Quem não gosta de um chocolatinho para adoçar o dia? Com certeza, esta é a sobremesa predileta de muitas crianças. Mas, por ser muito rico em açúcar, é preciso tomar cuidado na hora de oferecer para os filhos. Afinal, a partir de quando os pequenos podem comer chocolate?
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que crianças de até 2 anos de idade não consumam açúcares, pois podem comprometer a saúde da criança e seus hábitos alimentares. Dessa forma, segundo a entidade, não é indicado que bebês comam chocolate.
Mas isso não é consenso entre os profissionais da saúde. Alguns recomendam esperar até os 3 anos e outros dizem que a partir de 1 ano já está liberado. Por isso, é sempre importante conferir com o pediatra do seu filho antes de fazer uma decisão.
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Qualidade sempre antes de quantidade
No entanto, é inevitável que os pequenos experimentem chocolate em algum momento. Quando a hora certa chegar, é preciso prestar atenção no tipo que é oferecido. Esse doce tem uma enorme quantidade de açúcar – especialmente o chocolate ao leite, um dos preferidos das crianças. “O cacau propriamente dito representa muito pouco na composição e é bem amargo. O chocolate só se torna doce por conta dos fabricantes que adicionam bastante açúcar e gordura”, explica o pediatra Ary Lopes Cardoso, de Cotia (SP).
Por esse motivo, é sempre importante investir em chocolates de boa qualidade, isto é, com pouco acúçar e mais cacau. Além disso, o segredo está na quantidade. Para crianças acima de 2 anos, a SBP recomenda que o limite de 25 gramas de açúcar por dia (que corresponde a duas colheres de sopa) seja respeitado.
Quando consumido com moderação, o chocolate pode, sim, trazer benefícios. "Pequenas quantidades diárias de um chocolate de boa qualidade pode ajudar o organismo a funcionar melhor, já que ele é antioxidante e anti-inflamatório. E é benéfico também para a imunidade, podendo prevenir problemas no coração, obesidade, hipertensão arterial e até diabetes", afirma Carlos Alberto Nogueira, diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Além de tudo, é claro, também proporciona aquela sensação gostosa de bem-estar, devido à liberação de endorfinas e serotonina.
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