Lifestyle
Publicidade


Entre os milhares de problemas causados pela pandemia do coronavírus, a saúde mental é um dos pontos que mais precisa de atenção e cuidados. Manter a estabilidade emocional diante tantas incertezas pode ser um desafio muito grande para quem também já lida com ansiedade, depressão ou qualquer outra manifestação de transtorno.

Twitter Duds Saldanha; Arte: Iago Francisco (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Twitter Duds Saldanha; Arte: Iago Francisco (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour

Pensando nisso, a usuária no Twitter Duds Saldanha escreveu sobre a sua mais nova 'descoberta': terapia por cartas. Ao longo de seus tweets, ela explicou que não estava conseguindo fazer chamadas de vídeo com sua psicóloga (por questões pessoais) e a profissional sugeriu as cartas.

Leia:

"Queria compartilha uma coisa legal com vocês sobre se adptar, se conhecer e respeitar seus limites. Eu odeo "call". Não de um jeito millenial da coisa, de preferir e-mail ou coisas assim, mas de um jeito patológico, que me dá ataques de pânico. Eu não sei da onde vem. Eu preciso de muito tempo para me preprar psicologicamente para um call e ainda assim não consigo render como gostaria. Isso significa que eu ainda não consigo fazer terapia online, e minha terapeuta decidiu comigo que agora em ansiedade de pandemia não era a hora de lidar com isso. Então começamos a pensar em como seguir tendo sessões de modo que eu pudesse me expressar de maneira confortável e não ficasse com o emocional desamparado em meio aos meus diagnósticos que eu coleciono (como transtorno pós-traumático). Decidimos TROCAR CARTAS semanalmente. Funciona assim: eu escrevo uma carta sobre a semana, mando para ela, e ela usa o dia e horário da nossa sessão para ler com calma, refletir e responder. Tem funcionado MUITO BEM. Nas vezes que tentamos call eu não conseguia me abrir, me sentia perdendo tempo. Esse esquema me fez pensar muito sobre o quão importante é trocar com a pessoa que está te acompanhando no tratamento, e sobre como é importante que o profissional entenda seus limites, e que às vezes você não vai funcionar – e tem que pensar num jeito "não-convencional" que role. Junto desse novo jeito de consulta que achamos, conseguimos até criar pequenas tradições. Por exemplo: eu tenho compartilhado trechos de músicas que viraram "mantras" pra mim nesse período de isolamento. Da semana passada foi Zero P'clock, do BTS, que diz: "Numa noite confusa, eu olho pro relógio e em breve vai ser meia-noite. Algo vai mudar? Não, mas esse dia vai acabar. O mundo vai segurar a respiração por um momento, e então vai ser meia-noite. E a gente vai ser feliz." Ela terminou a carta da semana passada dizendo: "Espero que sua semana seja melhor, que os intervalos entre as 'meias-noites' não fiquem tão pesados." Esse é meu voto pra vocês: quando estiver difícil, pense em passar das meias-noites. Eu espero que fique cada vez menos pesado. Todo esse período está sendo sobre mudar nossos rituais e sobre respeitar nossos limites. Fiz esse fio como dica para quem talvez tenha o mesmo problema que eu, mas também como uma historinha de esperança de que se adaptar é possível e não estamos sozinhos."

Twitter Duds Saldanha (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Twitter Duds Saldanha (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Twitter Duds Saldanha (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Twitter Duds Saldanha (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Twitter Duds Saldanha (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Twitter Duds Saldanha (Foto: Reprodução / Twitter) — Foto: Glamour
Mais recente Próxima Perfil do Instagram mostra receitas que deram errado na quarentena - e o resultado é muito engraçado!
Mais de Glamour