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Por Geiza Martins


Cena do filme "A Proposta" (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour
Cena do filme "A Proposta" (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour

Você sabia que o brasileiro é um dos povos mais estressados do mundo? 90% da nossa população é atingida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). E não para por aí. A International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) descobriu um dado ainda mais assustador: 72% dos brasileiros sofrem alguma sequela devido ao estresse, sendo que 30% deles tem a doença em um nível grave.

E, como mulheres, a probabilidade de estarmos estressadas é ainda maior. Um estudo da Unesp apontou que 78,7% das mulheres sofrem com o mal, contra 51,8% dos homens.
Dá até um nervoso só de ler, né? Mas, muita calma. Antes é preciso entender que, biologicamente, o estresse está ligado ao nosso instinto de autoproteção --ele é uma reação do corpo a uma agressão externa. É como o sistema nervoso central nos prepara para duas respostas possíveis: lutar ou fugir.

Estou estressada?
Em tese, essa reação à agressão do ambiente é esperada, necessária para nossa sobrevivência e bem rápida. Mas, se ela se prolonga ou se torna muito frequente, pode sobrecarregar o organismo. Ou seja, estresse só é um problema quando é demais.

“No mundo moderno, o estresse passou a ter um caráter contínuo e nosso organismo não foi ‘feito’ para isso. Assim, a longo prazo, o estresse causa um esgotamento, com sintomas como fadiga, desgaste físico e mental”, explica o médico psiquiatra e psicanalista Mario Louzã.

Mas, segundo Mario, se o ambiente está agitado ou tenso, mas você consegue se controlar e se manter calma, “distanciada” da turbulência, você não está estressada. Agora, caso absorva para si a tensão do ambiente, vai experimentar os sintomas a seguir.

Estresse (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Estresse (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Efeitos no corpo
E de onde vem essa sensação de fadiga? Da preparação para situações extremas a que nosso cérebro submete o corpo. Em momentos estressantes, nossa respiração fica mais curta, os músculos tensionam, o batimento cardíaco acelera e a irrigação sanguínea diminui no cérebro para aumentar nas extremidades, como pernas e braços.“O organismo tem uma descarga de vários hormônios, especialmente adrenalina e cortisol”, explica Mario.

“É considerado [estresse] crônico quando passamos boa parte do nosso dia a dia expostos a fatores estressores”, explica o psicólogo e coach Nicodemos Borges. Quando isso acontece, toda essa química expõe o corpo a riscos seríssimos e até fatais.

Ameaças preocupantes
O cérebro e o coração são os órgãos vitais que mais sofrem com o estresse crônico. O estômago também é muito atingido, assim como os músculos que sofrem com dores e cansaço extremo.

CUIDADO: As chances de um ataque cardíaco aumentam neste cenário. Isso porque as descargas de adrenalina potencializam a coagulação do sangue e contraem os vasos sanguíneos. AVCs (acidentes vasculares cerebrais, o popular derrame) e aneurismas se tornam mais prováveis também devido ao alto nível de atividade e substâncias químicas na região.

Como escapar dessa?
Mudando sua atitude em relação ao mundo exterior! “Podemos desenvolver nossa habilidade de lidar melhor com o estresse, nossa capacidade de auto-observação e de refletir sobre nós mesmos”, comenta Mario.

Para isso, você pode investir em técnicas de concentração, meditação ou psicoterapia. “Em geral, o jeito de ser da pessoa já está muito arraigado nela. A ajuda profissional permite que a pessoa mude de modo mais consistente e duradouro”, garante.

Adotar novos hábitos alimentares também é importante. A cafeína, por exemplo, é uma substância a ser consumida com moderação. Portanto, diminua o número de cafezinhos, refrigerante de cola e chás gelados industrializados, ok? Ah, e exercício físico e atividades prazerosas nunca são demais.

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