Celebridades
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Por Isabela Serafim


Blusa Framed, calça e sapatos Gucci. Brincos e anéis H.Stern  — Foto: Glamour
Blusa Framed, calça e sapatos Gucci. Brincos e anéis H.Stern — Foto: Glamour


Se, em meados dos anos 2000, Camila Coutinho ainda precisava se apresentar nos backstages do São Paulo Fashion Week, hoje ela precisa se esconder quando não quer ser reconhecida na rua.

Aos fatos: a pernambucana está pela segunda vez na capa da Glamour (na primeira, em 2013, posou ao lado da xará Camila Coelho), tem 2,3 milhões de seguidores no Instagram, parcerias comerciais com grifes de peso, nome em listas concorridas tipo Forbes e BOF, alguns licenciamentos... Trajetória que, aos 30 anos, ela conta em um primeiro – e aguardadíssimo – livro, "Estúpida, Eu?".

De roupa de ginástica, cabelo preso e make zero, Cami não fugiu de nenhuma das perguntas feitas por nomes de peso da moda e fashionistas. Arriscaríamos dizer que, não fossem os dois apartamentos (um em Recife e o outro em SP), os milhões de fãs e a vida frenética em dezenas de voos por semana, ela poderia ser fácil, fácil aquela sua amiga da facul: leve, divertida, serena, sempre pronta para enxergar o copo meio cheio e fazer uma piada. Um trecho da entrevista da empresária na Glamour de maio você confere abaixo!

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PAULA MERLO, diretora de redação da Glamour
Ser “cara de pau” é importante para ter sucesso também?
Para mim funcionou! Já mandei mensagem para a Maria Prata quando ela fazia a Teen Vogue no Brasil [o título foi publicado apenas uma vez aqui], falei pessoalmente para o Marcelo Sommer [estilista] que queria trabalhar com ele... Acho que ajuda, sim, mas você precisa ter bom senso e estar preparado. Porque se a pessoa te der uma chance, é preciso dar conta. Eu era bem cara de pau, sim, mas tinha embasamento. Acho que não pode dar tiro errado. Não há problema nenhum em expressar o que deseja para a pessoa certa em qualquer momento da carreira.

PRISCILA MONTEIRO, RP da Dior no Brasil
Quando você percebeu que tinha “chegado lá”?

Ao escrever o livro, percebi que minha história está misturada às mudanças do mercado, pois criei o primeiro blog de moda do Brasil e vi a transição do interesse passar da notícia para a pessoa Camila. Minha primeira coleção com uma rede de fast fashion marcou. Ver meu nome em listas de influenciadores da Vogue Paris, da Forbes e do The Business of Fashion também. O livro e a capa da Glamour mostram que cheguei lá mesmo, mas nenhum fracasso e nenhum sucesso têm o mesmo tempo de antes. Tudo dura um pouco menos. Você não pode nunca se acostumar a ser a primeira. Fiz muitas coisas, reconheço e fico feliz, mas já penso nas próximas.

Camila Coutinho (Foto: Mar + Vin) — Foto: Glamour
Camila Coutinho (Foto: Mar + Vin) — Foto: Glamour

Como é ter a vida pessoal acompanhada pelo público? Teve algum momento em que isso foi particularmente difícil? Sempre tive um limite de exposição. Entendo que meu trabalho é baseado na minha vida pessoal, então não tem como querer desconectar completamente. Mas eu respeito o que é possível para mim. Não conto nem mostro tudo. Quando estou com a minha família e meus amigos, paro para viver aquilo. Tem dias que quero falar mais nos stories, outros menos. Não acho que vale tudo pela audiência, não. O momento mais difícil, com certeza, foi a separação [em 2016, ela se divorciou do empresário Diego Nunes após 12 anos de relação]. Mas acho que encontrei um jeito delicado de explicar para o meu público o que estava acontecendo [o anúncio do rompimento foi feito com um post carinhoso em seu Instagram].

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DOMINIQUE OLIVER, fundador e CEO da Amaro
Como você acha que estará o mercado de influencers daqui a cinco anos? Ele não vai parar de crescer. Teremos a popularização da criação de conteúdo: todo mundo vai poder criar o seu. Quem diz o que é relevante ou não é a audiência. Teremos menos tempo para absorver as informações – as marcas e as influenciadoras vão ter que aprender a comunicar nas janelas de tempo em que as pessoas não estarão prestando atenção em conteúdos maiores, como os da Netflix. Hoje, aos 30, não gosto da loucura do número, de ter cada vez mais seguidores. Como é um mercado que não tem barreira de entrada, acho que a melhor estratégia para os influenciadores é encontrar o seu ponto forte e trabalhar nisso. E eu quero estar nos lugares que me interessam com as pessoas que me interessam.

JULIANA SANTOS, empresária e proprietária da multimarcas recifense Dona Santa
Se tivesse que escolher uma profissão off-line, que não dependesse de mídia social, qual seria?
Trabalharia com marketing e branding. Poderia perfeitamente fazer isso para outra pessoa que não eu! Agora, off-line... Difícil, hein? Tudo se ajuda com redes sociais. Dentista tem, chef de cozinha tem. Mas acho que adoraria trabalhar com cachorros. Taí!

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