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Por Crescer online


Prestes a completar um ano da morte do britânico Archie Battersbee, de 12 anos, que teve seus aparelhos de suporte à vida desligados no dia 6 de agosto de 2022, a mãe do garoto, Hollie Dance, 47, abriu seu baú de memórias e compartilhou fotos inéditas do filho praticando ginástica olímpica.

Archie Battersbee teve os aparelhos de suporte à vida desligados há um ano — Foto: Arquivo pessoal
Archie Battersbee teve os aparelhos de suporte à vida desligados há um ano — Foto: Arquivo pessoal

Segundo a mãe, Archie era apenas um bebê quando ficou encantado pelo esporte na TV e sonhava em, um dia, poder se apresentar nos Jogos Olímpicos. Entre os registros resgatados por Hollie estão imagens do garoto assistindo às Olimpíadas, enquanto outras o mostram pendurado em argolas de ginástica e segurando troféus.

Com o coração partido após a morte do filho, agora Hollie revela planos de criar um memorial em homenagem a Archie. Ela também tem o desejo de instalar barras paralelas em um parque onde o filho se exercitava para encorajar outros jovens a praticar o esporte. “Archie queria ser um ginasta olímpico com medalha de ouro, então ter algo que permita que outras pessoas se inspirem e sigam seus passos é realmente importante”, declarou a mãe em entrevista ao tabloide britânico The Mirror.

Archie Battersbee ainda criança, vendo os Jogos Olímpicos (à esquerda) e praticando ginástica olímpica (à direita) — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/The Mirror
Archie Battersbee ainda criança, vendo os Jogos Olímpicos (à esquerda) e praticando ginástica olímpica (à direita) — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/The Mirror

Hollie contou, ainda, que a família também planeja colocar uma placa ao lado das barras da academia, para que outros pais possam conversar com seus filhos sobre Archie e seu sonho de chegar às Olimpíadas. Ela relatou que, recentemente, recebeu a mensagem de um menino que tem se inspirado no filho. “Ele também faz ginástica e sempre que consegue um certificado, ele o ergue para o céu e diz: 'Archie, olha o que eu tenho!'”, afirmou.

Relembre o caso de Archie

Hollie encontrou o filho inconsciente no quarto no dia 7 de abril de 2022, supostamente depois de o garoto ter participado de um desafio viral online, chamado Blackout Challenge, que consiste em apertar o pescoço até perder a consciência.

Depois de terem feito todo o possível na tentativa de recuperar a vida do menino, os médicos declararam que ele sofreu morte cerebral. Archie permaneceu vivo por cerca de quatro meses, ligado a máquinas de suporte artificial, que mantiveram suas funções vitais. No entanto, depois de uma longa batalha judicial e de grande repercussão internacional, os aparelhos que mantinham seu coração batendo foram desligados.

Em fevereiro deste ano, o legista Lincoln Brookes, de Essex, na Inglaterra, concluiu que a morte de Archie foi acidental. Após analisar mensagens recuperadas e outras evidências levantadas no inquérito sobre o caso, o especialista declarou que não era possível comprovar que o menino tenha participado do desafio do TikTok, como se acreditava anteriormente.

Para o legista, Archie não pretendia se machucar ou tirar a própria vida, mas acabou ocorrendo uma tragédia durante uma pegadinha ou experimento que deu errado. "Isso foi um acidente que deu errado ou uma brincadeira para chocar sua mãe quando ela saísse do quarto, para encontrá-lo fazendo algo chocante ou imprudente. Mas provavelmente deu errado muito rapidamente”, destacou.

Pais de Archie Batterbee estão tentando provar que os direitos do filho foram violados — Foto: Reprodução/The Mirror
Pais de Archie Batterbee estão tentando provar que os direitos do filho foram violados — Foto: Reprodução/The Mirror

A vida (quase) um ano depois

Hollie admite sentir-se paralisada por conta do trauma de perder o filho, mas contou como são as pequenas coisas que mantêm Archie por perto. “Eu mantenho suas luvas de boxe na cabeceira da minha cama porque, embora ele não esteja aqui fisicamente, a presença dele está ao meu redor”, desabafou a mãe.

Ela acredita que Archie poderia ter sobrevivido se a família tivesse permissão para ir ao exterior e tentar um tratamento alternativo. “Um cirurgião na América que lidou com muitos desses casos viu pessoas acordando de uma morte cerebral. Eles passaram por uma reabilitação, estão andando, estão conversando e têm qualidade de vida”, declarou Hollie ao The Mirror.

Agora, a família recorreu ao Nuffield Council on Bioethics, órgão independente que examina e relata questões éticas em biologia e medicina, para analisar a decisão de retirar o suporte de vida de Archie. Hollie disse que crianças com doenças terminais são impotentes diante das autoridades médicas. Ela está tentando provar que os direitos do filho foram violados. "Archie tinha absolutamente tudo pelo que viver, mas este país não lhe deu uma chance", concluiu.

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