Planejando a gravidez
 

Por Crescer Online


Seja como uma forma de acalmar os ânimos ou como uma forma de brincadeira, muita gente acaba recorrendo a simpatias para descobrir o sexo biológico do bebê. Na ânsia de saber se estão esperando um menino ou uma menina, algumas famílias buscam técnicas e truques para ter essa informação o quanto antes, como a tabela chinesa, a análise do formato da barriga... Entre elas está também a tabela maia, um método tradicional que promete indicar qual será o sexo biológico a criança.

Calendário maia — Foto: Freepik
Calendário maia — Foto: Freepik

Existem muitas teorias (nem sempre comprovadas) sobre o povo maia e suas criações. Quem não se lembra da "profecia" que dizia que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012? Essa e outras histórias envolvendo essa civilização são repletas de mistérios. Ainda que tenha caído no gosto popular, a verdade é que não há qualquer comprovação histórica que ligue o povo maia à tabela que promete descobrir o sexo biológico dos bebês. Mesmo levando a palavra "maia" no nome, não se sabe ao certo nem se ela tem mesmo relação com o povo que habitava o México e a parte da América Central há quase 2 mil anos.

Apesar disso, a tabela maia se popularizou e vem sendo usada por muita gente como uma ferramenta para "adivinhar" ou "escolher" o sexo biológico de bebês. Ela leva em conta a idade da mãe e o mês da concepção. A ideia é que, a partir dessas duas informações, qualquer um seja capaz de descobrir se é um menino ou uma menina que está a caminho.

Como funciona a tabela maia

Basta uma pesquisa rápida na internet para encontrar alguns tutoriais que explicam o passo a passo de como calcular o sexo biológico do bebê usando a tabela maia. Ainda assim, não há uma fonte confiável que seja comum a todos eles. Não existe um consenso sobre qual seria a tabela "certa" ou a tabela "original". No fim das contas, a escolha de qual versão da tabela usar acaba ficando a critério de cada um. Mas, em linhas gerais, a orientação mais frequente é:

1. DESCOBRIR A IDADE DA MULHER NO MOMENTO DA CONCEPÇÃO: registre quantos anos a mãe tinha no dia em que engravidou.

2. DESCOBRIR O MÊS EXATO DA CONCEPÇÃO: busque saber o mês em que aconteceu a relação sexual que deu origem à gravidez. Depois, veja qual a sua representação numérica no calendário gregoriano.

Para uma relação sexual que aconteceu em janeiro, por exemplo, devemos considerar o número 1. Para uma relação que aconteceu em fevereiro, vamos usar o número 2, e assim sucessivamente.

3. CRUZAR AS INFORMAÇÕES: agora, é preciso analisar os dois resultados das etapas anteriores separadamente. A idade da mãe se trata de um número par ou ímpar? E o mês da concepção? Com essas respostas em mãos, é hora de partir para o próximo passo e cruzar as informações.

De acordo com a crença da tabela maia, se ambos os números forem pares ou ambos os números forem ímpares, trata-se de uma menina. Agora, se apenas um número for par e o outro for ímpar, é um menino. Olha só:

Tabela Maia

IDADE DA MULHER MÊS DA CONCEPÇÃO SEXO BIOLÓGICO DO BEBÊ
Par Par Menina
Ímpar Ímpar Menina
Par Ímpar Menino
Ímpar Par Menino

Para exemplificar, vamos supor que uma mulher tenha 31 anos quando o bebê foi concebido. A relação sexual que deu origem à gravidez aconteceu no mês de setembro. O número 31 é ímpar e o número 9, correspondente ao mês de setembro, também. Logo, como os dois números são ímpares, a tabela maia sugeriria o nascimento de uma menina.

O que a ciência diz sobre a eficácia da tabela maia

Ainda que tenha se popularizado, a tabela maia não tem comprovação científica e não é aceita pela comunidade médica como um método confiável para descobrir se o bebê é um menino ou uma menina. Tudo não passa de uma simpatia e de uma crença popular. "É uma tabela que se baseia na data da concepção e na idade da mãe, porém nenhum estudo conseguiu validar a funcionalidade dessa tabela até hoje", diz Renata Teixeira, especialista em Medicina Fetal e ultrassonografista da Clinica Salvata (CE).

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Assim como não há provas sobre como a tabela maia surgiu, também não há estatísticas ou estudos científicos que provem que ela é mesmo capaz de acertar o sexo biológico da criança com tanta precisão. Ela até pode ser usada como forma de "brincadeira" ou "simpatia", mas o recomendado ainda é que, caso queira saber essa informação antes do parto, a família se consulte com um obstetra e faça os exames indicados, como o ultrassom a partir da 16ª semana ou o exame de sexagem fetal, a partir da 8ª semana, por exemplo.

Outros métodos eficazes para descobrir o sexo do bebê

Há quem use a tabela maia como uma forma de adivinhar o sexo biológico do bebê depois que a gestação já foi descoberta. Mas também há quem use a técnica para tentar escolher o "melhor momento" para ter relações sexuais e engravidar, considerando a vontade pessoal de ser mãe de menino ou menina. De novo, nenhum dos dois cenários têm garantia de eficácia e nem são cientificamente comprovados.

 — Foto: Freepik
— Foto: Freepik

Antes da gravidez, existem algumas formas mais precisas e embasadas cientificamente para tentar "escolher" o sexo biológico do bebê. Uma delas é conhecer o seu próprio ciclo menstrual e saber quando a ovulação acontece. Para isso, você pode medir a temperatura corporal todos os dias ou utilizar aplicativos que monitoram o ciclo menstrual.

Cada um de nós tem um par de cromossomos sexuais: um cromossomo X herdado da mãe e um Y ou X herdado do pai. Dessa forma, quem define o sexo do bebê é o esparmatozoide do pai. Os espermatozoides que levam os cromossomos Y (ou masculinos) se movem mais rapidamente, mas são menores, delicados e frágeis. Portanto, vivem menos tempo do que os espermatozoides X (ou femininos), que geram meninas. Os X são mais lentos, porém, maiores e podem sobreviver por mais tempo no aparelho genital feminino antes de alcançar o óvulo para fecundá-lo.

"Se o casal tiver uma relação de 2 a 3 dias antes do momento previsto de ovulação e não tiver mais relações até o fim do período fértil, pode ser que tenha mais chances de ter uma menina. Agora, se tiverem relação um dia antes ou um pouco depois do momento da ovulação, é mais provável que venha um bebê do sexo masculino", explica Renata. "Vale lembrar que estamos falando de probabilidade. Isso tem comprovação cientifica, porque está baseada na fisiologia do pai, da mãe e dos cromossomos sexuais, mas não é garantia de nada."

Depois que a gestação já foi confirmada, o cenário é outro e é possível conseguir essa informação por meio de alguns exames:

  • Sexagem fetal: o procedimento é simples, com um exame de sangue comum, e pode ser feito a partir da 8ª semana de gestação. Ele busca se há ou não fragmentos do cromossomo Y circulando pela corrente sanguínea da mãe. Em situações usuais, uma criança do sexo biológico feminino nasce com os cromossomos XX, enquanto uma criança do sexo biológico masculino nasce com os cromossomos XY. Quando há presença do cromossomo Y no sangue materno, significa que ela está grávida de um menino.
  • NIPT: é uma opção mais completa em relação à sexagem fetal. Além de ajudar a família a saber o sexo do bebê, também traz informações sobre possíveis questões genéticas, como a síndrome de Down. Esse exame também consiste em uma coleta simples de sangue da mãe, mas só pode ser realizado a partir da 9ª semana.
  • Exames de imagem: o jeito mais comum de descobrir se você espera um menino ou uma menina ainda é a ultrassonografia. No entanto, é preciso ter paciência, já que o exame de imagem só consegue detectar o sexo biológico do bebê lá pela 15ª semana de gestação.

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