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Um grupo de 20 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) está equipado com transmissores via satélite, que vão permitir acompanhar a migração das aves durante o inverno. O caminho que os pinguins estão fazendo tem 6 mil km, saindo da Patagônia, na Argentina, e se estendendo até a costa brasileira.
A lista de animais é composta por aves batizadas com nomes de famosos. Entre as homenagens, há nomes como Messi, Anya Taylor-Joy, Leo Di Caprio, Taylor Swift e Freddy Mercury, por exemplo.
O projeto visa compreender melhor a biologia e a ecologia dos pinguins-de-magalhães, e conta com o apoio da National Geographic Society, da Universidade Stanford (EUA) e do Fundo de Conservação da Disney — a Global Penguin Society (GPS).
Nos últimos seis meses, os dispositivos de última tem registrado em tempo real o percurso dos animais. A partir da coleta desses dados, foi possível ter informações sobre os padrões migratórios, de comportamento e a influência do ambiente na travessia das aves.
É possível acompanhar ao vivo a trajetória das famosas aves no site da organização e conhecer mais detalhes sobre cada indivíduo do grupo.
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“O que buscamos é que cada vez mais pessoas no mundo se interessem por esses incríveis animais que estão ameaçados pelo manejo inadequado das pescarias, a mudança climática, a poluição por petróleo e plásticos, e o distúrbio humano nas colônias de reprodução”, comenta o presidente, biólogo marinho e fundador da GPS, Pablo García Borboroglu, em comunicado à imprensa.
A Global Penguin Society (GPS) é uma organização dedicada à conservação de 18 espécies de pinguins no mundo e dos seus habitats. “Um dos nossos maiores esforços está focado em conseguir a proteção dos ambientes costeiros-marinhos, na educação ambiental e na sensibilização das comunidades e dos tomadores de decisões sobre a importância dos pinguins e seu papel nos ecossistemas”, diz o pesquisador.
O que indicam os padrões migratórios dos pinguins
Analisando os dados, é possível ter acesso aos padrões migratórios dessas aves. Eles permitem identificar as rotas preferidas pelos pinguins, as áreas de descanso e o tempo de viagem.
Além disso, entram na conta também as variáveis oceanográficas relacionadas a esses padrões, como a temperatura superficial do mar e as correntes oceânicas e a concentração de clorofila na região. A pesquisa vai ser útil para entender como as mudanças climáticas sobre essas variáveis podem alterar as rotas migratórias e afetar a sobrevivência dos pinguins.
