Com a participação de personagens inéditos, “Divertida Mente 2”, da Disney e Pixar, é uma das sequências mais aguardadas para 2024 e estreia nos cinemas nesta quinta-feira (20). Com a chegada de Riley na adolescência, a Central de Controle passa por uma repentina demolição para dar lugar a novas emoções! Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho, que há muito tempo estavam no comando, não sabem ao certo como se sentem quando Ansiedade, Vergonha, Tédio e Inveja chegam.
Para saber mais sobre o filme, a CRESCER conversou com o elenco de dubladores das novas emoções, que explicou o que o público pode esperar da nova produção e contou como encontraram a voz dos seus personagens. Confira!
Emoções da adolescência
Para Eli Ferreira, que dá voz ao Tédio, saber que faria parte do elenco da animação foi muito especial. "Felicidade extrema! Era um filme que estava na lembrança, porque assisti quando já era adulta. Poder estar no meio dessa galera craque foi uma surpresa e uma 'responsa' também, porque tem um peso estar numa obra tão importante para além do entretenimento", diz a atriz. "Esse filme vai conversar com crianças de todas as idades e classes sociais para ajudá-las a nomear o que estão sentindo", acrescenta.
A atriz afirma que Tédio irá arrancar muitas risadas do público. "É uma personagem bem sarcástica - quando tem energia -, mal-humorada, descompromissada... Acho que é uma emoção que vai conversar com aquele lugarzinho dentro da gente que no fundo não queria ter obrigação de agradar ninguém", destaca.
Outra emoção que ganha destaque no novo filme é a Inveja, interpretada pela dubladora Gabriela Milani. Embora seja um sentimento que ninguém gosta de sentir, ela reforça a importância de reconhecê-lo. "Ela existe em cada um, eu acho que é importante que a gente fale sobre ela e saiba lidar com isso", ressalta.
São tantas emoções que surgem com a adolescência que seria impossível incluir todas na animação. Mas, as dubladoras gostariam de acrescentar mais uma se pudessem. Para Eli Ferreira, o Amor merece ganhar o próprio personagem. "A paixonite de adolescente faz parte dos 13 anos", concorda Gabriela Milani.
Encontrando os personagens
O dublador Fernando Mendonça, que interpreta a Vergonha, afirma que foi desafiador encontrar uma voz para um personagem que não gosta de falar. "A Vergonha é totalmente o oposto do que ela [a emoção] é. A Vergonha é uma coisa grande que tenta se esconder, então, a voz teve que ser pequenininha. Eu tive que procurar uma vozinha que escondia muita coisa. Numa frase eu tenho que colocar muitos sentimentos de uma vez só e fazer prevalecer a vergonha", explica.
Já para Eli Ferreira, ver a imagem do Tédio a ajudou a encontrar a voz. "O Tédio tem pouca energia, e quando a gente tem pouca energia, a gente não projeta muito a voz, sai um pouco mais agravada. Aí eu fiz um corpo [como se estivesse entediada] e quando parava de gravar, voltava ao normal. Foi muito legal e desafiador", conta.
Gabriela Milani se baseou na voz da Inveja dos Estados Unidos. "Quando você sente inveja de alguém, que você se diminui. Aí foi uma questão de ver se só diminui a voz quando ela está com inveja ou o tempo inteiro, mas a gente achou [o caminho certo]", diz.
Qual emoção comanda sua Central de Controle hoje e aos 13 anos?
Sem dúvidas, a Central de Controle de cada um passa por muitas outras reformas desde a adolescência até a fase adulta e as emoções revezam a liderança. "Agora, é só Alegria, mas aos 13 anos era a Raiva", diz Eli Ferreira. Já para Gabriela Milani, a Ansiedade sempre esteve presente e comandando a operação.
Fernando Mendonça se identificava com seu personagem no passado, mas não mais. "Aos 13 anos, era Vergonha, só que eu perdi essa vergonha. Eu acho que ela está em alguma sala aqui dentro do meu departamento que ninguém conseguiu destrancar. E eu acho que hoje quem está dominando aqui é a Ansiedade, porque eu estou louco para assistir o filme", finaliza.