Espaço

Por Redação Galileu

Após a decolagem do foguete Space Launch System (SLS) no último dia 16 de novembro, que enviou a espaçonave Orion em direção à Lua na missão Artemis 1, a nave realizou seu sobrevoo mais próximo do satélite nesta segunda-feira (21).

A informação foi compartilhada no Twitter por Jim Free, Administrador Associado da Nasa para Desenvolvimento de Sistemas de Exploração. “A espaçonave Orion completou seu sobrevoo mais próximo da Lua nesta manhã, cerca de 130 km acima da superfície lunar, viajando a 8,2 mil km/h”, ele escreveu em um tweet.

Antes do sobrevoo, uma queima com potência de saída ocorreu na cápsula, aumentando sua velocidade a uma taxa de mais de 933 km/h, conforme escreveu Free na rede social.

A Nasa informou que, neste domingo (20), a Orion entrou na esfera de influência lunar às 13h09 CST (16h09 no horário de Brasília). Com isso, a Lua, em vez da Terra, se tornou a principal força gravitacional atuando sobre a espaçonave.

Depois da queima de sobrevoo, na qual a nave disparou o motor do sistema de manobra orbital por 2 minutos e 30 segundos para acelerar, ela readquiriu sinal com equipes de instalações terrestres da Nasa.

Essas equipes fazem parte da Deep Space Network, que consiste em três instalações espaçadas equidistantes umas das outras em todo o mundo. Os locais ficam em  Goldstone, perto de Barstow, nos Estados Unidos; Madri, na Espanha, e Canberra, na Austrália.

Orion capturou esta imagem da Lua durante seu sexto dia de voo, ao se aproximar de seu primeiro sobrevoo motorizado da Artemis 1 e sua aproximação lunar mais próxima — Foto: @NASAArtemis/Reprodução/Twitter
Orion capturou esta imagem da Lua durante seu sexto dia de voo, ao se aproximar de seu primeiro sobrevoo motorizado da Artemis 1 e sua aproximação lunar mais próxima — Foto: @NASAArtemis/Reprodução/Twitter

“A queima de sobrevoo com alimentação de saída é a primeira de duas manobras necessárias para entrar na distante órbita retrógrada ao redor da Lua”, explica a agência espacial norte-americana, em comunicado.

A segunda manobra ocorrerá na sexta-feira (25), quando Orion realizará outra queima de inserção em órbita retrógrada distante usando o seu Módulo de Serviço Europeu. Essa órbita é altamente estável e exige pouco combustível para uma longa viagem no espaço profundo, permitindo testar os sistemas da nave.

A Nasa conta que a órbita é "distante" pois está em uma grande altitude da superfície da Lua, e é "retrógrada" porque Orion viaja ao redor do satélite na direção oposta à que a ele viaja ao redor da Terra. A expectativa é que a cápsula permaneça nessa configuração orbital por cerca de uma semana.

Isso levará Orion a 64,3 mil km além da Lua antes de retornar à Terra. A maior distância da nave em relação ao nosso planeta será só na próxima semana: na segunda-feira (28), às 15h05 CST (18h05 em Brasília), a mais de 432 mil km.

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