sapatos de bebê azul e rosa (Foto: Pixabay)

(Foto: Pixabay)

Seguido da descoberta da gravidez, saber o sexo da criança é um dos momentos mais emocionantes para os pais. Embora a discussão sobre estereótipos de gênero ganhe cada vez mais alcance, ainda existem muitas famílias que esperam essa informação para começar a pensar em nomes, organizar o enxoval e o quarto da criança, por exemplo.

O jeito mais comum de descobrir se você espera um menino ou uma menina é a ultrassonografia. No entanto, é preciso ter paciência, já que o exame de imagem só consegue detectar o sexo lá pela 15ª semana de gestação - e as chances de erro são maiores. Quem quer uma resposta mais precisa, pode optar pela sexagem fetal, feita a partir da 8ª semana. Além do menor tempo de espera, o exame de sangue apresenta um resultado com precisão de, aproximadamente, 99%.

+ O que é importante na preparação para se tornar mãe após os 40 anos? Compartilhe suas sugestões no FÓRUM CRESCER

O procedimento é simples, com um exame de sangue comum. A análise busca a presença de fragmentos do cromossomo Y que tenham atravessado a placenta e estejam circulando pela corrente sanguínea da mãe. Em situações usuais, uma criança do sexo feminino nasce com os cromossomos XX, enquanto uma criança do sexo masculino nasce com os cromossomos XY. "Com um feto do sexo feminino, não serão encontrados fragmentos do DNA que correspondem ao cromossomo Y. Caso o feto seja do sexo masculino, será possível observar fragmentos de cromossomo Y", explica o obstetra Javier Miguelez, do hospital São Luiz Itaim (SP). Além disso, o exame não apresenta riscos para a mãe ou para o bebê, por não ser invasivo. 

O exame custa em torno de R$ 300 a R$ 700.

Existe também um teste de urina que pode detectar o DNA fetal, revelando o sexo do bebê — semelhante a um teste de gravidez— porém, ele não é indicado por médicos e especialistas, já que a taxa de erro é muito alta. 

Exame de sangue (Foto: Thinkstock)

(Foto: Thinkstock)

Como funciona quando a mulher está grávida de gêmeos?

O exame acontece da mesma forma quando a mãe está grávida de gêmeos, entretanto, caso o cromossomo “Y” seja detectado, não é possível determinar se somente um ou todos os fetos são meninos, já que a sexagem somente determina a presença ou não desse cromossomo na corrente sanguínea. "O mesmo raciocínio vale para trigêmeos, indicando se um dos bebês tem o sexo masculino ou não, mas ele não vai dizer quantos bebês têm o sexo masculino, caso seja identificado um cromossomo Y", esclarece Miguelez.

+ Quer saber mais? Inscreva-se na newsletter da CRESCER

Solicitado pelo médico

Na maioria dos casos, a sexagem fetal é um exame feito em decorrência da vontade dos pais, seja para confirmar o resultado obtido pelo ultrassom, seja para identificar o sexo em um estágio inicial da gravidez.

Em certas situações, entretanto, o exame pode ser solicitada pelo médico, como nos casos em que há o risco de ocorrência de alguma doença genética ligada ao cromossomo, como a hemofilia, doença rara, em que o sangue não coagula corretamente. Nessa situação, caso a mãe seja portadora do gene da doença, há maiores chances de que um bebê menino nasça com a condição.

Uma opção mais completa, em relação à sexagem fetal, é o NIPT, em que, além de ajudar a família a saber o sexo do bebê, também traz informações sobre possíveis questões genéticas, como a síndrome de Down. Esse exame também consiste em uma coleta simples de sangue, mas só pode ser realizado a partir da 10ª semana, além de ser mais caro do que a sexagem fetal, custando na faixa de R$ 1.700.

+ Acompanha o conteúdo de Crescer? Agora você pode ler as edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora!

Você já curtiu Crescer no Facebook?