Um imprevisto pegou de surpresa os passageiros e a tripulação de um voo da Copa Airlines, na última sexta-feira (14). Uma mulher grávida entrou em trabalho de parto dentro do avião. Ela começou a sentir as contrações depois que a aeronave já havia decolado. Dois médicos e uma enfermeira que estavam a bordo ajudaram a gestante até que o avião finalmente pousasse e ela pudesse ser levada a um hospital.
O voo 204 partiu de Brasília, com destino à cidade de Los Angeles (EUA). A aeronave estava a caminho da Cidade do Panamá (Panamá) quando tudo aconteceu. A programação era fazer uma parada em solo panamenho antes de seguir para os Estados Unidos.
A gestante começou a sentir fortes contrações já no primeiro trecho da viagem. Por sorte, entre os passageiros estavam uma enfermeira brasileira e dois médicos venezuelanos: um pediatra e um obstetra, que ajudaram a conduzir a situação.
Assim que o avião pousou no Aeroporto Internacional de Tocumen, a bolsa da grávida estourou e ela foi levada imediatamente em uma ambulância até o Hospital Irma Lourdes de Tzanetatos, a 8 km de distância, onde mãe e bebê puderam receber atendimento médico adequado.
Segundo a imprensa local, a mulher é brasileira e viajava com o marido. O bebê nasceu já em solo panamenho e agora deve receber dupla nacionalidade.
Em nota enviada à CRESCER, a companhia aérea confirmou o caso e disse que a tripulação ofereceu o suporte necessário até que a passageira pudesse receber atendimento médico adequado. A empresa não informou a identidade e nem a idade gestacional da passageira.
"Copa Airlines esclarece que em 14 de junho de 2024, durante um voo de Brasília, com conexão no Panamá, tendo como destino Los Angeles, uma passageira grávida recebeu pronta assistência da tripulação até o pouso no aeroporto internacional de Tocumen, na Cidade do Panamá. Após desembarcar, ela foi levada a um hospital local para atendimento", diz a nota.
Grávida pode viajar de avião?
A gravidez não impede que a mulher viaje de avião. Porém, dependendo da fase da gestação, alguns cuidados são necessários. O primeiro passo é sempre conversar com o obstetra para entender se, no caso, a viagem é segura ou não.
Se você estiver no terceiro trimestre e seu obstetra não indicar nenhum impedimento para levar a viagem adiante, a recomendação é, se possível, sempre optar por um destino próximo. Isso porque a partir da 36ª semana, o trabalho de parto pode ter início a qualquer momento. Então, ou você escolhe um lugar que dê tempo de voltar caso comece a sentir as contrações, ou se programa para ter o bebê por lá, se for uma opção.
Se sua opção for essa e você estiver no sétimo, oitavo ou nono mês, apenas fique atenta às regras da companhia aérea escolhida. Algumas empresas exigem autorização médica para que a gestante possa embarcar. No caso da Copa Airlines, mulheres com mais de 30 semanas de gestação devem assinar um termo de responsabilidade e apresentar um atestado médico dizendo que a passageira está apta a viajar e que a data provável do parto é depois da data do voo. Ainda assim, "o embarque será negado se houver sinais físicos indicando o início do trabalho de parto".
Fontes: Dra. Giuliana Petti, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, The American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) e Fernando Moreira de Andrade, especializado em medicina fetal