• Nathália Armendro
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Nasceram na última quinta-feira (2), às 33 semanas e 4 dias de gestação, os quadrigêmeos das mães Nicolle Zabatiero Cordaro, de 32 anos, e Mariana Battistini, 35. Os quatro bebês nasceram super bem, e embora tenham sido levados para a UTI Neonatal para observação – por conta da prematuridade – a sensação descrita pelas mães à CRESCER é de alívio e alegria!

Quadrigêmeos de Mariana e Nicolle nasceram no dia 2 de setembro, às 33 semanas e 4 dias de gestação (Foto: Arquivo Pessoal)

Quadrigêmeos de Mariana e Nicolle nasceram no dia 2 de setembro, às 33 semanas e 4 dias de gestação (Foto: Arquivo Pessoal)

“A sensação é de alívio, de deu certo, fiz minha parte. Eles são perfeitos, lindos, a gente foi muito abençoada. O fato de eles estarem na UTI nos dá um alívio de sabermos que eles estão sendo bem tratados. Me sinto leve. Agora estamos completamente realizadas”, diz Nicolle, que gestou Guilherme (nascido com 1.850 kg), Beatriz (com 1.190 kg), Gregório (1.610 kg) e Luiza (1.755 kg). A cesárea não teve complicações, e a mãe também passa bem.

“É um misto de sentimentos. Estou muito feliz. Por mais que já soubesse que tinha quatro filhos, quando você vê nascendo, isso se concretiza. Aquele sonho fica palpável”, define Mariana.

Logo após o nascimento, Guilherme e Beatriz precisaram de uma pequena ajuda para respirar, mas logo se adaptaram ao ambiente e já respiram – assim como os irmãos – sem qualquer auxílio. Bia, por conta do menor peso, recebe a dieta por um cateter umbilical e por meio de uma sonda que vai direto para seu estômago, mas segundo as mães o quadro não tem nenhuma relação com a sua cardiopatia.

Parto não teve intercorrências, e tanto a mãe quanto os bebês estão estáveis (Foto: Arquivo Pessoal)

Parto não teve intercorrências, e tanto a mãe quanto os bebês estão estáveis (Foto: Arquivo Pessoal)

“Ela está super bem. Vão repetir o ecocardiograma na quarta-feira, mas a princípio ela não precisa entrar com nenhuma medicação para o coração e não deve precisar de nenhuma cirurgia neste momento. Então foco é o cuidado com a prematuridade, e que ela ganhe peso”, detalha Mariana à CRESCER.

Para o nascimento dos quadrigêmeos, uma estrutura especial foi montada na sala de parto. Para cada bebê, foram designados um pediatra, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem. Para a mãe, devido ao risco de atonia uterina e sangramento pós-parto, dois anestesistas e três obstetras estavam no centro cirúrgico, preparados para atendimento rápido no caso de intercorrências. “Os quatro berços ficaram alocados fora da sala cirúrgica, previamente preparados para cuidados com a temperatura dos bebês”, explica Dr. Mário Macoto Kondo, Chefe da Obstetrícia do Grupo Santa Joana, onde o parto foi realizado, em São Paulo.

Os quatro bebês foram levados para a UTI, por conta da prematuridade (Foto: Arquivo Pessoal)

Os quatro bebês foram levados para a UTI, por conta da prematuridade (Foto: Arquivo Pessoal)

Juntas há 11 anos, as duas enfermeiras engravidaram após uma inseminação artificial e, desde a descoberta de que seriam mães de quatro bebês ao mesmo tempo, mudaram a rotina de trabalho e toda a vida pessoal para reduzir os riscos de um parto prematuro extremo – barreira cruzada depois de passada a 28ª semana de gestação.

“Eles nasceram muito melhor do que pensávamos. Todos foram para a UTI, porque nasceram prematuros, mas todos  estão sem nada de ventilação e respirando sozinhos”, diz Mariana. “Eles terem ido para a UTI não gerou espanto para nós, e o principal motivo para estarmos tranquilas é porque a gente já tinha se preparado para a prematuridade. Tínhamos lido muito, já sabíamos o que era, como funcionava, porque seria importante... Isso facilitou muito neste momento, pois conseguimos ter um olhar positivo para isso. E ver eles bem! Eles nasceram com peso muito bom, e isso nos traz uma segurança. Foi o dia mais feliz da minha vida!”, completa.

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