Nesta quinta-feira (15), ocorreu o lançamento do módulo lunar robótico Odisseu, da empresa privada Intuitive Machines. Ele estava a bordo do Falcon 9, foguete da SpaceX, que partiu do Centro Espacial John F. Kennedy da Nasa, na Flórida, Estados Unidos. A missão, chamada de IM-1, tem como destino a Lua.
O Odisseu deve se separar do Falcon 9 e seguir uma trajetória direta para o satélite natural da Terra. A expectativa é que o pouso aconteça em 22 de fevereiro, na cratera Malapert, que tem 69 km de extensão e fica no polo sul da Lua – uma região considerada inexplorada, também conhecida como "lado oculto" do satélite.
Conheça os objetivos da missão
A IM-1 pretende operar diversos equipamentos na superfície lunar por cerca de sete dias. O módulo lunar Odisseu é capaz de carregar 130 kg de carga e tem um tamanho similar ao de uma cabine telefônica britânica – como a TARDIS, da série Doctor Who.
A missão carregará no módulo instrumentos de ciência e tecnologia da Nasa. A agência espacial dos Estados Unidos informa, em comunicado, que seus recursos serão destinados a obter dados sobre a superfície lunar, pouso de precisão na Lua, aspectos meteorológicos e comunicação para navegações autônomas.
![O módulo lunar Nova-C da Intuitive Machines encapsulado dentro da carenagem de um foguete SpaceX Falcon 9 em preparação para o lançamento — Foto: SpaceX](https://cdn.statically.io/img/s2-galileu.glbimg.com/HkLAILQ6yL0qZpIL9bgi8grXrfc=/0x0:1365x2048/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2024/A/a/aGGsgMQX2YzCkiUqQVsg/im-1-encapsulation-013124-dsc-3126-copy.webp)
De acordo com a Intuitive Machines, o objetivo da jornada consiste em coletar informações que contribuam para explorações futuras feitas tanto por humanos como por robôs. "A importância da missão IM-1 vai além do simples ato de pousar na superfície lunar. Representa um momento crucial na narrativa contínua da exploração espacial, onde empresas privadas desempenham um papel cada vez mais vital", afirma a companhia.
Também serão analisadas ferramentas de outras empresas. A Columbia, por exemplo, irá testar a tecnologia Omni-Heat Infinity, que é utilizada em jaquetas e, agora, ajudará a proteger o Odisseu de temperaturas extremas. A Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, por sua vez, irá testar a EagleCam, uma câmera que deverá fazer registros do pouso do Odisseu na Lua.