Arqueologia

Por Redação Galileu

Múmias, caixões, máscaras funerárias e estátuas de terracota foram escavadas em Al-Bhanasa, na cidade de Minya, no Egito. Os achados prometem abalar o que sabemos sobre as tradições ptolomaicas e romanas.

O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito compartilhou as novidades ontem (8) em uma postagem no Facebook. Segundo a publicação, as investigações foram conduzidas por uma missão espanhola liderada por Esther Ponce Milado, da Universidade de Barcelona, e do Instituto do Antigo Oriente Próximo.

Os túmulos descobertos, datando das eras Ptolemaica e Romana, revelaram práticas funerárias divergentes e várias múmias da época romana. Segundo o site Ancient Origins, dois indivíduos mumificados tinham línguas feitas de ouro em suas bocas — uma tradição funerária bem conhecida do período romano, feita supostamente para ajudar a preservar os falecidos.

Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, conta na publicação no Facebook que os túmulos da era romana, situados no lado leste do Cemitério Superior em Al-Bhanasa, mostram um novo estilo de sepultamento. Esse estilo envolve uma cova esculpida na rocha natural, um método não visto anteriormente na região de Al-Bhanasa.

Os arqueólogos também encontraram no local estátuas de terracota representando a deusa Ísis-Afrodite, coroada com uma guirlanda vegetal, indicando as ricas práticas culturais e funerárias da região durante diferentes períodos.

Segundo destacou Adel Akasha, chefe da Administração Central de Arqueologia do Egito Central, também havia na região partes de papiro encontradas dentro de um selo de argila. O porta-voz também cita inúmeras múmias envoltas em rolos coloridos e algumas adornadas com máscaras fúnebres vibrantes.

Já o diretor geral de Arqueologia do Egito Central, Gamal Al-Samastawi, descreveu o design arquitetônico dos túmulos, que consistem em um poço de pedra que leva a uma porta fechada com tijolos de barro. A entrada dá para uma grande câmara contendo caixões vazios e alguns com múmias.

Al-Samastawi informa que, ao todo, 23 múmias foram encontradas fora dos caixões. Havia quatro caixões com forma humana, sendo que dentro de um deles estavam duas pessoas mumificadas e pequenas garrafas de perfume feminino.

Outras descobertas foram blocos de pedra pertencentes a um edifício destruído, segundo conta Hassan Amer, professor de arqueologia da Universidade do Cairo e diretor das escavações. Os blocos eram adornados com desenhos de plantas, cachos de uvas e imagens de animais, como pombos e cobras.

Amer disse que a missão espera continuar no local durante as próximas temporadas de escavação, tentando revelar mais segredos sobre o passado.

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