Celebridades
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Por Geiza Martins


Serena Williams completa 37 anos (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Serena Williams completa 37 anos (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

Serena Williams completa 37 anos nesta quarta-feira, 26 de setembro. E, apesar da jogadora de tênis não celebrar aniversário devido a sua religião (ela é Testemunha de Jeová), nós decidimos relembrar aqui o seu lado feminista, postura que a tem destacado nos últimos anos.

Dentro do esporte, a rainha das quadras usa todos os títulos que venceu para lutar contra o machismo. Vale lembrar que ela foi listada como número 1 do ranking mais de seis vezes e é atualmente a atleta (masculino e feminino) que mais possui títulos do Grand Slam - são 38 no total. Quando está fora das quadras, usa sua influência para fortalecer o movimento girl power. Vem ver como ela é poderosa!

Raquete no chão
Ela não deixou barato a punição do árbitro português Carlos Ramos na final do U.S. Open, em 8 de setembro. Serena foi acusada de receber instruções do técnico, o que não é permitido em uma partida de tênis, e acabou perdendo o título para Naomi Osaka, de 20 anos. A tenista acredita que a decisão do juiz foi sexista e o chamou de “ladrão”. “Eu sou mãe, prefiro perder do que trapacear. É porque sou mulher e você sabe disso! Se fosse homem, não faria isso!”. “Você está atacando minha personalidade!”

Critica racistas e defende "azamiga"!
Em 2017, Serena enfrentou o comentário racista do técnico romeno Ilie Nastase sobre sua filha (que ainda nem tinha nascido!). “Vamos ver de que cor é. Chocolate com leite?”, disse ele. Ela também bateu de frente nos xingamentos sexistas dele contra as tenistas britânicas Johanna Konta e Anne Keothavong.

A tenista escreveu uma resposta a Ilie em suas redes sociais: “Fico decepcionada ao saber que vivemos em uma sociedade onde gente como Ilie Nastase pode fazer tais comentários racistas sobre meu bebê ainda não nascido e sobre mim, e comentários sexistas sobre minhas colegas. Continuarei travando os combates que considerar justos. Não tenho medo. Ao contrário de você, não sou covarde. Você pode atirar em mim com as suas palavras, pode tentar matar-me com o seu ódio, mas como o ar, eu me elevo”. O romeno foi suspenso pela Federação Internacional de Tênis (ITF) até dezembro de 2020.

Serena Williams (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour
Serena Williams (Foto: Getty Images) — Foto: Glamour

"Mães, jogo por vocês"
Após a gravidez, não foi fácil o retorno de Serena às quadras. Ela ficou 11 meses afastada dos torneios. Isso porque teve complicações de saúde depois do parto. A tenista sofreu uma embolia pulmonar (uma condição em que uma ou mais artérias dos pulmões se bloqueiam) 24 horas após à dar luz a filha Alexis Olympia Ohanian Jr. em setembro de 2017. Ela retornou aos jogos no dia 8 de março deste ano (sim, bem no dia da mulher).

Em julho, quando chegou à final de Wimbledon e perdeu, falou a todas as mães que tiveram dificuldades em regressar às suas carreiras profissionais: “Só queria dizer a todas as mães que tive de lutar muito para voltar e foi algo realmente difícil e, honestamente, sinto que se eu consegui, elas também conseguem. A todas as mães por aí, joguei por vocês. Eu tentei”

Ajuda às gravidas
Em suas redes sociais, Serena fez um apelo para chamar a atenção sobre as condições precárias de saúde para mulheres durante o parto. “Segundo a Unicef, a cada ano 2,6 milhões de recém-nascidos morrem [no mundo antes de completar um ano de vida]. Mais de 80% por causas evitáveis. Sabemos que há soluções simples, como o acesso a recursos médicos, contato pele com pele, remédios básicos, água limpa e boa alimentação, mas não fazemos o que nos toca. Não estamos à altura para ajudar as mulheres do mundo.”

Serena Williams e a filha (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour
Serena Williams e a filha (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour

Princesa guerreira
Serena disputou o torneio de Roland Garros, em maio, usando um macacão que mais parecia o uniforme do Pantera Negra. Fabricado pela Nike, a peça foi desenvolvida com uma tecnologia especial para ajudar a circulação (devido a embolia pulmonar que sofreu). “Eu o chamo de meu macacão inspirado em Wakanda. Nós o fizemos antes do filme, mas ainda me lembra disso", disse a atleta ao The Guardian. A tenista ainda disse que o macacão representa todas as mães que andam por aí, que depois de serem mães voltaram e tentaram continuar a ser ferozes. Na época, ela foi acusada de ferir o “dress code” do torneio. "Você pode tirar o uniforme da super-heroína, mas nunca seus superpoderes", foi a resposta da Nike à Federação Francesa de Tênis.

Lenda do tênis, Billie Jean King também criticou a Federação: "A perseguição dos corpos das mulheres deve terminar. O talento excepcional que Serena Willliams oferece ao jogo merece respeito. As críticas sobre o que ela usa para trabalhar são verdadeiramente uma falta de respeito.”

Balé nas quadras
E se o macacão não pode, no US Open, ela desfilou um novo uniforme: um vestido inspirado no clássico tutu de bailarina. A peça foi criada pelo novo guru da moda, Virgil Abloh (fundador da Off-White), e responsável pela linha masculina da Louis Vuitton.

"Precisamos continuar a sonhar alto"
Serena escreveu uma carta na revista “Porter” passando a mensagem de que não podemos deixar a cor da nossa pele ou o nosso sexo definir nosso futuro. O texto era destinado a “todas as mulheres incríveis que se esforçam para ser excelentes“. Nele, ela diz que queria ser a melhor jogadora de tênis do mundo, e não a melhor jogadora de tênis do sexo feminino.

Ela ainda cobrou uma equiparação salarial e falou sobre inspirarmos outras gerações. “Nós precisamos continuar sonhando alto. Fazendo isso, nós empoderamos a próxima geração de mulheres a serem tão ousadas quanto nós em suas buscas".

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