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Uma mulher com uma condição rara diz que consegue se lembrar de tudo o que já aconteceu com ela — até mesmo quando estava no útero de sua mãe. Rebecca Sharrock, 34 anos, tem memória autobiográfica altamente superior (H-SAM), uma condição neurológica que deixa as pessoas capazes de lembrar a maior parte de sua vida em grandes detalhes. É extraordinariamente raro e Rebecca é apenas uma das 62 pessoas no mundo que o tem.

Sua memória datada mais antiga é de quando ela tinha apenas 12 dias de vida, mas ela afirma que também se lembra de ser um feto no útero. Apesar de precisar de terapia para a condição, Rebecca diz que "faz bom uso" e conseguiu se tornar fluente em dois idiomas apenas nas últimas 10 semanas. Ela, que é autora e palestrante pública, de Brisbane, na Austrália, disse: "Minha mente é incapaz de deixar de lado o 'lixo' do passado. Minha memória mais antiga é possivelmente de quando eu era um feto no útero". "No momento, eu diria que me lembro de 95% de tudo o que aconteceu comigo na minha vida", completou.

Rebecca lembra de quando tinha apenas 12 dias de vida — Foto: Reprodução/Mirror
Rebecca lembra de quando tinha apenas 12 dias de vida — Foto: Reprodução/Mirror

Rebecca só foi diagnosticada com H-SAM aos 21 anos, em 23 de janeiro de 2011. Ela disse que, inicialmente, foi diagnosticada erroneamente com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) aos 16 anos porque revivia "obsessivamente" experiências passadas. Suas lembranças de infância — como ter brinquedos tirados dela na escola — causavam muito aborrecimento, apesar de parecer "trivial". "Eu sempre coloco meus flashbacks no TOC", disse ela.

"Quando eu tinha um flashback, minhas emoções também voltavam. Não me lembro apenas do passado, recebo todas as informações sensoriais que tive naquele momento. Quando eu revivia um momento da minha infância, eu sentia emoções imaturas. Muitas vezes, isso era de algo que acontecia quando eu era muito pequena. Eu ficava chateada com coisas triviais, como quando alguém roubava meu pirulito na escola primária. Ou a vez que eu construí uma torre de Lego, e uma criança veio e a derrubou. Agora, eu chamaria isso de trivial, mas sentia muita raiva disso", admite. "E, claro, quando você é muito pequeno, não é trivial", explicou.

Apesar de a condição prejudicar sua saúde mental, ela só foi diagnosticada na juventude — Foto: Reprodução/Mirror
Apesar de a condição prejudicar sua saúde mental, ela só foi diagnosticada na juventude — Foto: Reprodução/Mirror

Rebecca diz que sua memória datada mais antiga foi de 23 de dezembro de 1989, quando ela tinha apenas 12 dias de vida e teve sua foto tirada. "Lembro-me de tudo com cerca de 12 dias de vida", disse ela. "Passei muitos anos depois a contar à minha mãe sobre essa experiência. Na verdade, tenho alguma memória antes disso, mas era muito jovem para entender o conceito do calendário". Rebecca afirma que sua "verdadeira" memória mais antiga foi de quando ela estava no útero — ou potencialmente nos minutos após o nascimento. Ela disse: "Tenho essa lembrança de eu estar espremida, com a cabeça enfiada entre as pernas. Pesquisadores me disseram que isso poderia ter sido de quando eu estava no útero. Ou poderia ter sido no nascimento", conta.

O H-SAM pode causar problemas significativos de saúde mental e Rebecca diz que luta contra a insônia e precisa de terapia para traumas e ansiedade. Ela tenta aliviar sua insônia ouvindo música clássica à noite e toma medicamento para ajudá-la a relaxar. Ela acrescentou: "É essencialmente uma condição médica que causa problemas na minha vida diária. Todos esses flashbacks que passam pela minha mente são constantes e, ao longo deles, eu sinto insônia. Minha mente nunca vai ficar quieta. Eu tenho que ouvir música clássica antes de dormir — isso mantém minha mente longe de flashbacks. Mas, às vezes, se minha mente é muito caótica, a música clássica não funciona, então eu tomo um medicamento que foi prescrito pelo meu médico", explica.

"Tenho que fazer terapia, porque o H-SAM causa muita ansiedade e depressão. Há muito poucos terapeutas que podem tratar a minha condição. É bastante experimental", continuou. Rebecca tentou aproveitar sua condição para algo positivo e começou a aprender francês e espanhol há 10 semanas. Ela passou de iniciante total a quase fluente em dois meses. "Minha professora de francês é de Marselha e posso ter uma conversa com ela em francês agora", disse ela. "Posso assistir à TV espanhola e francesa sem legendas. Tudo o que me foi ensinado em sala de aula eu sei agora — é apenas um caso de praticar minha pronúncia. Espero aprender italiano em seguida", finalizou.

Hoje, Rebecca consegue conviver com sua condição extremamente rara — Foto: Reprodução/Mirror
Hoje, Rebecca consegue conviver com sua condição extremamente rara — Foto: Reprodução/Mirror

Primeiras memórias

Faça um esforço, feche os olhos e se concentre nas primeiras lembranças da sua infância. Provavelmente, o que surgirá mais claramente são momentos vividos a partir dos 3 ou 4 anos de idade. Antes disso, a maioria das pessoas lembram-se apenas de alguns flashes de acontecimentos marcantes e, às vezes, nem isso. Pois, saiba que é perfeitamente normal.

Segundo o neurocientista do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Sidarta Ribeiro, a capacidade da memória varia de um pessoa pra outra. No entanto, de maneira geral, as lembranças que se tem da infância começam quando adquirimos a linguagem simbólica, ou seja, a partir dos 3 anos.

O neurocientista explica que, de alguma maneira, quando começamos a dar nomes para as coisas e adquirimos a capacidade de falar, recodificamos o mundo. "A partir disso, passamos a enxergar a vida de uma forma diferente e, portanto, começamos a ter memórias conscientes", explica.

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