Espaço

Por Redação Galileu

Após o sucesso da missão Artemis 1, lançada em novembro de 2022 em direção à órbita lunar, a Nasa anunciou em 13 de janeiro detalhes da Artemis 3, que levará humanos à Lua mais de 50 anos depois da última vez que a humanidade esteve no satélite, na Apollo 17, em 1972.

A agência espacial norte-americana confirmou que a Artemis 3 está planejada para 2025, quando uma tripulação será enviada até o polo sul lunar — nunca antes explorado por uma missão humana. Esta aventura ocorrerá depois da Artemis 2, que provará que os sistemas críticos da cápsula Orion estão prontos para sustentar astronautas em missões de longa duração.

“Orion é a única espaçonave capaz de retornar tripulações à Terra em velocidades de reentrada lunar. Na bem-sucedida missão Artemis 1, o escudo térmico de design exclusivo da Orion foi recentemente testado sob essas condições extremas de reentrada”, disse a Nasa, em comunicado.

Jornada ao polo sul

Na Artemis 3, estarão a bordo quatro astronautas — incluindo a primeira mulher e a primeira pessoa de cor não branca a pisar na Lua. A tripulação será impulsionada na Orion a partir do foguete Space Launch System (SLS, Sistema de Lançamento Espacial) durante partida no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA).

Conforme a Nasa, sua atenção está em locais ao redor do polo sul, onde há "condições extremas e contrastantes" para pousar, viver e trabalhar. Porém, lá também há “características únicas da região", que "prometem descobertas científicas no espaço profundo sem precedentes”.

Ilustração do projeto do sistema de pouso humano da SpaceX Starship — Foto: SpaceX
Ilustração do projeto do sistema de pouso humano da SpaceX Starship — Foto: SpaceX

Com tecnologia avançada, incluindo sistemas autônomos, a tripulação pousará dentro do sistema de pouso Starship, da Space X, em um local cuidadosamente selecionado em um raio de 100 metros. Este veículo transportará os astronautas da Orion em órbita lunar para a superfície da Lua e vice-versa.

Assim que a tripulação e seus suprimentos estiverem prontos, dois tripulantes embarcarão na Starship e dois permanecerão em Orion. A cápsula irá desencaixar e se afastar da Starship para permanecer orbitando por aproximadamente 6,5 dias.

A primeira tarefa da tripulação na superfície da Lua será garantir que todos os sistemas estejam prontos para sua permanência. Durante seu tempo no satélite, eles farão trabalhos dentro da Starship e conduzirão caminhadas lunares. Os astronautas tirarão fotos e gravarão vídeos, farão levantamentos geológicos, recuperarão amostras e coletarão outros dados para atender a objetivos científicos.

“A visão da região lunar do polo sul parecerá muito diferente das fotos tiradas nas missões Apollo na região equatorial da Lua”, conta a Nasa. “O Sol pairará logo acima do horizonte, lançando sombras longas e escuras no terreno, que a tripulação explorará usando faróis e ferramentas de navegação”.

Viagem para casa

Quando a expedição estiver concluída, os dois astronautas voltarão da superfície lunar para a Starship para se reunir com seus companheiros de tripulação na Orion. Após a atracação, a tripulação passará até cinco dias em órbita, transferindo amostras entre os veículos e se preparando para a viagem de volta à Terra.

Quando atingirem o ponto de partida ideal, o grupo se desencaixará e ligará os motores de Orion, lançando a espaçonave além da Lua. A tripulação viajará cerca de 40 mil km/h durante a reentrada na atmosfera terrestre, auxiliada por 11 pára-quedas.

Por fim, a espaçonave mergulhará no Oceano Pacífico, onde ela e os viajantes serão resgatados com o apoio da Guarda Costeira e da Marinha dos EUA.

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