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Por Por Paula Jacob (@pjaycob)


Uýra, Elementar (A Última Floresta - Terra Pelada) na Bienal de Arte de São Paulo (Foto: Foto: Matheus Belém. Cortesia: Emerson Munduruku) — Foto: Glamour
Uýra, Elementar (A Última Floresta - Terra Pelada) na Bienal de Arte de São Paulo (Foto: Foto: Matheus Belém. Cortesia: Emerson Munduruku) — Foto: Glamour

A reabertura da vida lá fora, as duas doses da vacina aplicadas, trouxe um novo fôlego para a cena cultural de São Paulo. Nada melhor para renovar a energia e a criatividade que ficar horas no museu apreciando trabalhos de mulheres, artistas indígenas e novos nomes da cena brasileira. Aqui, reunimos 8 exposições imperdíveis para você visitar (com todos os cuidados necessários, hein?):

Faz Escuro Mas Eu Canto, na Bienal de Arte de São Paulo

Com 91 artistas de 39 países, a Bienal de São Paulo reflete sobre tempos sombrios e a potência da arte na transformação social. Sob a temática “Faz escuro mas eu canto”, tirada dos versos apaixonantes de Thiago de Mello, a curadoria olha para diferentes plataformas e formatos que questionam sistemas falhos e desigualdades sociais que atravessam oceanos. “Desde sua concepção, e com um sentido de urgência ainda maior após os acontecimentos dos últimos meses, a 34ª Bienal busca estabelecer pontes entre obras e artistas que refletem múltiplas cosmovisões, culturas e momentos históricos”, explicou o curador geral desta edição, Jacopo Crivelli Visconti.

(Foto: Paula Jacob) — Foto: Glamour
(Foto: Paula Jacob) — Foto: Glamour

34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto 

Exposição Faz escuro mas eu canto

Datas: até 5 de dezembro de 2021

Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera 

Entrada gratuita

Moderno onde? Moderno quando? A Semana de 22 como motivação, no MAM

Numa proposta provocativa, a mostra traz uma reflexão sobre a Semana de 22 (considerada um divisor de águas entre o velho e o novo) e o quanto o modernismo no Brasil era ou não fechado dentro de um tempo-espaço específico. A curadoria de Aracy A. Amaral e Regina Teixeira de Barros contempla artistas imigrantes e os nascidos em outras regiões do Brasil para além de São Paulo, que produziram pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, fotografias, ilustrações e poemas.

Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, no MAM

(Foto: Karina Bacci/Divulgação) — Foto: Glamour
(Foto: Karina Bacci/Divulgação) — Foto: Glamour

O artista-curador-escritor-educador-ativista Jairder Esbell assina a curadoria dessa exposição coletiva, que busca celebrar a diversidade da produção artística de criativos indígenas, longe dos estereótipos ou da lógica canônica. O ontem e o hoje se encontram na narrativa sobre ancestralidade e passagem de conhecimento. Desenhos, tecelagens, esculturas, fotografias, gravuras e pinturas tomam conta das paredes e painéis do espaço, contemplando a criação de 34 artistas, incluindo Ailton Krenak, Dalzira Xakriabá, Sueli Maxakali e Arissana Pataxó.

Moderno onde? Moderno quando? A Semana de 22 como motivação
Curadoria: Aracy A. Amaral e Regina Teixeira de Barros
Período expositivo: 4 de setembro a 12 de dezembro
Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea
Curadoria: Jaider Esbell
Assistência de curadoria: Paula Berbert
Consultoria: Pedro Cesarino

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Telefone: (11) 5085-1300
Entrada gratuita, com contribuição sugerida.
Agendamento prévio necessário.
ngressos disponibilizados online em mam.org.br/ingresso

Maria Martins: Desejo Imaginante, no Masp

Contextualizada dentro da programação do museu Histórias Brasileiras, que segue até 2022, esta exposição é a maior já dedicada à artista mineira, uma das peças centrais no modernismo nacional. A partir do estudo das mitologias indígenas amazônicas, afro-brasileiras e antiguidade clássica, Maria Martins criou esculturas, desenhos e gravuras para dar um novo ar ao que o Brasil era conhecido no universo artístico. Seu trabalho também permeia a figura feminina, dentro de um contexto de erotismo e desejo, desafiando a moralidade da época. Na mostra, você encontra 45 trabalhos, entre esculturas e gravuras, produzidos nas décadas de 1940 e 1950, e 41 publicações e fotografias sobre a história da artista.

Masp
Endereço: Av. Paulista, 1578, São Paulo/SP
Telefone: +55 11 3149 5959
Horário de funcionamento: terça (grátis), das 10h às 20h (última entrada às 19h); de quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até às 17h)
Ingressos: R$ 50 adultos, R$ 25 estudantes, professores e maiores de 60 anos

As metamorfoses – Travestis e transformistas na SP dos anos 70, no IMS

 (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
(Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Até o dia 26/09, o IMS exibe gratuitamente o trabalho da fotógrafa brasileira Madalena Schwartz (Budapeste, 1921-São Paulo, 1993). Moradora do famoso edifício Copan, em São Paulo, ela acompanhou de perto a cena cultural da cidade nos anos 1970, fotografando os personagens da noite paulistana. Artistas transformistas, andrógenos e travestis viram protagonistas de seus retratos poéticos. A curadoria é de Gonzalo Aguilar e de Samuel Titan Jr, que buscaram resgatar a importância da fotógrafa ao passo que investigam a sua estética.

IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424, São Paulo/SP
Galeria 2 - 7º andar
Entrada gratuita, com agendamento prévio
Terça a domingo, das 12h às 18h. Última entrada às 18h
Tempo máximo de permanência em cada visita: 2 horas
O centro cultural funcionará com capacidade reduzida, para que o distanciamento seja respeitado.
Essa exposição contém imagens de nudez.
Recomendada para maiores de 18 anos.

Alfredo Jaar: Lamento das Imagens, no Sesc Pompeia

Parte da rede de parcerias com a 34ª Bienal de São Paulo, a exposição reúne obras do artista chileno conhecido por investigar a sociedade e as desigualdades por meio de signos visuais. Longe de julgar ou pedir um posicionamento dos visitantes/apreciadores, Alfredo Jaar quer, na verdade, mostrar a relevância da manutenção dos sistemas para transformar a política e a sociedade em espaços mais inclusivos.

Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93, Pompeia
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Entrada gratuita

Enciclopédia Negra, na Pinacoteca

Pinacoteca de São Paulo inaugura exposição “Enciclopédia Negra” (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Pinacoteca de São Paulo inaugura exposição “Enciclopédia Negra” (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Se você ainda não foi conferir de perto a Enciclopédia Negra (até 08 de novembro), a hora é agora. Montada em parceria com a Companhia das Letras e com os autores do livro que dá nome à mostra (Flávio Gomes e Lilia M. Schwarcz e do artista Jaime Lauriano), a exposição reúne 103 obras de artistas contemporâneos que buscam questionar a representatividade negra na história do Brasil. Além dessa, ao visitar a Pinacoteca de São Paulo, você também encontrará obras de John Graz, André Komatsu e Rodolfo Bernardelli.

Pinacoteca
Praça da Luz, 02
Quarta a segunda, das 10h às 17h30 com permanência até as 18h.
Todos os ingressos deverão ser adquiridos online, sendo 10 ingressos por CPF. O valor é R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia-entrada). Sábado, gratuito para todas as pessoas.
Mais informações via faleconosco@pinacoteca.org.br

Somos aquelas que permeiam o abismo em busca das frestas, no Tomie Ohtake


Parte do programa Arte Atual, que fomenta todo ano novos artistas e projetos experimentais, a exposição tem curadoria de Priscyla Gomes e faz referência ao poema Espreita, de Ana Lira, a partir da interpretação da fotógrafa baiana Helen Salomão e da artista carioca Laís Amaral. A disposição das obras na sala ainda faz o visitante refletir sobre os abismos que a pandemia trouxe para a sociedade e como iremos reconstruir esse espaço coletivo artístico a partir de agora.

Tomie Ohtake
Datas: até 28 de novembro de 2021
Horários: de terça a domingo, das 11h às 20h. Entrada franca.
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo (a 800m do metrô Faria Lima, linha amarela)x

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