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Por Geiza Martins


Pílula anticoncepcional (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Pílula anticoncepcional (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Certamente, você já ouviu falar que a pílula anticoncepcional gerou uma verdadeira libertação sexual feminina. E causou mesmo! Em 1960, ano em que surgiu, não havia outros métodos contraceptivos, tirando a camisinha (by the way, a de látex também foi criada nessa época; antes disso, os preservativos eram feito de materiais estranhos, como a tripa do carneiro). 47 anos depois, 100 milhões de mulheres utilizam pílula. Mas, nem todo mundo se adapta a esse método!

Dá pra entender, né? Afinal, além de precisar de muita disciplina para não esquecer de tomar no horário certo, ainda existem os malditos efeitos colaterais (e a lista é grande!): enxaqueca, retenção de líquidos, transtornos de humor, aumento do peso, enjôos, varizes, etc. Isso sem falar que, devido aos hormônios extra da pílula, há casos como AVC, trombose, ataque cardíaco e embolia pulmonar. Barra pesada, né?

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Não é de surpreender que existe uma corrente de mulheres dispostas a evitar a pílula. “São mulheres que querem levar um estilo de vida mais saudável”, afirma a ginecologista Vanessa Franco. Se você também pensa em parar, listamos algumas opções de métodos anticoncepcionais pra substituir o comprimido. Mas não deixe de conversar com seu médico antes de tomar qualquer decisão, ok?

Diu (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour
Diu (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour

1. DIU
Velho conhecido nosso, o Dispositivo Intrauterino é um pequeno objeto de plástico em formato de T, revestido por um fio de cobre, responsável por impedir a gravidez. A eficácia dele é 99%, maior que a da pílula e a da camisinha. Ele é introduzido pela ginecologista ou obstetra e o procedimento costuma ser rápido. “Geralmente, não há nenhuma necessidade de anestesia e só gera um pouco de incômodo em algumas pacientes, a depender da anatomia”, afirma Vanessa.

O DIU também é considerado um método de prevenção barato a longo prazo, já que a paciente só paga pela colocação dele e pode passar de 5 a 10 anos sem precisar trocá-lo. Mas e os efeitos colaterais? Não existem! Para ser perfeito, só faltava prevenir contra DSTs. Aliás, está aí uma contra-indicação para a introdução do DIU: doenças sexualmente transmissíveis que afetem diretamente o sistema reprodutor, como HPV.

2. SIU, o DIU hormonal
O Sistema Intrauterino é parecido com o DIU, tanto no formato quanto na inserção. As semelhanças param por aí, já que o SIU - também chamado de DIU hormonal - é produzido à base de progesterona.

Altamente eficaz (mais até que o DIU de cobre), estima-se que apenas 0,2% das mulheres que usam o método engravidam. Entretanto, por ser um método hormonal, Vanessa explica que alguns efeitos colaterais podem ocorrer: “É comum as pacientes relatarem escapes [sangramentos leves fora do período menstrual] nos primeiros meses. Essa é a principal queixa, seguida por cólicas, acne e diminuição da libido. Porém, muitas pacientes não têm nenhuma reação adversa”, conclui.

Nem todo mundo sabe, mas o DIU hormonal também é usado como tratamento para a endometriose, afecção inflamatória que acomete o endométrio, tecido que reveste o útero. “A desvantagem é que a colocação do dispositivo é consideravelmente mais cara do que a do DIU de cobre. Há que se pensar no custo-benefício para cada paciente”, informa a ginecologista.

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3. Implante subcutâneo ou subdérmico
Inovador e recente, o implante subcutâneo é um tubinho de silicone do tamanho de um chip com progesterona, o mesmo hormônio do DIU hormonal e da pílula do dia seguinte. Ele é implantado pelo médico na pele da paciente, geralmente na parte interna do braço. O procedimento requer uma anestesia local e, após alguns dias, não há mais dor ou inchaço na região do implante.

“O implante subcutâneo tem suas vantagens em relação ao DIU hormonal porque não costuma ter seus efeitos adversos, como as cólicas”, explica Vanessa. O efeito anticoncepcional dura três anos e, após esse período, é só recolocar um implante novo no mesmo lugar do anterior. A eficácia é a mesma do DIU hormonal: mais de 99%, com a vantagem de ser fácil de se adaptar do que o dispositivo intrauterino.

Diafragma (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour
Diafragma (Foto: Reprodução) — Foto: Glamour

4. Diafragma
Criado na Alemanha e trazido para o Brasil na década de 80, faz parte do “lado B” dos métodos anticoncepcionais, pois é pouco conhecido por aqui. Assim como a camisinha, é um método de barreira recomendado para pacientes alérgicas ao látex dos preservativos.

Pra quem não conhece, o diafragma consiste em um copinho feito de silicone e, diferente do coletor menstrual, que parece uma “taça de espumante”, ele lembra o formato de uma tigela. Na prática, ele é introduzido na vagina algumas horas antes da penetração (assim se fixa melhor no canal vaginal), e deve ser utilizado com um gel espermicida.

Trabalhoso, né? Pior que o método ainda exige mais. Vanessa explica que para usá-lo, a paciente deve passar por um exame de medição do diâmetro do colo do útero, realizado por um ginecologista. Após o exame, ela recebe uma receita com as medidas para comprar o diafragma. A vantagem é que um método sustentável: cada um dura, em média, três anos, e deve ser lavado com água e sabonete líquido neutro após o uso.

Camisinha (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Camisinha (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

5. Camisinha (a boa e velha!)
É o principal método anticoncepcional moderno. Para prevenir a gravidez, a eficácia do preservativo é de 98%. Essa eficácia pode ser aumentada com o uso do gel espermicida ou de alguns cuidados como, por exemplo, evitar sexo com penetração durante o período fértil. A camisinha feminina é igualmente eficaz, apesar de ser menos vendida por ser mais cara do que a masculina.

De acordo com Vanessa, ela deve ser usada mesmo por quem faz uso da pílula, por prevenir DSTs e por reforçar a sua eficácia. Isso porque a pílula tem 1,25% de chances de não funcionar - isso quer dizer que a cada 100 mulheres que tomam pílula, a cada mês uma engravida. Detalhe: a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a camisinha até para sexo oral, já que gonorreia, HIV e sífilis são transmitidas também dessa forma.

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