Comportamento
 


No Brasil, cerca de 5 mil crianças e adolescentes estão em situação de acolhimento institucional ou familiar. São 5 mil crianças à espera de uma família. E, hoje, para adotar, basta que o interessado tenha mais de 18 anos – não há outras restrições, nem quanto ao estado civil. A única ressalva é que haja uma diferença mínima de 16 anos entre a criança e os pais adotivos.

O caminho, claro, pode não ser rápido e simples, pois depende da região e do perfil pretendido. Por exemplo, quanto menor é a criança, maior é o tempo de espera – famílias podem ficar anos no aguardo de um bebê saudável. Há outros critérios limitantes, como raça e estado de saúde. Os interessados também são obrigadas a dar entrada na vara mais próxima de sua casa e, dependendo da quantidade de profissionais, o processo pode se estender ou acelerar.

Independemente do tempo, quem já passou pelo processo, afirma que é recompensador. Reunimos, aqui, quatro histórias inspiradoras de famílias que tiveram seus filhos através da via da adoção. Confira!

Confira quatro histórias inspiradoras de adoção — Foto: Arquivo pessoal/Instagram
Confira quatro histórias inspiradoras de adoção — Foto: Arquivo pessoal/Instagram

Cinco de uma só vez

Jeniffer e Julio de Oliveira, do Paraná, não tiveram dúvidas quando surgiu a oportunidade de adotar as cinco irmãos. "Tivemos a certeza de que eram nossos filhos, mesmo antes de vê-los, antes de sabermos as idades e os nomes", diz a mãe, em entrevista exclusiva à CRESCER. Meses depois da adoção, os pais descobriram que não apenas um, mas três são autistas.

O casal até tentou ter filhos biológicos, mas isso nunca aconteceu. "Após anos de espera por uma gravidez que não veio, meu coração se acalmou ao perceber que, se não aconteceu, era porque Deus tinha outros planos para nós. Vivi o luto de não poder engravidar e, depois de algum tempo, isso saiu da minha cabeça e do meu coração", disse Jeniffer.

Em sete meses, eles estavam habilitados para adotar até duas crianças. "Apesar do sonho de termos cinco filhos, achávamos que seria loucura colocar isso no nosso perfil", brinca. Mas Jeniffer não havia perdido a esperança de ter uma família grande. "Acreditamos que, mesmo sendo praticamente impossível, Deus traria nossos filhos até nós e nos daria as condições necessárias para atender às necessidades deles", acrescenta. Foi um ano e três meses de espera na fila até que o tão esperado momento chegou, há cerca de um ano. "Em 10 de fevereiro de 2023, recebemos uma mensagem da equipe técnica dizendo: 'Sabemos que não é o perfil de vocês, mas, teriam interesse em cinco crianças?' Nossa resposta foi imediata: sim!", relata. Confira, clicando aqui, o desfecho dessa história!

Jeniffer, Julio e seus cinco filhos — Foto: Arquivo pessoal
Jeniffer, Julio e seus cinco filhos — Foto: Arquivo pessoal

Em um abrigo e sem sonhos, jovem é adotada aos 17

Naty encontrou um lar definitivo pouco antes de completar 18 anos. A mãe, a influenciadora digital Fernanda Fabris, de Indaiatuba (SP), conta que a filha chegou à família sem nenhuma perspectiva de futuro. "Nossa missão foi fazer ela aprender a se amar, a olhar para ela como uma garota digna de amor", disse ela, que é mãe de outros quatro filhos "que também nasceram pela via da adoção".

No início do ano, a influenciadora anunciou em suas redes sociais: "Temos uma futura biomédica na família, minha gente️". A "mãe por adoção", como ela mesma se define, entrou o ano de 2024 com a família completa — agora, ela é mãe de cinco. Naty, que completou 18 anos em dezembro, foi a última a chegar, e poucos meses depois, já começou a realizar seus sonhos.

"Há oito meses, ela estava em um abrigo e sem sonhos", disse a mãe. "Entre várias conversas, descobri que ela completaria 18 anos em dezembro de 2023 e enfrentava um momento difícil, pois teria que deixar o abrigo. Ela estava muito triste, chegou sem nenhuma perspectiva de futuro. Ela aceitava qualquer coisa que viesse da vida. Então, nossa missão foi fazer ela aprender a se amar, a olhar para ela como uma garota digna de amor, de cuidado. Foi um processo lento, que aconteceu no tempo dela", disse.

Quando a mais velha chegou, Fernanda e o marido, Maurício, 41 anos, já eram pais de Flávio, 14, Flávia, 12, Fabrício, 9, e Arthur, 6 — todos irmãos biológicos, adotados oficialmente em 2021. Em entrevista à CRESCER, a mãe contou como foi a chegada da filha à família, sua adaptação e como foi a repercussão da adoção de Naty nas redes sociais. "Fomos bombardeados com críticas pesadas", diz. Confira ao depoimento completo, clicando aqui.

Naty acabou de completar 18 anos — Foto: Reprodução/Instagram
Naty acabou de completar 18 anos — Foto: Reprodução/Instagram

Pai solo e gay de duas meninas

Danilo Costa, de São Paulo, sempre teve o sonho de se tornar pai. Mesmo sem um parceiro, ele, que é homossexual, decidiu seguir adiante. Após três anos de espera, o jornalista finalmente recebeu a notícia de que duas irmãs, de 9 e 7 anos, na época, estavam à sua espera — "Só posso dizer que a adoção foi o melhor presente da vida. É o que me faz um homem completo e nos tornou uma família".

Após dois casamentos chegarem ao fim, o jornalista decidiu que era hora de realizar o sonho da paternidade — mesmo que sozinho. Durante a espera, ele fez cursos, buscou informações, se preparou mentalmente e financeiramente. Quando a ligação da Vara da Infância finalmente aconteceu, ele já estava em um novo relacionamento e tinha até uma cachorrinha. As meninas foram para casa em agosto do ano passado e, segundo o pai, já estão completamente adaptadas. "E para quem nos pergunta: elas já chamam vocês de papais? Não, a palavra não foi dita ainda, mas foi escrita inúmeras vezes e foi sentida também", disse ele. Confira abaixo, ao depoimento exclusivo e emocionante do novo pai.

Danilo e Beto, hoje, são pais de duas meninas — Foto: Arquivo pessoal
Danilo e Beto, hoje, são pais de duas meninas — Foto: Arquivo pessoal

Madrasta adota enteado com autismo

A paulista Adrieli Garcia Barbosa, conta como passou de madrasta para mãe biológica de seu enteado: "Eu assumi o papel de mãe, tanto afetivamente, psicologicamente quanto financeiramente. Então, entrei com pedido de adoção e passei por todo o processo", conta ela, em depoimento à CRESCER. Ela contou que quando conheceu o marido, Diogo Mascaro Barbosa, ele já era pai e cuidava sozinho de Vinicius, que, na época, era apenas um bebê.

"Na época, fiquei sabendo que a mãe havia o deixado há pouco tempo e sumiu, não voltou mais. Então, meu marido e minha sogra ficaram com ele. Quando o namoro começou, ele tinha 1 ano e 5 meses. Então, nosso namoro sempre envolveu o Vinicius: víamos filmes infantis no cinema, nossos programas incluiam passeios com ele e, quando compramos nossa casa, construímos um quartinho pra ele. Quando chegaram as férias escolares, eu ficava com o Vinicius... e assim assumi a criação do meu enteado", lembra. "Hoje, ele leva o 'Garcia', meu sobrenome, na certidão de nascimento e é meu maior orgulho", afirma. Confira mais detalhes dessa história, aqui.

De madrasta a mãe: Adrieli adotou legalmente o filho do marido  (Foto: Arquivo pessoal) — Foto: Crescer
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