Segurança
 


Vicky Donald, uma mãe britânica de 36 anos, perdeu a filha adolescente de 13 anos de uma maneira revoltante. Um dia, a menina voltava de ônibus da escola, quando foi atacada e espancada. Outros adolescentes que estavam no veículo filmaram a cena e postaram nas redes sociais. Kaylynn Donald, então, se sentiu tão mal, que se suicidou. Agora, Vicky luta em uma campanha para restringir o acesso de smartphones para menores de 16 anos. E ela não está sozinha nessa.

A menina tirou a própria vida depois que vídeos do ataque que sofreu foram parar nas redes sociais — Foto: Reprodução/ The Mirror
A menina tirou a própria vida depois que vídeos do ataque que sofreu foram parar nas redes sociais — Foto: Reprodução/ The Mirror

De acordo com o jornal The Mirror, uma pesquisa feita no Reino Unido recentemente por uma ONG chamada Parentkind, mostra a maioria dos pais acredita que o governo deveria proibir os dispositivos para jovens, depois de uma onda de ataques violentos a crianças, que foram filmados com os aparelhos. De acordo com o estudo, quatro em cada cinco pais acreditam que os celular são “prejudiciais” para os adolescentes.

“As crianças ficam tão fascinadas em se preocupar com curtidas nas redes sociais que não se concentram em fazer a coisa certa. Como no caso de Kaylynn, em vez de procurar alguém para ajudar, todos pegam seus telefones para gravar vídeos e depois compartilhar online para ter curtida", afirmou a mãe, enlutada. “Os smartphones dão às crianças acesso a conteúdos para os quais elas não estão preparadas nessa idade. A única maneira é tirar essa tentação delas é livrá-las dos celulares”, avalia.

O jornal Daily Record defende uma campanha em torno da segurança dos smartphones, que ficou conhecida como “Nossos Filhos... Nosso Futuro”. A ação foi lançada no ano passado, em resposta aos ataques que os adolescentes sofrem e aos abusos que ocorrem na internet, depois que os vídeos são postados em plataformas de mídia social.

Kaylynn foi atacada em Ladybank, Fife, na volta da escola, e sofreu vários golpes no corpo e na cabeça, além de ter tufos de cabelo arrancados. Vicky diz que os pais e as escolas tentam fazer o suficiente, mas acredita que o poder público deve intervir mais para tentar acabar com este comportamento. “O governo está lavando as mãos e colocando a culpa de volta nos pais, nas empresas de mídia social e nos professores”, diz ela, que defende que os pais e as escolas não conseguem agir sozinhos.

A pesquisa Parentkind, realizada com 2.496 pais de crianças em idade escolar, revelou que 58% dos pais acreditam que o governo deveria proibir smartphones para menores de 16 anos. O número é ainda maior entre os pais de crianças do ensino primário, onde mais de três em cada quatro (77%) apoiariam a proibição de smartphones para menores de 16 anos. O inquérito online, realizado nos últimos dois meses, também mostrou que quase nove em cada 10 pais se preocupam com a possibilidade de os filhos enfrentarem intimidação e abuso online por meio do uso de um smartphone e 87% se preocupam com o acesso a conteúdos nocivos na internet. Porém, só 16% apoiariam a proibição total.

“Gostaria de ver o lançamento de smartphones específicos e mais seguros para menores de 16 anos, que, por algum motivo, estão disponíveis apenas na América e não são comercializados no Reino Unido. Isso é algo pelo qual estou fazendo campanha. É igual a um smartphone, mas não permite o uso de redes sociais ou sites de conteúdo restrito. Tive uma reunião com o diretor de uma escola local sobre a proibição dos smartphones, mas infelizmente os telefones tornaram-se parte integrante do dia a dia escolar. Os professores contam com eles agora como parte do ensino. O governo repassa a responsabilidade para escolas, que estão subfinanciadas e sobrecarregadas. Eles não podem impor uma proibição”, diz Vicky.

“Estamos numa situação em que, se uma criança não tiver um smartphone na escola, poderá perder atividades. Os governos terão de começar a financiar as escolas de forma adequada para que os celulares não sejam mais necessários nas escolas”, acrescenta.

Na semana passada, o Ministro das Escolas, Damian Hinds, disse aos deputados do comité seleccionado de educação que obter um celular se tornou um “rito de passagem” para quase todas as crianças. Mais de metade (53%) dos pais inquiridos na última sondagem disseram que se sentiram pressionados para dar um smartphone aos seus filhos numa idade mais jovem do que gostariam.

Jason Elsom, executivo-chefe da Parentkind, disse: “A sociedade entrou sonâmbula em uma posição em que as crianças são viciadas em 'drogas eletrônicas' prejudiciais e não têm como escapar de seus traficantes digitais. Estamos começando a entender os danos das mídias sociais e da porta de entrada irrestrita que os smartphones fornecem para conteúdos on-line cruéis, mas parece que os pais já entendem. A maioria dos pais quer que o Governo ajude a superar a pressão dos pares, que leva os filhos a precisarem de celular, proibindo os dispositivos”.

“Os benefícios educacionais e sociais da tecnologia são imensos, mas isto não deve ocorrer à custa da segurança das crianças”, declarou um porta-voz do governo do Reino Unido. “É por isso que emitimos orientações sobre a proibição de smartphones nas escolas no mês passado, para apoiar os professores e manter as escolas como locais de aprendizagem. A maioria dos sites de mídia social afirma que não permite menores de 13 anos. Uma vez implementada, a Lei de Segurança Online exigirá que as plataformas apliquem os seus limites de idade e protejam as crianças do acesso a conteúdos prejudiciais e impróprios para a idade”, acrescenta.

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