Saúde & bem-estar
 

Por Crescer Online


Uma mãe chamou a atenção nas redes sociais depois de compartilhar uma história surpreendente sobre o nascimento do seu primeiro filho. Tamara McPhedran passou por uma cesariana de emergência quando estava com 31 semanas de gestação. Durante a cirurgia, ela ficou chocada quando ouviu um dos médicos perguntar: “Onde está o bebê?”.

Tamara McPhedran sofre com uma malformação no útero — Foto: Reprodução/Kidspost
Tamara McPhedran sofre com uma malformação no útero — Foto: Reprodução/Kidspost

Hoje mãe de quatro filhos, ela engravidou pela primeira vez aos 17 anos. Segundo Tamara, ela começou a perceber que algo não ia bem quando completou 20 semanas de gestação. Ela sentia dores e apresentou sangramentos, mas contou que a equipe médica ignorou suas preocupações, informando que os sintomas eram “normais”. "Ninguém quer ouvir uma adolescente", disse.

“Se eles tivessem investigado meus sintomas, eles saberiam que meu bebê não estava no lugar certo”, afirmou a mãe. Com 31 semanas, Tamara estava em repouso no hospital por causa do baixo movimento do bebê. As enfermeiras, então, detectaram que os batimentos cardíacos do pequeno estavam caindo. Diante desse sofrimento fetal, os médicos realizaram uma cesárea de emergência.

Onde está o bebê?

“Quando eles decidiram que era a hora de eu dar à luz, eles me abriram e descobriram um útero vazio com uma bolsa amniótica”, revelou. “Neste momento, o cirurgião coloca a cabeça sobre a pequena cortina, olha para mim e para o meu parceiro e pergunta: ‘Onde está o bebê?’. Eu, então, respondo: ‘Eu não sei, mas é melhor você encontrá-lo!’”, disse a mãe.

Na mesa de cirurgia, os médicos tiveram de fazer uma incisão maior e mais profunda para investigar a posição do bebê. “Eles descobriram que eu tinha uma pequena cavidade extra, que não tinha colo do útero, mas tinha um ovário e uma trompa, mas não estava se comunicando com meu útero real”, explicou Tamara, que foi diagnosticada com útero unicorno, uma alteração anatômica do sistema reprodutor feminino [saiba mais sobre a condição no fim da reportagem].

Felizmente, apesar dessa situação, o bebê pôde chegar ao mundo com segurança. Depois do nascimento do primeiro filho, Tamara ainda passou por outras duas gestações: uma de gêmeos, que nasceram com 28 semanas de gestação, e de outro bebê, que nasceu com 33 semanas. No fim do relato publicado no fim de janeiro no TikTok, ela aconselhou: “A única coisa que vou enfatizar é que, se você perceber um sinal de que algo não está normal na sua gravidez, vá atrás disso”.

O que é o útero unicorno?

"O útero unicorno é uma malformação. O útero é o processo de fusão de dois cornos, mas quem tem essa condição, como no caso dessa mãe do vídeo, ela tem só um corno, um colo do útero, uma trompa e um ovário", explica Wagner Rodrigues Hernandez, obstetra do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista, especialista em gravidez gemelar e de alto risco, em entrevista à CRESCER. Algumas mulheres possuem um segundo corno rudimentar, como aconteceu com Tamara, formando uma cavidade extra. "É o corno residual, é um pedacinho de útero que ficou ali perdido. Com a gravidez, ele pode até ter se expandido, permitindo a geração do bebê", completa.

Apesar de muitas das mulheres que têm útero unicorno conseguirem ter uma gravidez que vai adiante, o obstetra ressalta que a gestação é de alto risco. "Elas têm mais riscos de aborto espontâneo, de parto prematuro e apresentação fetal anômala, por exemplo. Mas é possível ter uma gravidez normal também", diz o especialista. Vale pontuar que o útero unicorno têm altas chances de vir acompanhado de ourtas alterações no organismo, como problemas renais.

Segundo Wagner Hernandez, a condição é muito rara. "Existem muitas variações do útero unicorno, por isso, é difícil estimar a porcentagem da população que tem esta malformação, mas não é algo que acontece com frequência", afirma.

A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico é feito com exames de imagem, normalmente por meio de ultrassons de rotina. O diagnóstico precoce é essencial para prevenir possíveis riscos durante a gravidez. "Quanto antes for identificado, melhor. Os médicos e a mãe conseguem ficar mais alerta e, eventualmente, pode-se fazer uma cirurgia prévia para minimizar os riscos, mas não é tão comum", esclarece Hernandez. "Geralmente é indicada uma rotina de pré-natal de alto risco com mais cuidados", acrescenta.

Mulheres com a condição de Tamara também podem ter a cavidade estudada, com tomografias e ultrassons 3D, para saber quantas trompas existem e a localização exata dentro do corpo, por exemplo. "Caso isso tivesse sido feito no caso dessa mãe, o médico provavelmente não teria aberto a cavidade errada na hora da cesárea", afirma o especialista.

Infelizmente, nem sempre é fácil diagnosticar o útero unicorno. "Várias mulheres acabam sendo diagnosticadas só na hora do parto, porque, muitas vezes, elas são assintomáticas e não apresentam nenhum sinal clínico da condição", destaca Hernandez. Por isso, ele reforça a necessidade de seguir o pré-natal à risca e não hesitar em buscar o obstetra que está acompanhando a gestação em caso de dúvidas.

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