Celebridades
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Por Giovana Romani / Fotos Josefina Bietti


Vestido, brinco, anel, pulseiras, colar e sandálias, tudo Dior. Sutiã Gioconda  — Foto: Glamour
Vestido, brinco, anel, pulseiras, colar e sandálias, tudo Dior. Sutiã Gioconda — Foto: Glamour

Capa e recheio da nossa edição de janeiro (já garantiu seu exemplar?), Bianca Bin, a heroína da novela das 9, "O Outro Lado do Paraíso", é discreta, mística, inteligentíssima e super good vibes. "Sou meio bruxa e tenho espírito de guerrilheira também. Desde muito nova aprendi a me colocar como mulher, pois tive uma criação machista", conta a artista, que é natural de Itu, no interior de São Paulo.

Na entrevista concedida à Glamour, a atriz abre o jogo sobre suas primeiras vezes. Da paixão à decepção, ela fala sobre feminismo, assédio, amor e até menstruação – ela planta sua lua todos os meses –, em um bate-papo leve e sem censuras com a nossa editora-sênior, Giovana Romani. Um trecho exclusivo você confere ao longo desta página!

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BIANCA BIN EM: A PRIMEIRA VEZ QUE...

... entendi o que é ser mulher: "desde sempre. Nasci feminista porque fui criada de forma machista. Meu irmão sempre saiu sem dar satisfação, sem ter hora para voltar. A luta começou dentro de casa, porque sempre me posicionei. Tenho um espírito revolucionário, combativo, de guerrilha. Trabalho em um universo masculino e preciso me colocar. Ali dentro a gente também ganha menos que os homens. Não tem como não tocar nesse assunto. Isso é estatística, acontece em todas as profissões. E pagamos os mesmos impostos... Não faz sentido! A gente está vivendo uma primavera feminista linda. Precisamos redefinir o que é normal e assumir nosso lugar de fala. Temos que nos posicionar, exigir justiça, respeito e igualdade."

... fui assediada: "não lembro uma vez específica, mas provavelmente na pré-adolescência, voltando da academia a pé com roupa de ginástica e recebendo assovios e “elogios”. Ficava revoltada, mostrava o dedo, respondia xingando. Não consigo aceitar. Jamais me senti mais bonita ou atraente por isso."

Bianca Bin na Glamour de janeiro (Foto: Josefina Bietti ) — Foto: Glamour
Bianca Bin na Glamour de janeiro (Foto: Josefina Bietti ) — Foto: Glamour

... me apaixonei: "aos 14 anos, e tinha certeza de que seria para sempre... Ele tinha 17 e vivia me traindo. É que eu não tinha iniciado minha vida sexual ainda e ele lá, com a testosterona bombando. Hoje entendo tudo! Mas na época sofri horrores. Terminamos uma vez e minha mãe hoje conta que quase chamou os bombeiros de tanto que eu soluçava. Acabamos mesmo só seis anos depois. Sou assim intensa, o tipo de pessoa que junta e fica. Tive apenas três namorados na vida, já casei... Eu me entrego."

... morri de vergonha: "acredita que foi quando menstruei? Eu tinha 12 anos e o que era para ser um processo bonito e feminino foi traumático. Fiquei horas trancada no banheiro. Hoje passou, ainda bem! Sempre agradeço por esse sagrado feminino e planto a minha lua. Plantar a lua é devolver o sangue para a terra. Uso o coletor menstrual e coloco o sangue nas plantas, diluído em água. É uma forma de fechar o ciclo. Isso mudou minha relação com meu corpo e com me entender mulher. O universo é uma grande potência feminina e é com essa força que busco me conectar sempre."

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