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Por Crescer online


O trabalho sempre foi o que guiou a vida de Daniela Cabrera, 43. Formada em marketing, atuou por mais de uma década como estilista de grandes marcas. Foram anos de dedicação para que pudesse ocupar o espaço que tanto sonhava no mundo da moda. Depois de sete anos como gerente de produto na Calvin Klein Brasil, em 2014, finalmente conseguiu a tão desejada promoção dentro da empresa. Quando isso aconteceu, desistiu do cargo e decidiu recalcular a rota.

Dani Cabrera ao lado das filhas Manu (acima) e Carmela (abaixo) — Foto: Arquivo pessoal
Dani Cabrera ao lado das filhas Manu (acima) e Carmela (abaixo) — Foto: Arquivo pessoal

"Naquela época, eu tinha um propósito profissional muito claro, mas aí eu engravidei sem querer e minha cabeça mudou completamente. Eu via minhas colegas de trabalho quase sem tempo para os filhos e comparava com a minha mãe, que sempre foi muito presente. Só que a minha mãe não trabalhava fora e eu não queria deixar minha carreira por causa da maternidade", contou em entrevista exclusiva à CRESCER.

Os meses passaram, a pequena Manuela nasceu e o dilema não se resolveu. Mesmo assim, depois do tempo de licença-maternidade, Daniela voltou ao escritório e decidiu pagar para ver. A rotina dupla de mãe e profissional CLT não durou muito. Quarenta dias após a volta, ela pediu demissão e deixou o emprego. "Foi muito difícil abrir mão de uma coisa que eu tinha demorado tanto para chegar lá. Quando eu botei o pé para fora, foi um misto de sentimentos. Mas aí abracei a minha filha e senti que estava fazendo o certo", lembrou.

O primeiro recomeço

No fim das contas, a maternidade apenas foi o empurrãozinho que faltava para que Dani se arriscasse no mundo do empreendedorismo. Ela queria continuar trabalhando com o que amava, mas com a possibilidade de ter uma rotina mais flexível. Foi, então, que uniu o útil ao agradável e aproveitou sua experiência na moda para criar uma marca própria de vestuário para crianças.

Dani Cabrera em uma das primeiras feiras que participou com a sua marca, a Letiti, em junho de 2015 — Foto: Reprodução/Instagram
Dani Cabrera em uma das primeiras feiras que participou com a sua marca, a Letiti, em junho de 2015 — Foto: Reprodução/Instagram

"Eu até já tinha alguma experiência com moda infantil, mas meu foco sempre foi fazer roupa bonita e com tecido bom. Depois que a Manu chegou, vi que quase tudo que eu criei não era funcional nem para a mãe nem para a criança. Eu não pensava se o adulto ia ter que tirar a roupa inteira do filho na hora do xixi ou se precisaria de um botão a mais para passar a cabeça. Quando me tornei mãe, virou uma chave", afirmou.

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Foi olhando para o guarda-roupa da filha que veio o insight. Assim como muitos outros bebês, Manu tinha uma coleção de sapatos que quase nunca usava. Apesar de fofos, tinham pouca ou nenhuma utilidade. Numa pesquisa na internet, Daniela conheceu uma marca estrangeira que fazia meias para bebês, com estampas de sapatinhos. Parecia a solução perfeita. "Entrei em contato com a empresa para trazer uma franquia para o Brasil, mas a dona não me deu a menor atenção e decidi ir atrás de fazer as minhas próprias meias."

Dani em um encontro com fornecedores para a sua marca, na China — Foto: Reprodução/Instagram
Dani em um encontro com fornecedores para a sua marca, na China — Foto: Reprodução/Instagram

Na época, não existia no Brasil maquinário para produzir esse tipo de peça em grande escala. Dani, então, mobilizou seus contatos da época como estilista, encontrou um fornecedor na China e fez um pedido de 40 mil pares de meia. Em julho de 2015, lançou a Letiti e vendeu todo o estoque em apenas dois meses.

Enquanto se acostumava com a nova rotina enquanto mãe, também teve de lidar com a explosão de vendas de sua nova marca. "A Letiti foi um grande sucesso, mas tudo foi muito maluco porque aconteceu muito rápido. Nessa época, também comecei a mostrar meu dia dia como empreendedora no Instagram. A Manu aparecia sentadinha do meu lado, enquanto embalava as caixas", lembrou.

Dani e a filha Manu, usando as meias da Letiti — Foto: Reprodução/Instagram
Dani e a filha Manu, usando as meias da Letiti — Foto: Reprodução/Instagram

O negócio que havia começado apenas como uma marca de meias para bebês, logo ganhou outros tipos de produtos infantis no catálogo, loja física e sete franquias. Tudo vinha bem até começarem a aparecer problemas no processo de importação e na dinâmica com os franqueados.

O segundo recomeço

Em meio à primeira grande dificuldade de sua vida como empreendedora, Dani Cabrera também teve de enfrentar um momento delicado em sua vida pessoal. Depois de muitas tentativas, em dezembro de 2016, descobriu que estava grávida de novo. Comemorou com os amigos, compartilhou a notícia nas redes sociais e chegou até a fazer um chá revelação. Um dia depois da festa, sonhou que havia perdido o bebê e, logo na sequência, teve a confirmação de que realmente havia sofrido um aborto espontâneo.

"Eu tive que fazer a curetagem e foi uma das piores experiências da minha vida. Na mesma época, eu estava vivendo o luto dessa perda e tentando controlar os problemas da Letiti. Foi uma chuva de coisas ruins, tudo de uma vez", disse.

Dani Cabrera e o marido no parto da segunda filha do casal, Carmela — Foto: Reprodução/Instagram
Dani Cabrera e o marido no parto da segunda filha do casal, Carmela — Foto: Reprodução/Instagram

Três meses depois, o teste de gravidez deu positivo de novo. O que era para ser motivo de comemoração acabou sendo, por algum tempo, motivo de insegurança. "Eu não estava muito preparada, vivia com o sentimento de que ia passar por um aborto de novo. Lembro que tive um pequeno sangramento e cheguei a fazer a mala para ir para o hospital fazer a curetagem."

Por sorte, desta vez, tudo não passou de um mau pressentimento. A gestação seguiu e, em março de 2018, a pequena Carmela finalmente nasceu. Conforme as filhas foram crescendo, o perfil de Dani no Instagram também foi. Aos poucos, começou a aumentar sua audiência nas redes sociais e seus trabalhos como influenciadora.

Dani ao lado das filhas Carmela e Manu — Foto: Reprodução/Instagram
Dani ao lado das filhas Carmela e Manu — Foto: Reprodução/Instagram

"Eu comecei a fazer muitas ações com marcas, a conhecer muita gente nesse meio de influenciadores digitais e meu marido falou: 'Por que você não abre uma agência de relações públicas, focada em maternidade?'", comentou.

Dani topou a ideia e, assim como foi da primeira vez, o nascimento da filha representou de novo o nascimento de mais um negócio. Com a ajuda do marido Fabio Rosochansky, o Delas Network surgiu, cresceu e começou a alcançar clientes de diferentes nichos, além do universo da maternidade.

Paralelamente a isso, Dani continuou investindo na carreira como influenciadora digital. "Na pandemia, foi uma loucura e eu dobrei a minha quantidade de seguidores. Querendo ou não, o meu trabalho passou a depender da minha imagem e da imagem das minhas filhas", afirmou. Mas nem sempre essa exposição trouxe retornos positivos. "Teve uma época que a Manu não queria aparecer e as pessoas começaram a falar que eu estava dando mais atenção para a Carmela. Eu fiquei muito abalada e fui até fazer terapia. Eu sempre respeitei a vontade das meninas e nunca forcei nada, quero sempre poder seguir no tempo delas. Tanto é que hoje a Manu aparece e adora gravar comigo."

Dani compartilha em seus perfis nas redes sociais a rotina com o marido e as filhas — Foto: Reprodução/Instagram
Dani compartilha em seus perfis nas redes sociais a rotina com o marido e as filhas — Foto: Reprodução/Instagram

Aquele antigo dilema de como ficaria a carreira depois da maternidade já não é mais uma insegurança tão grande assim. "Sempre fiz de tudo para estar presente para as minhas filhas, mas sem abrir mão da minha carreira, que é muito importante para mim. Esses dias, a Carmela teve de fazer uma atividade na escola dizendo o que ela mais gostava na mamãe. Ela respondeu que era o meu abraço. Eu quase morri de amores. É uma mensagem de que estou conseguindo ser a mãe que eu queria", finalizou.

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