Sociedade

Por Redação Galileu

Neste domingo (18), Argentina e França decidem, às 12h do horário de Brasília, quem será o país vencedor da Copa do Mundo do Catar. A partira ocorrerá no estádio Lusail, onde somente uma das seleções sairá de campo tricampeã mundial de futebol.

Segundo prevê um recente estudo, a nação vencedora do torneio costuma receber um impulso econômico, sendo que a Argentina terá maior favorecimento na economia do que a França caso saia vencedora. A pesquisa foi publicada em 21 de setembro na revista Social Science Research Network (SSRN) pelo pesquisador Marco Mello, da Universidade de Surrey, da Inglaterra.

Campeã em 1998 e 2018, a França quer consolidar a geração mais vitoriosa da sua história, conquistando o segundo título seguido — que ninguém alcança desde as vitórias do Brasil em 1958 e 1962. Já a Argentina busca encerrar um jejum de 36 anos sem levantar a taça, já conquistada em 1978 e 1986 pelo país.

Segundo conta Surrey ao site Business Live, ele calculou que o campeão mundial tende a ter 0,25% a mais de crescimento econômico nos dois trimestres após o torneio. Isso se deve principalmente ao aumento das exportações, porque o vencedor conquista maior visibilidade internacional.

A pesquisa mostrou um grande salto nas vendas externas do Brasil após a conquista da Copa do Mundo de 2002, por exemplo. Logo, a Argentina, com perfil exportador semelhante, tem mais chances de conseguir esse tipo de impulso caso conquiste o título no Catar, conforme o expert.

“Se há um dos dois países que podem se beneficiar, assim como o Brasil, é a Argentina, e não a França”, diz Mello. Ele considera ainda que pode haver um efeito menos pronunciado para os franceses, porque eles são os vencedores atuais, portanto, a vitória seria menos surpreendente.

Outro fator que pode mudar os efeitos econômicos, de acordo com o pesquisador, é o calendário diferente do torneio deste ano, que está sendo realizado no inverno do hemisfério norte, ao contrário de seus antecessores.

Em sua análise, Mello considerou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico desde 1961 para examinar se a vitória na Copa do Mundo da Fifa impulsiona o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), “como afirmam analistas e meios de comunicação concomitantemente a cada edição desta competição de futebol”.

O especialista concluiu que os países vencedores desfrutam de PIBs aumentados nos seis meses seguintes à vitória, “o que possivelmente resulta do maior apelo desfrutado por um país após vencer a mais renomada competição de futebol”.

Ser um anfitrião, no entanto, não se traduz em um impulso econômico, pelo menos a curto e médio prazo. Além disso, o cenário econômico não é animador para nenhum dos finalistas: a França está lutando com uma crise de energia e uma onda de greves, enquanto a Argentina tem uma inflação próxima de 100% e sofre uma seca que ameaça reduzir as exportações de safras no ano que vem.

Para Mello, a história sugere que problemas econômicos pré-existentes podem limitar quaisquer ganhos que venham com a vitória no mundo futebolístico.

“Se há um país nas últimas Copas do Mundo que não se beneficiou muito com a conquista da Copa é a Espanha em 2010, quando houve a crise da dívida soberana”, ele considera. “Essa crise de custo de vida e essa potencial recessão que se aproxima podem mascarar os efeitos eventuais de vencer a Copa do Mundo”, alerta.

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