Desenvolvimento
 

Por Sabrina Ongaratto


Faça um esforço, feche os olhos e se concentre nas primeiras lembranças da sua infância. Provavelmente, o que surgirá mais claramente são momentos vividos a partir dos 3 ou 4 anos de idade. Antes disso, a maioria das pessoas lembram-se apenas de alguns flashes de acontecimentos marcantes e, às vezes, nem isso.

Pois, saiba que é perfeitamente normal. Segundo o neurocientista do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Sidarta Ribeiro, a capacidade da memória varia de um pessoa pra outra. No entanto, de maneira geral, as lembranças que se tem da infância começam quando adquirimos a linguagem simbólica, ou seja, a partir dos 3 anos.

Em geral, as lembranças começam a se formar aos 3 anos — Foto: Rodolfo Clix/Pexels
Em geral, as lembranças começam a se formar aos 3 anos — Foto: Rodolfo Clix/Pexels

O neurocientista explica que, de alguma maneira, quando começamos a dar nomes para as coisas e adquirimos a capacidade de falar, recodificamos o mundo. "A partir disso, passamos a enxergar a vida de uma forma diferente e, portanto, começamos a ter memórias conscientes", explica.

Quanto menos idade, mais curta é a memória

Outra curiosidade, segundo Sidarta, é que a nossa capacidade de lembrar vai aumentando gradativamente até os 25 anos. Depois disso, passa a diminuir. Por isso, quanto mais jovem, mais curta a memória. "É claro que existem experiências marcantes que duram para toda a vida, mas em geral, vivências do dia a dia são esquecidas em poucos anos pelas crianças”, esclarece o especialista.

Prova disso é um estudo desenvolvido na Memorial University of Newfoundland, no Canadá, que afirma que não nos lembramos dos acontecimentos da primeira infância porque nos esquecemos deles quando ainda somos crianças. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores reuniram 140 crianças com idade entre 4 e 13 anos. Na primeira fase, elas contaram as memórias mais antigas de que tinham lembrança. Dois anos depois, essas mesmas crianças contaram novamente as lembranças mais antigas e tiveram ainda que estimar quantos anos elas tinham quando tudo aconteceu.

Os pesquisadores notaram que as mais novas trocaram as memórias velhas por mais recentes. Já as maiores mantiveram as mesmas lembranças. Foi concluído, portanto, que as crianças se esquecem dos primeiros anos de vida ainda na infância.

No entanto, o fato do seu filho não se lembrar, não quer dizer que essas primeiras memórias foram esquecidas completamente. "Muitas vezes, o cérebro não esquece, elas apenas ficam armazenadas. Quer um exemplo? Se você estimular a mente, seja vendo fotos, objetos ou falando sobre determinado assunto, elas podem voltar", diz.

Além disso, até as memórias armazenadas podem influenciar na personalidade na fase adulta. "Situações de grande estresse na infância são capazes de causar modificações químicas no DNA que vão, por sua vez, levar a alterações comportamentais não só a longo prazo, mas também afetar próximas gerações", diz Sidarta. “Na infância, é quando está havendo as maiores mudanças no cérebro, portanto, as vivências podem resultar em marcas positivas ou negativas na vida”, completa.

Estimular a memória do seu filho

É verdade que uma boa memória depende, em parte, da genética. No entanto, a outra parte depende de estímulos. "Essa cultura passiva de assistir a uma tela, que está dominando a civilização contemporânea, não exige uma flexibilidade muito grande. A gente terceirizou tudo para a máquina e isso prejudica a memória”, explica.

"As pessoas têm potenciais diferentes, mas o ambiente é muito determinante. Um ambiente rico em estímulos, que faz com que a criança trafegue por diferentes estados mentais, pode ajudá-la a lembrar de mais coisas. Portanto, entreter seu filho com brincadeiras que estimulem a memória, o pensamento, a fala, leitura, treinar essa habilidades é muito importante. É preciso utilizar a memória", orienta o neurocientista.

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