Ciência

Por Redação Galileu

Os ossos de dinossauro comprados online em 2020 pelo paleontólogo Kyle Atkins-Weltman levaram à descoberta de uma nova espécie. Batizada de Eoneophron infernalis, que significa algo como “galinha do inferno do faraó”, ela foi descrita em artigo publicado nesta quarta-feira (24) no periódico PLOS One.

Estudante de doutorado na Escola de Ciências Biomédicas da Universidade do Estado de Oklahoma, nos EUA, Atkins-Weltman analisava uma pequena coleção de pés e ossos fósseis do que pensava ser um jovem exemplar de Anzu wyliei. Descoberta em 2014, a espécie foi apelidada de “galinha do inferno”, já que seu nome de batismo é inspirado em um demônio emplumado da mitologia suméria e acadiana.

Mas, após realizar testes de histologia, o cientista concluiu que o indivíduo não era jovem, tampouco da espécie que pensava. Trata-se de um dinossauro da família dos caenagnathídeos. O nome escolhido, Eoneophron infernalis, é uma homenagem a Anzu wyliei e também a Faraó, um lagarto-do-nilo de estimação que Kyle teve.

As estimativas do pesquisador apontam que o dinossauro pesava entre 68 e 72 quilos e tinha 91 centímetros de altura até o quadril, o mesmo que um humano. "Era um dinossauro muito parecido com uma ave. Tinha um bico sem dentes e uma cauda relativamente curta”, descreve Atkins-Weltman, em comunicado da universidade. "Definitivamente tinha penas. Estava coberto de penas e tinha asas."

Segundo o portal Live Science, o animal viveu no Cretáceo Tardio (entre 100,5 milhões e 66 milhões de anos atrás) e seus fósseis foram retirados da Formação Hell Creek, na Dakota do Sul, nos EUA.

O paleontólogo descreve sua emoção ao constatar que estava diante de um animal nunca antes visto: “Foi realmente emocionante. Com base no trabalho e pesquisa que faço, nunca pensei que descobriria uma nova espécie de dinossauro."

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