“Minha filha não conseguia enxergar a lousa e os médicos disseram que ela tinha um ‘olho preguiçoso’; agora ela está morrendo”

Mãe conta como descobriu câncer devastador da filha de 7 anos

Por Crescer online


Sarah Atif, uma menina de 7 anos, que tinha dificuldade para enxergar o que os professores escreviam na lousa, na sala de aula, sempre reclamava sobre isso com sua mãe, Uroos, que ficava cada vez mais preocupada. Os professores também notaram o sinal de alerta, quando perceberam que a menina começou a escrever com letras muito maiores do que o comum em seus livros escolares. A pequena, que vive em Londres, na Inglaterra, foi encaminhada para um exame oftalmológico.

A pequena tinha dificuldade para enxergar a lousa e foi diagnosticada com tumor cerebral agressivo — Foto: Reprodução/ My London

"Até dezembro de 2022, tudo estava perfeito e Sarah estava indo muito bem. Foi depois que ela fez o exame de vista na escola que tudo mudou. Eles pensaram que ela estava com problemas na visão e que talvez tivesse um ‘olho preguiçoso’, então, fomos encaminhadas para uma consulta no Centro Oftalmológico Moorfileds, em Finsbury”, relatou Uroos ao Mirror Online nesta quarta (5). "Os professores me disseram que ela começou a escrever com letras muito maiores do que o normal e ela estava reclamando que não conseguia enxergar a lousa. Ela também caiu depois de esbarrar em alguém e disse que era porque não conseguia ver direito”, conta a mãe, que, cada vez mais preocupada, ligou para o médico.

"Na semana anterior à consulta, Sarah ficou cada vez mais letárgica. Ela só queria ficar deitada e dizia que não estava se sentindo muito bem", diz Uroos, em relato ao site My London. Então, no dia 27 de janeiro, ela levou a filha à consulta. Lá, ouviu que a menina precisaria passar por uma tomografia computadorizada, porque os médicos desconfiaram de que o nervo óptico dela estava inchado. Logo depois do exame, em uma sala separada, os médicos deram a notícia para a mãe: o que Sarah tinha, na verdade, era muito mais do que um simples problema de visão. A menina estava com um tumor cerebral.

Sarah foi, então, transferida para o Great Ormond Street Hospital (GOSH), em Camden. Ela havia desenvolvido hidrocefalia, um acúmulo de líquido no cérebro, que pressionava o órgão e o fazia inchar. A menina passou por uma cirurgia e recebeu alta do hospital em uma cadeira de rodas, depois de quatro dias de fisioterapia.

Uroos, que também tem um filho de 10 anos com imunodeficiência, e um filho de 4 anos, que é autista, disse: "Sarah voltou para casa uma pessoa completamente diferente porque os esteróides que ela estava tomando a tornaram robótica. Quatro dias depois, eu liguei para o hospital para discutir os resultados da biópsia e recebemos a terrível notícia do diagnóstico. Ela tem um glioma difuso de linha média altamente agressivo com mutação H3 K27M na área do tálamo de seu cérebro. Eu esperava que o médico nos falasse sobre uma cirurgia que pudesse curá-la, mas, em vez disso, soubemos que era terminal, o que foi altamente angustiante”.

Desolada, a mãe conta que foi se sentar do lado de fora do hospital para processar a notícia. Ela não conseguia entender por que isso estava acontecendo com a sua filha.

Agora, a família está arrecadando fundos para tentar financiar um tratamento para Sarah no exterior. Em fevereiro, a pequena iniciou a radioterapia na University College London Hospital (UCLH). A princípio, seus sintomas melhoraram, mas, após três semanas, a fraqueza do lado direito, que já existia desde a cirurgia, piorou e ela começou a sentir dores de cabeça.

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Ainda não se sabe se isso se deve à progressão do tumor, mas os médicos concordaram que a melhor chance de prolongar a vida dela está em um medicamento clínico ainda não disponível no Reino Unido. Eles esperam obter tratamento em outro lugar da Europa. A previsão é de que custe cerca de R$ 370 mil por mês na Holanda. A família criou uma página no Go Fund Me, para ajudar com as despesas.

Uroos, que está trabalhando com a organização Brain Tumor Research para compartilhar a história, disse: "Decidimos fazer o que for necessário para salvar Sarah, mesmo que isso signifique ir para o exterior para tratamento. Se isso não ajudar, pelo menos, ficaremos satisfeitos por termos feito o nosso melhor por ela. Somos uma família muito unida e a ideia de perder Sarah para esta doença cruel é insuportável".

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