As cólicas são naturais, esperadas e fazem parte do desenvolvimento do bebê, principalmente nos primeiros três meses de vida. Nessa fase, a criança está se acostumando a digerir o leite materno e a flora intestinal ainda não está formada. É uma adaptação necessária para que o corpo aprenda a lidar com o volume do alimento e também com os gases.
No entanto, apesar de normais, os pais, principalmente de primeira viagem, ficam angustiados com o sofrimento do filho. E é justificável, afinal, durante as crises, o bebê chora, a barriga fica endurecida, as mãos ficam com os punhos fechados, ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome, o rosto fica avermelhado e com expressão de dor e sofrimento. Esses, aliás, são sinais típicos da cólica no recém-nascido.
Apesar de não haver uma fórmula mágica para acabar com as cólicas, fazer massagens podem ajudar a aliviar as dores. As massagens circulares, em sentido horário no abdômen e ao redor do umbigo, ajudam a soltar os gases, que normalmente intensificam as crises. Uma boa dica é passar a mão com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa — aquece o local e acalma o bebê.
Outra opção é fazer exercícios com as pernas. Para isso, deite o pequeno de costas e flexione as perninhas dele sobre o abdome. Você também pode fazer movimentos como se ele estivesse pedalando uma bicicleta — tudo devagar e com delicadeza.
Em alguns casos, não é tão fácil soltar os gases do bebê e isso pode causar cólica. As evidências científicas mais recentes recomendam a utilização de probióticos específicos como uma opção de tratamento efetivo para tratar a cólicas e desconfortos gastrointestinais abaixo dos 6 meses de vida. Mas ele só deve ser utilizado com recomendação médica. Por outro lado, há poucas pesquisas que justificam o uso de glicose, sacarose, lactase e medicamentos antiflatulentos nos pequenos.
A boa notícia é que as cólicas, geralmente, têm data certa para terminar — por volta dos 3 meses. Parece uma mágica. Os bebês que choravam, de uma hora para a outra, ficam mais tranquilos. E o pais, claro, aliviados.