Saúde
 


Um comitê consultivo da Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), agência norte-americana de saúde, recomendou, na última quinta-feira (18), o uso de uma vacina para proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões das crianças pequenas. O imunizante será administrado para as mulheres durante a gravidez, fornecendo uma proteção indireta para os recém-nascidos, informou o portal Today Parents.

O painel foi composto por 14 membros, dos quais 10 recomendaram o uso da vacina da Pfizer com base nos dados de segurança do imunizante. O próximo passo será a aprovação da Food and Drug Administration. Se autorizada, a vacina será a primeira a fornecer proteção contra o VSR em bebês. “Antes da pandemia, o VSR era a causa número um de hospitalização infantil nos Estados Unidos, então isso é um grande problema”, disse Ofer Levy, diretor de um programa de vacinação em um Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos. O especialista é um membro votante temporário do painel da FDA, mas não participou da última votação.

Vacina irá proteger recém-nascido por meio da vacinação das gestantes (Foto:  Pavel Danilyuk/Pexels) — Foto: Crescer
Vacina irá proteger recém-nascido por meio da vacinação das gestantes (Foto: Pavel Danilyuk/Pexels) — Foto: Crescer

Saiba semanalmente as mudanças que acontecem com você e seu bebê, durante a gestação. Assine grátis a newsletter da CRESCER: Gravidez Semana a Semana

O VSR acomete o trato respiratório das crianças, principalmente daquelas com até 2 anos de idade, e pode ocasionar desde uma simples tosse até uma pneumonia mais grave, mas a manifestação mais comum é a bronquiolite viral aguda. Por isso, é importante observar caso seu filho tenha falta de ar e cansaço, pois essas são algumas das principais manifestações clínicas do agente. Vale lembrar que a sazonalidade desse vírus se concentra mais durante os meses do outono e inverno.

Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), o vírus mata até 300 crianças menores de 5 anos todos os anos nos EUA e até 10 mil pessoas com 65 anos ou mais. Ainda não se sabe quando a FDA irá decidir sobre a aprovação do imunizante para ser administrado nas gestantes, no entanto, os especialistas acreditam que a agência irá seguir a recomendação do comitê consultivo.

Neste mês, a FDA já tinha aprovado a primeira vacina contra VSR do mundo, produzido pela farmacêutica GSK. No entanto, esse imunizante é destinado à faixa etária de adultos com 60 anos ou mais. A Pfizer também tem uma vacina contra vírus sincicial respiratório para adultos mais velhos, que aguarda a aprovação da FDA, após receber a recomendação do painel consultivo em fevereiro. Agora, a recomendação do imunizante se estendeu às gestantes. Para proteger os bebês, a vacina seria oferecida às grávidas com 24 a 36 semanas de gestação, permitindo a transferência dos anticorpos por meio da placenta.

Dados sobre o imunizante

Os consultores da FDA elogiaram a eficácia da vacina Pfizer, mas tiveram reservas quanto à duração de proteção contra o vírus. Em um ensaio clínico, realizado com quase 7.400 participantes, a vacina reduziu o risco de doença grave por VSR em bebês 82%, aproximadamente por três meses após o nascimento das crianças. Por volta dos seis meses, a eficácia caiu para 69%. A vacina também reduziu o risco de desenvolver doenças respiratórias por VSR, que necessitaram de avaliação médica, em 51% por cerca de seis meses. Depois desse período, o imunizante pareceu não ter muito efeito.

Segundo Renato Kfouri, pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), esses dados são bem animadores: "[Os resultados] são importantes, porque os seis primeiros meses de vida correspondem ao período em que se concentram a maior parte dos casos graves de infecção de bronquiolite por VSR".

O infectologista afirma que há muito tempo já se buscava uma vacina para proteger os bebês no primeiro semestre de vida. Vale lembrar que, por enquanto, o principal aliado para proteger os bebês contra o vírus é o palivizumabe, um anticorpo monoclonal artificial com ação neutralizante e inibitória do vírus, que deve ser administrado entre os meses de março e setembro, quando a incidência de VSR é maior. Como é uma tecnologia cara, esse tipo de anticorpo não é oferecido para todas as crianças. O principal foco são os pequenos com maior risco, como os prematuros e os que nascem com cardiopatia congênita.

Caso a vacina seja aprovada, Kfouri diz que caberá aos programas de imunizações definirem como será a incorporação do imunizante em seus calendários de vacinação, considerando também que já há o anticorpo monoclonal. "Combinar as duas estratégias talvez seja a melhor saída para reduzir a carga dessa doença que afeta os bebês, especialmente os prematuros", menciona o especialista.

Efeitos colaterais

Em um documento informativo, a FDA também destacou que os dados de segurança do estudo pareciam “geralmente favoráveis”, identificando apenas efeitos colaterais mais comuns como fadiga, dor de cabeça, dor muscular e dor no local da injeção. Outro ponto que os pesquisadores alertaram é com relação a uma taxa ligeiramente maior de partos prematuros – quando ocorrem antes de 37 semanas de gestação – entre as grávidas que receberam a vacina (5,7%) em comparação com aquelas que receberam placebo (4,7%), mas a diferença não foi estatisticamente significativa, portanto, não está clara uma relação com a vacina. Ambas as taxas foram inferiores ao número de partos prematuros na população em geral: cerca de 10%, de acordo com o CDC. A Pfizer disse que, se sua vacina for aprovada, continuará monitorando o risco de parto prematuro entre as gestantes que tomarem o imunizante.

Onze vacinas contra o VSR (incluindo a vacina aprovada pela GSK) estão sendo ativamente estudadas em testes nos EUA, de acordo com dados fornecidos à NBC News pela PATH, uma organização global de saúde sem fins lucrativos. Seis são para adultos mais velhos e cinco são projetados para proteger bebês ou crianças.

Saiba como assinar a Crescer para ter acesso a nossos conteúdos exclusivos

Mais recente Próxima “Nossa bebê chorava 20 horas por dia de dor”, conta mãe de menina diagnosticada com doença rara
Mais de Crescer

A empresária e modelo é mãe de quatro filhos: North, 11, Saint, 8, Chicago, 6, e Psalm, 5, que ela divide com o ex-marido Kanye West

Kim Kardashian revela a única coisa que faria diferente como mãe

A sequência chega aos cinemas em 6 de setembro

'Os Fantasmas Ainda Se Divertem' ganha novos pôsteres; veja

A mulher, que mora com os três filhos, ficou chocada ao se deparar com a barraca montada no quintal

Mãe se surpreende com desconhecido acampando em seu jardim

A mãe Caitlin Fladager compartilhou como ela beija o marido na frente dos filhos para "ensiná-los como o amor deve ser

"Sou criticada por beijar o meu marido na frente dos nossos filhos"

Além do baixo salário, as responsabilidades incluíam transportar as crianças, preparar refeições e manter a limpeza da casa. A babá também deveria estar disponível de domingo à noite até quinta-feira à noite e possuir carteira de motorista válida, veículo confiável, verificação de antecedentes limpa e certificação em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e primeiros socorros

Mãe é criticada por oferecer salário de 36 centavos por hora para babá nos EUA

Uma mulher criticou sua sogra por tentar ditar como sua filha será chamada. "Ela me manda de três a quatro mensagens por semana com sugestões de nomes", diz

"Minha sogra exige que eu dê o nome dela a minha filha"

A grávida teria se ofendido com a sua roupa

Mulher é expulsa do chá de bebê da melhor amiga e não entende o motivo

A pequena Maria Alice, de Curitiba (PR), viralizou nas redes sociais porque seus dentes nasceram "fora da ordem". Enquanto os dentinhos da frente são os primeiros para a maioria das crianças, no caso dela foram os superiores. "Começamos a chamá-la de vampirinha", brincou a mãe, em entrevista à CRESCER

"Bebê vampiro" faz sucesso nas redes sociais; veja fotos

Paige Hall, da Inglaterra, contou que tomava anticoncepcional, não teve crescimento da barriga e continuou tendo sangramentos regulares, por isso, nunca suspeitou da gestação. Saiba mais!

Adolescente descobre gravidez aos 9 meses e dá à luz no mesmo dia

O garotinho sonha me fazer um doutorado e se tornar professor. “Faça o que você faz porque gosta, por causa da paixão que sente ao descrever ou fazer”, disse. Conheça a história!

Menino prodígio de 12 anos se forma no Ensino Médio