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Câncer de mama: você já fez o seu autoexame hoje? (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Câncer de mama: você já fez o seu autoexame hoje? (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

Atentas! Você já fez o seu autoexame este mês? Um dos desafios das campanhas de Outubro Rosa é alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Só em 2020, de acordo com dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, 2,3 milhões de novos casos foram diagnosticados em todo o mundo – o equivalente a cerca de 25% dos casos de cânceres em mulheres.

“Conhecer o próprio corpo, a mama, a aréola e a axila é fundamental. O autoexame deve ser feito preferencialmente todo mês por mulheres acima de 18 anos uma semana após a menstruação e em frente a um espelho”, aconselha o médico oncologista Gilberto Amorim, da Oncologia D'Or. Já mulheres com mais de 40 anos devem realizar a mamografia anual, inclusive as que tiverem próteses mamárias. O diagnóstico precoce pode transformar a jornada da paciente, bem como entender as particularidades da doença, já que nenhum câncer segue um roteiro exato.

Atualmente, há exames simples e robustos para descobrir, por exemplo, riscos do chamado câncer de mama hereditário. Foi o que fez a personagem Jane, da série The Bold Type. Por meio de um teste genético, a protagonista descobriu que possuía uma mutação no gene BRCA1, que aumenta chances de desenvolver o câncer de mama e de ovário (mesma doença que levou a mãe de Jane à morte). Com histórico na família, atriz Angelina Jolie também detectou uma mutação em seus genes e decidiu fazer uma mastectomia e retirar os ovários e as trompas de falópio. “Cerca de 10% das pacientes podem apresentar uma mutação genética, como se fosse uma espécie de ‘defeito de fábricaʼ, que aumenta as chances de ter câncer de mama e de ovário. Mulheres portadoras dessas mutações podem ter um risco 40 ou 50% maior de desenvolver as doenças”, explica Amorim.

Quem deve fazer o teste genético?

O teste genético vem se popularizando no Brasil e saber a respeito da existência de uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 pode ser um diferencial no monitoramento e na detecção precoce da doença. O exame – realizado com amostras de saliva ou sangue – é aconselhado para pessoas que têm casos de câncer de mama e ovário na família ou mesmo para pacientes jovens com caso isolado de câncer de mama. O objetivo é testar as possibilidades dessa pessoa desenvolver algum tipo de câncer com o gene mutado, como próstata, mama, ovário e até pâncreas.

A estudante de medicina Andressa Dallego descobriu a doença aos 24 anos depois de fazer uma mamografia. Ela já tinha um histórico familiar nada favorável: mãe, avó e uma prima com diagnóstico de câncer por volta dos 35 anos. “O exame apontou uma alteração característica de carcinoma in situ, e na mesma semana fui atrás da equipe de mastologia e biopsia. Já tinha ouvido falar do teste genético, mas não reconheci a importância dele inicialmente”, admite.

O teste genético aponta mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
O teste genético aponta mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

Mesmo após o tratamento das mamas, ela só levou o teste realmente a sério quando a sua prima, ainda mais nova do que ela, teve que fazer biópsia em um nódulo na mama. “Foi aí que entendi: o teste não era importante só para mim, mas para todas as mulheres da família poderem ter o acompanhamento adequado. Descobrir a doença de forma precoce me permitiu escolher o tratamento que eu queria. Minha mãe descobriu o câncer de mama em estágio avançado, ela não teve opção de não passar por mastectomia ou de não fazer quimioterapia. Conhecer minhas mamas me ajudou a participar ativamente do rastreio do câncer e do tratamento, podendo ter um diálogo com o médico a respeito dos exames, recomendações, frequência de acompanhamento e tratamentos disponíveis”, afirma ela, que optou pela mastectomia bilateral poupadora de pele e mamilos.

Segundo o dr. Gilberto Amorim, a cirurgia não é a única opção nesses casos genéticos. “Pacientes com mutação que, por alguma razão, não desejam operar precisam de um acompanhamento mais rigoroso, de preferência com mastologistas, e capricho maior nos exames. Nesses casos, a ressonância magnética é recomendada, alternando mamografia e ultrassom”, diz.

Câncer agressivo

Existem vários tipos de câncer de mama, de acordo com as características de cada tumor. O HER2+, por exemplo, é extremamente agressivo e, nesses casos, as mulheres precisam ter acesso aos tratamentos adequados para mantê-lo sob controle. Foi o que aconteceu com a professora Sandra Elisabeth da Silva, que descobriu a doença em 2012. Depois de fazer mastectomia com esvaziamento completo das axilas e realizar quimioterapia e radioterapia, conseguiu se curar. Entretanto, três anos depois, exames constataram que ela tinha câncer nos dois pulmões. “Veio a choradeira e tristeza. Não teria como tirar os nódulos porque eram muitos”, conta.

Há seis anos, vem realizando inúmeros protocolos e combinações de tratamentos, sempre acompanhada de uma equipe médica. “Gostaria de enfatizar que, mesmo com um diagnóstico triste como esse, existe vida após o câncer. Levo uma vida normal apesar de ter um câncer metastático nos dois pulmões e procuro, sempre que possível, olhar para frente. Quero que minha sobrevida tenha o máximo de qualidade. Participo do Oncodance (oficina gratuita de dança para quem tem ou teve qualquer tipo câncer), sou voluntária no Instituto da Mama e tenho o grupo chamado Meninas do Peito, no Facebook, com cerca de cinco mil mulheres. Não posso fazer planos a longo prazo, meus projetos são curtos, mas sempre tenho muita esperança de viver”, afirma.

Sandra deixa um recado para todas as mulheres: “O câncer é traiçoeiro e o tratamento é cansativo, longo. Por isso, quanto antes você tiver um diagnóstico, melhor. O meu já estava num estágio muito avançado. Mulheres: cuidem-se, façam exames e incentivem toda a família a fazer.”

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