Sua Estante

Por Vanessa Centamori

Repórter da GALILEU e autora da coluna "Sua Estante".

Junho é o mês dos namorados e o amor está no ar. Pensando nisso, a lista de indicações literárias da vez traz indicações de livros para presentear a pessoa amada ou, se você estiver solteiro, a si mesmo. Se sua namorada ou namorado ama (além de você) o gênero True Crime, a recomendação é a obra Lady Killers Profile: Jane Toppan, que conta a perturbadora história da serial killer enfermeira Honora Kelley. O livro traz ainda o visual belíssimo da editora Darkside: o miolo é na cor preta e as páginas têm vários detalhes em rosa-choque.

Outra opção para os namorados, ou pessoas à procura de uma cara metade, é Anatomia do Crime, da escritora escocesa Val McDermid, que aborda as origens da ciência forense e os bastidores da investigação criminal, das cenas sangrentas até o tribunal.

Já se você é uma pessoa curiosa ou deseja presentear a pessoa amada com algo mais leve e atraente, a pedida talvez seja As águas-vivas envelhecem ao contrário, do biólogo molecular dinamarquês Nicklas Brendborg, que ensina sobre como animais desafiam o envelhecimento, à exemplo de tubarões e tartarugas. Para uma escolha mais certeira, há ainda o livro Uma mulher, de Annie Ernaux, autora laureada com o Nobel de Literatura em 2022.

Saiba mais sobre essas e outras obras na lista abaixo:

1. Uma mulher, de Annie Ernaux

Editora Fósforo, 64 páginas. Tradução: Marília Garcia | Impresso:R$ 64,90 | E-book: 45,40

"Uma mulher", por Annie Ernaux — Foto: Fósforo Editora
"Uma mulher", por Annie Ernaux — Foto: Fósforo Editora

“Alguns pensamentos deixam um buraco em mim: pela primeira vez, ela não vai ver a primavera", escreve a autora francesa Annie Ernaux após a morte de sua mãe no livro Uma mulher, lançado em 6 de maio no Brasil pela Editora Fósforo. A escritora ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2022 “pela coragem e acuidade clínica com que desvenda as raízes, os estranhamentos e as amarras coletivas da memória pessoal”, segundo o comitê da premiação.

Ernaux escreveu a obra sobre a mãe em 1988, depois de recompor a vida e a trajetória do pai em O lugar (1965). Ambos os livros são do gênero da autossociobiografia, que inaugurou e consagrou a autora de 83 anos, em Lillebonne, na França.

Nascida no início do século 20, a mãe de Ernaux foi operária desde os 12 anos e tinha orgulho do ofício. Leitora assídua, ela estimulava os estudos da filha para lhe proporcionar o que nunca teve. Após se casar, abriu com o marido um café-mercearia onde trabalhou até a velhice. Depois de viúva, viveu com Ernaux e os netos.

A escritora detalha os gestos maternos e a vivacidade da mãe até o fim da vida, numa casa de repouso, já acometida pelo Alzheimer. Ela traça a narrativa com suas dores e reconhece a dimensão social de seu luto. Conforme avaliou o The New York Times, esta "é a história de cada mulher, a história de cada filha que perde a mãe, de cada matriarca cujo poder diminui com o tempo e de cada viúva que ilicitamente afrouxa seu controle feroz sobre a vida".

2. Voando para casa e outras histórias, de Ralph Ellison

José Olympio | Grupo Editorial Record, 240 páginas. Tradução: André Capilé  | Impresso: R$ 69,90

"Voando para casa e outras histórias", por Ralph Ellison — Foto: José Olympio
"Voando para casa e outras histórias", por Ralph Ellison — Foto: José Olympio

A segunda indicação de leitura para junho,Voando para casa e outras histórias, é do também premiado Ralph Ellison, vencedor do Pulitzer pelo romance de estreia Homem invisível (1952). O livro, que chegou ao Brasil em 13 de maio pela José Olympio, reúne os primeiros contos do autor norte-americano, escritos entre 1937 e 1954, nos quais ele aborda seu tema predileto: a formação de uma identidade negra nos Estados Unidos.

Voando para casa e outras histórias traz seis contos inéditos junto a outros oito já publicados pela imprensa. É composto por manuscritos descobertos após a morte do autor pela mulher dele, Fanny, dentro de uma mala de couro esquecida debaixo de uma mesa.

A antologia foi organizada postumamente por John F. Callahan, grande amigo e editor de Ellison. A tradução do livro é do professor de literatura brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), André Capilé.

3. As irmãs sob o sol nascente, de Heather Morris

Editorial Planeta, 320 páginas. Tradução: Petê Rissatti | Impresso: R$ 68,39 | E-book: 59,90

"As irmãs sob o sol nascente", por Heather Morris — Foto: Planeta
"As irmãs sob o sol nascente", por Heather Morris — Foto: Planeta

Este romance baseado em uma história real é da mesma autora do best-seller O tatuador de Auschwitz, a neozelandesa Heather Morris, cuja bibliografia já vendeu mais de 16 milhões de exemplares no mundo.

Lançado em 20 de maio no Brasil e traduzido por Petê Rissatti, As irmãs sob o sol nascente fala sobre duas mulheres, a musicista inglesa Norah Chambers e a enfermeira australiana Nesta James, que são capturadas e mantidas em campos de concentração na Indonésia por mais de três anos e meio pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"A cada dia, a situação se torna mais desesperadora, e elas precisam lutar o tempo todo pela própria vida", relata a contracapa do livro. "No entanto, a esperança virá da amizade entre as duas e outras mulheres do campo de concentração, trazendo a força necessária para garantir a sobrevivência."

4. Juntas e medulas, de Walter Kempowski

DBA Literatura, 224 páginas. Tradução: Tito Lívio Cruz Romão | Impresso: R$ 74,90 | E-book: R$ 52,90

Juntas e medulas, por Walter Kempowski — Foto: ‎ DBA Literatura
Juntas e medulas, por Walter Kempowski — Foto: ‎ DBA Literatura

O falecido historiador alemão Walter Kempowski retrata uma Alemanha pré-unificação em seu livro Juntas e medulas, no qual revela em tom cômico e, por vezes, sombrio, como os danos da Segunda Guerra perduram muito depois do fim do conflito mundial.

O livro lançado em 27 de maio pela DBA Literatura se passa na Alemanha Ocidental em 1988, cerca de um ano antes da queda do muro de Berlim. O protagonista é Jonathan Fabrizius, um jornalista convidado pela fábrica de automóveis Santubara para uma viagem-teste de seu novo motor de oito cilindros com destino a uma região da antiga Prússia Oriental, agora pertencente à Polônia. Foi ali que sua mãe morreu logo após ele nascer e, o pai, um oficial nazista, foi morto em combate.

Kempowski conhece bem os temores da Alemanha nazista e do pós-guerra. De acordo com o The New York Review Books, ele era associado ao movimento rebelde Swingjugend de amantes do jazz e, por isso, foi forçado a servir em uma unidade penal da Juventude Hitlerista, não concluindo o ensino médio.

Em 1948, em uma visita à sua cidade natal, Rostock, na Alemanha Oriental, o escritor, seu irmão Robert e sua mãe foram presos por espionagem. Ele acabou condenado por um tribunal militar soviético a 25 anos de prisão, dos quais cumpriu oito na notória prisão “Miséria Amarela”, em Bautzen. Em 1957, formou-se no ensino médio. A partir daí teve muito sucesso: lançou o romance autobiográfico Tadellöser & Wolff (1971), parte de sua aclamada série de romances Deutsche Chronik.

Morreu de câncer intestinal aos 78 anos de idade em 5 de outubro de 2007.

5. Lady Killers Profile: Jane Toppan, de Harold Schechter

Darkside, 288 páginas. Tradução: Zé Oliboni | Impresso: R$ 74,90

Pode até não ser regra, mas é fato: diversos serial killers tiveram uma infância conturbada. Este é o caso de Honora Kelley, cujo caso é detalhado no livro Lady Killers Profile: Jane Toppan, lançado pela Darkside em 27 de maio. A assassina nasceu na cidade de Boston, nos Estados Unidos, filha de imigrantes irlandeses, e perdeu a mãe ainda jovem por causa da tuberculose. Já o pai, um alfaiate com fama de ser excêntrico e alcoólatra, era conhecido como “Kelley the Crack” e dizem que ele costurou as próprias pálpebras para que ficassem fechadas.

Aos 6 anos de idade, foi abandonada pelo pai em um orfanato com sua irmã, Delia Josephine, de 8 anos, que, mais tarde, tornou-se prostituta. Já Honora foi levada para trabalhar na casa de uma viúva chamada Ann Toppan.

A garota assumiu o sobrenome da família Toppan para se distanciar de seus parentes biológicos e ficou conhecida como Jane Toppan. Começou a estudar enfermagem no Hospital Cambridge, em Boston. Por trás de uma aparência amigável, usava seus pacientes como ratinhos de laboratório, injetando neles morfina e atropina.

Sua matança começou para valer em 1895, quando matou seu senhorio, Israel Dunham, e a esposa dele. Em 1899, matou sua quase irmã adotiva, Elizabeth Toppan, com uma dose de estricnina. Em 1902, confessou ter matado um total de 31 pessoas. Eventualmente, foi declarada insana e condenada a passar o resto da vida no Hospital Psiquiátrico Taunton.

6. Trovoada, de Priscila de Jesus

Editora Voante, 82 páginas | Impresso: R$ 49,90

"Trovoada", por Priscila de Jesus — Foto: Editora Voante
"Trovoada", por Priscila de Jesus — Foto: Editora Voante

“As mulheres da minha rua têm histórias que dilatam minhas pupilas. A cada esquina que nos encontramos, uma história faz meu coração saltar do peito”, diz uma das poesias do livro Trovoada, de Priscila de Jesus, escritora carioca conhecida como “Oprah da Baixada”.

A obra poética de Priscila, uma mulher negra bissexual de 36 anos, que cresceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, reflete a vida dura das periferias brasileiras, discutindo temas como depressão, violência policial, enchentes, o sobreviver e o não viver. “A realidade de Priscila, que é a de milhões do povo brasileiro, é aqui revelada com todas as suas cores, sabores, sons e silêncios”, descreve o agente literário Pascoal Soto na apresentação do livro.

A autora da obra conta ao jornal O Globo que “havia tanta coisa a sufocando” que ela escreveu os 70 poemas do livro em somente dois meses. “Embora não fale só de dor, pois não posso ser reduzida às mazelas que me atravessam, é inevitável contabilizar que grande parte do que o livro traz não deveria existir”, observa.

Priscila é filha da camelô e trabalhadora doméstica Ivani de Jesus, que veio de Itabuna, na Baía, para exercer tais funções em busca de uma vida melhor no Rio de Janeiro. A escritora hoje cursa pedagogia na Universidade Estadual do Rio (UERJ).

7. As águas-vivas envelhecem ao contrário, de Nicklas Brendborg

Rocco, 272 páginas. Tradução: Tiago Lyra | Impresso: R$ 69,90 | E-book: 34,90

"As águas-vivas envelhecem ao contrário: Os segredos da natureza para a longevidade", por Nicklas Brendborg — Foto: Rocco
"As águas-vivas envelhecem ao contrário: Os segredos da natureza para a longevidade", por Nicklas Brendborg — Foto: Rocco

Se você tivesse a chave para a imortalidade, o que faria com ela? Em As águas-vivas envelhecem ao contrário, o leitor descobre que a “fonte da juventude” está entre nós, na vida selvagem da Terra. O biólogo molecular dinamarquês Nicklas Brendborg apresenta uma série de curiosidades pitorescas sobre como os organismos vivos nos confins do planeta reagem à passagem do tempo.

Diversos animais e plantas podem nos ensinar muito sobre a longevidade, incluindo a espécie de água-viva Turritopsis, de poucos centímetros, que pode envelhecer normalmente e, quando ameaçada, “desenvelhecer” e recomeçar o processo.

O livro já começa falando do tubarão-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus), que, quando o Titanic afundou em 1912, já tinha 281 anos de existência. Agora, a espécie acaba de completar 390 anos — e pesquisadores estimam que ainda possa ter vários anos de vida.

“Com sua impressionante longevidade, esse peixe é o vertebrado de vida mais longa já registrado”, conta Brendborg no livro. “Por ser um vertebrado — um animal com espinha dorsal —, ele é, na verdade, nosso parente distante. Talvez não sejamos muito parecidos, mas a anatomia básica é reconhecível: um coração, um fígado, um sistema intestinal, dois rins e um cérebro.”

8. A anatomia do crime, de Val McDermid

Bertrand Brasil/Grupo Editorial Record, 336 páginas | Impresso: R$ 57,90 | E-book: 22,36

"A anatomia do crime", por Val McDermid — Foto: Bertrand Brasil/Grupo Editorial Record
"A anatomia do crime", por Val McDermid — Foto: Bertrand Brasil/Grupo Editorial Record

Vencedor do Anthony Award como melhor livro crítico/não ficção, A anatomia do crime é uma verdadeira aula de ciência forense, perfeita para os amantes de True Crime. A escritora escocesa Val McDermid, conhecida por seus romances do gênero policial, destrincha os detalhes de casos criminais terríveis que chocaram o mundo e ainda conduz o leitor do início do estudo forense ao auge da ciência moderna.

Baseada em entrevistas com profissionais renomados, pesquisas e experiências de campo da própria autora, a obra que chegou em 5 de junho pela Bertrand Brasil mostra como larvas em cadáveres podem revelar a hora da morte, como um vestígio de DNA do tamanho de um grão de sal pode ser usado para condenar um assassino e como uma equipe de jovens cientistas argentinos, liderada por um antropólogo americano, identificou vítimas de um genocídio.

“Para este livro, conversei com cientistas forenses de ponta sobre a história, a prática e o futuro das disciplinas nas quais atuam. Subi no pináculo da torre mais alta do Museu de História Natural em busca de larvas, fui transportada de volta aos meus próprios enfrentamentos com a morte violenta e repentina, segurei o coração de uma pessoa morta”, testemunha a autora no prefácio.

9. 30 anos do real, de Gustavo Franco, Pedro Malan e Edmar Bacha

Intrínseca, 224 páginas  | Impresso: R$ 69,90  | E-book: R$ 34,90

"30 anos do real", por  Gustavo Franco, Pedro Malan e Edmar Bacha — Foto: História Real
"30 anos do real", por Gustavo Franco, Pedro Malan e Edmar Bacha — Foto: História Real

O livro 30 anos do real, lançado em 7 de junho pela Intrínseca, traz os bastidores do Plano Real, um processo de estabilização econômica que fez com que uma nova moeda entrasse em circulação em 1º de julho de 1994. O real ajudou a combater a inflação que finalizou aquele ano com 916% e, segundo o Banco Central do Brasil (BCB), atingiu 22% em 1995.

A equipe de autores é composta por nomes renomados e importantes na história do Plano Real. São eles: o economista Edmar Rocha, que participou do grupo que elaborou o Plano Real; Pedro Malan, que presidiu o BCB durante a implementação do plano e que foi ministro da Fazenda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso; e Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central (1997 a 1999), mestre em economia pela PUC-Rio e Ph.D. pela Universidade de Harvard.

Durante a leitura, é possível acompanhar as angústias da época do Plano Real por meio de textos escritos no calor dos acontecimentos. O livro também celebra as transformações geradas pela reforma econômica, trazendo ainda uma reflexão dos autores sobre os desafios econômicos atuais e os que o país deve enfrentar nos próximos 30 anos.

10. Uma história (muito) curta da vida na Terra: 4,6 bilhões de anos em doze capítulos (!), de Henry Gee

Editora Fósforo, 280 páginas. Tradução: Gilberto Stam | Impresso: R$ 89,90  | E-book: R$62,90. Disponível em 17 de junho

"Uma história (muito) curta da vida na Terra: 4,6 bilhões de anos em doze capítulos (!)", por Henry Gee — Foto: Fósforo Editora
"Uma história (muito) curta da vida na Terra: 4,6 bilhões de anos em doze capítulos (!)", por Henry Gee — Foto: Fósforo Editora

Autor de livros sobre evolução, origem dos vertebrados, história do genoma humano, dinossauros, entre outros, o editor da revista Nature, Henry Gee, resume a origem e o futuro do ser humano em Uma história (muito) curta da vida na Terra: 4,6 bilhões de anos em doze capítulos (!). O escritor britânico traz ainda sua bagagem como paleontólogo e biólogo evolutivo.

Vencedora do prêmio de livro científico de 2022 da Royal Society, a obra explora os detalhes da evolução dos seres vivos, desde as alterações químicas que os modificaram até o surgimento de predadores vorazes. Por outro lado, fala sobre o nosso futuro incerto: não só a vida individual pode acabar, como a de uma espécie inteira, de um reino, de um bioma, e por que não a de um planeta?

Com uma linguagem leve e didática, o escritor presenteia os leitores com curiosidades intrigantes, como o fato de a menopausa ter auxiliado a permanência dos hominídeos na Terra ou de a baleia ter surgido de animais com casco.

11. Lady Sapiens: Como as mulheres inventaram o mundo, por Thomas Cirotteau, Jennifer Kerner e Éric Pincas

Buzz Editora, 208 páginas. Tradução: Andréia Manfrin Alves e Dra. Veronica Wesolowski | Impresso: R$ 59,90 | E-book: 44,90 | Disponível em 20 de junho

"Lady Sapiens: Como as mulheres inventaram o mundo", por Thomas Cirotteau, Jennifer Kerner e Éric Pincas — Foto: Buzz Editora
"Lady Sapiens: Como as mulheres inventaram o mundo", por Thomas Cirotteau, Jennifer Kerner e Éric Pincas — Foto: Buzz Editora

Com base em evidências científicas, Lady Sapiens: Como as mulheres inventaram o mundo, desmistifica os preconceitos sobre as mulheres na Pré-História e na evolução. A obra desbanca a versão há muito narrada por homens de que a mulher das cavernas só educava os filhos e cuidava dos afazeres domésticos enquanto seu companheiro saía para caçar.

Tal discurso é reforçado por uma antiga falta de evidências arqueológicas que demonstrassem o contrário, como quem foram, por exemplo, as inspirações para as estátuas das Vênus pré-históricas? Uma nova geração de pesquisadores, principalmente de mulheres cientistas, descobriu pistas que vão além das ideias preconcebidas por meio de métodos inéditos de escavação.

Entrevistada no livro, a renomada arqueóloga francesa Marylène Patou-Mathis, conta que na Pré-História havia nuances que iam muito além de uma divisão sexual do trabalho. “Eu tendo a pensar mais numa partilha de tarefas em função das competências. E também de gostos, por que não?”, diz ela.

Lady Sapiens é de autoria de Jennifer Kerner, professora de Pré-História na Universidade Paris Nanterre, no Departamento de Antropologia. Também são autores do livro o diretor do cinema Thomas Cirotteau, que dirigiu o premiado documentário Qui a tué Neandertal? (Quem matou o Neandertal?, 2018) e Éric Pincas, editor-chefe da revista francesa Historia e autor do livro homônimo que inspirou o longa documental.

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