seu corpo e estilo, mas um ato político também. “Há um ano decidi aceitar meus cachos. Eu vivia de escova, o que não combinava mais com a minha opinião e posicionamento ativista! O processo de transição foi bem longo, contou com um big shop e por muito tempo não gostei do meu visual. Mas há dois meses estou amando os meus cabelos! Finalmente chegou a fase pela qual tanto aguardei, em que me identifico com a minha própria imagem e me expresso por meio dela também.”

Carla Lemos (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Carla Lemos (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Uma das pioneiras no assunto, a blogger e digital influencer Carla Lemos, do Modices, conta que sua transição não foi planejada. “Eu nem conhecia esse termo ainda! Só estava cansada de lutar contra o meu cabelo, de acordar frustrada a cada vez que a raiz insistia em mostrar suas curvas. Aquela promessa de praticidade das escovas progressivas já não fazia mais sentido pra mim, pois finalizava meu cabelo com babyliss a cada lavagem. Nesse período, descobri uma modelo num lookbook de resort da Versace que me deixou hipnotizada. Ela tinha os cabelos ondulados, bem volumosos, super 80s e era tão maravilhosa! Eu me identifiquei muito. Era Mica Arganaraz, modelo argentina que na temporada seguinte estourou e abriu desfile pra Prada, virou queridinha do Tom Ford e abriu precedente pra toda essa onda de diversidade capilar que tomou conta das passarelas internacionais", relembra.

E Carla ainda reforça: "Representatividade importa muito. Comecei a colecionar fotos dela no Pinterest. Mas o processo de transição não é fácil, teve muito choro e drama. A transição capilar é mais que o período que você espera seu cabelo crescer pra cortar a parte danificada pela química, é uma jornada de autoconhecimento. Você é forçada a aprender a lidar com seu cabelo e a entende-lo, mas também aprende um monte sobre você e quem é, como você se vê e como vê o mundo".

"Todo mundo que passa por transição capilar passa por uma transformação de estilo. Quando os padrões não fazem mais sentido pros cabelos, eles deixam de fazer sentido na moda também. Isso acende uma coragem interior que se reflete no vestir e em tantas outras atitudes. E, na prática, a vida é muito mais simples agora. Hoje, eu conheço meu cabelo, sei identificar suas necessidades (precisa de mais hidratação? Nutrição?), tenho uma rotina de cuidados, posso 'lavar e sair' e sei que ‘bad hair day’ é só o jeito dele dizer que está afim de um penteado especial", pontua.

Raissa Santana e seus cachos dignos de Miss Brasil (Foto: Reprodução / Arquivo pessoal) — Foto: Glamour
Raissa Santana e seus cachos dignos de Miss Brasil (Foto: Reprodução / Arquivo pessoal) — Foto: Glamour

Símbolo máximo da representatividade tupiniquim, Raissa Santana, a Miss Brasil BE Emotion 2016, revela que seu processo de aceitação começou aos 17 anos. "Eu me olhava no espelho e já não me via mais tão bonita, sem contar o trabalho que dava manter um cabelo liso: eu precisava passar chapinha todos os dias e retocar a raiz. Aí eu decidi deixar o cabelo crescer e foi uma decisão muito difícil porque era complicado usar a raiz natural e as pontas lisas. Então, nesse início, ainda usava a chapinha para dar uma abaixada na raiz. Depois, com os fios maiores, passava muito creme e os enrolava com os dedos, cachinho por cachinho, e as pontas ficavam meio amassadas, seguindo um pouco o crescimento da raiz. Nessa fase de transição eu usava muito o cabelo preso, o que durou dois anos - deixava solto apenas quando tinha alguma ocasião especial. Eu assumia os cachos, mas não o volume. A libertação veio quando eu decidi usar meu cabelo black e bem armado. Aí não tive mais nenhuma dificuldade. Era muito fácil e eu já acordava pronta para qualquer compromisso; a praticidade era muito grande. Minha dica preciosa para quem tem os fios cacheados: muita hidratação porque esse tipo de cabelo é bem seco. Também lavo pouco os fios – apenas duas vezes por semana. Hoje, eu me sinto uma pessoa muito mais versátil com os meus cabelos porque posso usá-los do jeito que eu quiser: cacheado, liso e até com megahair. Fiquei mais confiante, mais estilosa e todos os meus looks são pensados para combinar com o meu cabelo”.

O movimento está viralizando não só no Brasil, mas no mundo. Aqui mais personalidades que estão assumindo os cachos para te inspirar também.

Alicia Keys (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Alicia Keys (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Joan Smalls (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Joan Smalls (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Solange Knowles (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Solange Knowles (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

Quer encarar o processo de transição capilar? Carla Lemos compartilha cinco dicas preciosas:

1. Acessórios de cabelo são seus melhores amigos: tiaras, faixas, presilhas, bonés e turbantes, use todos os recursos que a moda te oferece.
2. Aprenda a fazer penteados, porque além de ajudar a disfarçar a dupla textura entre raiz e fios, eles sempre rendem elogios (e tudo que a gente precisa durante a transição são uns elogios sinceros, né?). Além de ser ótimos para você conhecer seu cabelo e entender a textura que está nascendo…
3. Conheça seu cabelo. Teste de porosidade, cronograma capilar, 3A, 4C, low poo… Todos esses termos podem te deixar confusa a princípio, mas é mais simples que você imagina. Se você está perdida por onde começar, recomendo o livro "O Manual da Garota Cacheada".
4. Não saia de um padrão para entrar em outro: o objetivo da transição capilar é que você conheça a textura natural do seu cabelo, então muito cuidado pra não criar expectativas de ter o cacho igual ao de outra pessoa.
5. Corte importa. Durante a minha transição, o meu cabeleireiro, Tiago Parente, cortava meu cabelo a cada dois meses pra acelerar o processo. E nem todo profissional sabe cortar cabelo ondulado/cacheado/crespo. Então, peça fotos de cortes em cabelos de textura natural parecida com a sua (sem escova) antes. Pesquise, há cada vez mais profissionais se especializando em corte de cabelos naturais.

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